Who is the Mafia? •° ᵗˣᵗᶻʸ [ EM PAUSA ]

𝙽𝚞𝚖𝚋𝚎𝚛 𝙽𝚒𝚗𝚎𝚝𝚎𝚎𝚗

Yeonjun Narrando

Uma Loucura? Estou vivendo. E como está sendo? Uma completa Loucura. Nem sei o que devo pensar, agir, falar ou imaginar. Eu estou na beira de uma guerra entre máfias, e o pior, eu vou participar. Como minha vida chegou aqui? Eu não sei, mas já estou sentindo vontade de pedir arrego.

Não estou conseguindo ficar quieto desde o momento em que uma loira ranzinza me deixou em um quarto com os meninos. Todos estão dormindo em beliches, mas o idiota aqui está acordando remexendo de um lado para outro com total chance de levar um chute de Taehyun do lado de cima. O príncipe da Disney é todo revoltado, apesar de ter me impressionado um pouco na nossa fuga.

Sei lá, todos esses meninos são estranhos. Soobin é tão... nhé. Taehyun me dá nos nervos com os artigos da lei dele, Beomgyu fala tanto que me dá dor de cabeça e Hueningkai só faz gritar e falar errado. E olha que antes minha maior adrenalina é fugir de uma mina que queria cortar minhas partes íntimas. Aquele dia foi maluco.

Me levanto da cama devagar e visto o casaco de Hueningkai que estava lá por cima - ele está dormindo, vai nem saber - saio do quarto e me dou de cara com o extenso corredor vazio. Luzes florescentes do teto eram fracas mas até que iluminavam, andava pelo corredor com medo das luzes apagarem uma por uma atrás de mim eu ter uma corrida desesperadora para salvar a minha vida de algum ser maligno na escuridão. Assim como acontece em filmes de terror.

Não que eu tenha medo, longe de mim.

A tantas portas que estou me sentindo naquela sala de Alice no país das maravilhas. Tô até procurando a pequena bebida e o bolinho, sempre tive curiosidade de ver as coisas sendo do tamanho de uma formiga. Eu veria tanta coisa...

No décimo corredor que entro escuto barulhos estranhos, era som de correntes, saco de arroz sendo socado e uns chiados estranhos. E é nesse momento que eu saio correndo com as mãos para cima tentando sair daqui. Mas a princesa aqui é curiosa demais para preservar a vida.

Devagar, me aproximo de uma porta de metal e abro uma brecha, vejo que era uma sala cheia de armas. Tinha tanta coisa que se eu não soubesse o que esse lugar é, eu me preocuparia, bastante.

Abro mais a porta adentrando o lugar Devagar, no meio havia um palco de ringue. Em cima havia uma das garotas de hoje, a ruivinha revoltada. Essa maluca apontou uma arma para a minha cabeça. Ela estava vestida com uma legging preta, um top da mesma cor. Seus cabelos vermelhos estavam com tranças caídas em cada lado dos ombros e ela socava um saco de box com toda a brutalidade existente. Tadinho do saco, daqui a pouco ela rasga ele. De qualquer forma, é uma visão e tanto. Ela me deixa curiosa sobre ela, parece tão misteriosa. Não tão como aquela loirinha esquentada mas me deixava. Ela é totalmente diferente.

Ela para e solta uma respiração pesada, levanta a cabeça para cima e estica os braços. Ela se vira devagar e quando me vê ela estreita os olhos confusa.

⎯ Essa não é hora de criança estar acordada. ⎯ Ela fala descendo do ringue e passando por mim. Ela vai até um banco e pega uma garrafinha de água vermelha. Devemos concluir que ela gosta de vermelho.

⎯ Eu tenho 89% de certeza que sou mais velho que você.

⎯ Um ano. Não muda nada. ⎯ ela volta para o ringue.

⎯ Aqui... o que iremos fazer aqui afinal? O que que irei fazer?.

⎯ Não entendeu quando Jisoo explicou?. ⎯ Ela voltou a socar o saco.

⎯ Sim, bom, mais ou menos. Iremos mesmo lutar? Tipo: peia, porrada e bomba?. ⎯ Ela me olha como se eu fosse louco.

⎯ E o que você achava que fosse? Brilho, unhas pintadas e cabelo feito?.

⎯ Não tem risco de morte?.

⎯ Claro que tem.

⎯ Então estão mandando a gente para morrer?.

⎯ Se você achar que vai morrer, sim.

⎯ Sabe, a autoestima de vocês não previne morte alguma. ⎯ ela para de socar e sai de cima do ringue de novo. Vai até a parede e pega uma pequena faca. Sem ao menos esperar ela joga a faca na minha direção que passa raspando minha bochecha e crava em um alvo do lado da porta. Misericórdia.

⎯ Que isso mulher... ⎯ Falo engolindo em seco com minhas pernas tremendo.

⎯ Já deixamos claro para cada um de vocês. Se quiserem sair para morrer, vão, mas se quiser ficar e ter uma chance de viver, a escolha é sua. ⎯ ela volta para o ringue.

É... esse lugar é tenebroso.

Subo no ringue também e me posiciono a frente dela antes de dar mais um soco no pobre saco.

⎯ O que foi dessa vez?. ⎯ Ela começa a perder a paciência.

⎯ Que tal uma partida?.

⎯ Quer lutar comigo?. ⎯ Ela arqueia uma sobrancelha e eu faço um sim com a cabeça. ⎯ Tem certeza?.

⎯ Claro! Não deve ser tão... ⎯ sem chance nem mesmo para respirar Ela chuta minha barriga me fazendo cair para trás. Tento recuperar o ar assim como a minha alma que eu vejo subindo para cima. Caraca... tô até vendo Jesus, oia.

⎯ É melhor você dormir, amanhã não será nada leve. ⎯ ela da dois tapinhas em meu ombro e sai. Ruivinha da pesada.