Dante
Depois que Tina foi levada para o quarto, ainda fico no escritório resolvendo algumas pendências por quase 1 hora. Só então me dou conta de que ela deve estar com fome depois de tantas horas de interrogatório comigo.
- Marcel! Diga para dona Vilma preparar um prato de comida e leve até a moça no quarto ao lado do meu - falo ao primeiro homem que vejo assim que saio do escritório. Dona Vilma trabalha conosco a anos e é quem prepara as refeições aqui na casa 1, Marcel não se move e fica me olhando de um jeito estranho
- Mas chefe, o Duarte levou a garota para o porão para interro... - nem espero ele terminar de falar e rumo para o porão.
- Chame alguns homens e venha comigo! - digo enquanto marcho pelo caminho. "Quem ousa passar por cima do meu comando?!", alguns homens me alcançam assim que chego ao local .
- Quem sabe não nos divertimos antes de matá-la? - é o que escuto antes de abrir a porta com um chute
- QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI? Quem deu ordem para interrogar a minha prisioneira ?- minha fúria é tanta que me seguro para não esganar Duarte agora mesmo.
- Chefe... foi... o... - gagueja Farias que sempre foi um covarde, nem sei porque ainda o mantenho no grupo
- Só estávamos querendo adiantar o trabalho, chefe! - com a cara deslavada, Duarte corta o outro e responde se encolhendo
- Levem eles para o galpão central para receber a punição por desobedecer ordens! - rosno para Marcel e os insubordinados são carregados para fora.
- Você está bem? - desamarro as mãos de Tina, vendo que está molhada e seu rosto machucado.
- Estaria bem se estivesse na minha casa, miliciano! - ela responde ríspida. "Eita garota ardida!"
- O nariz do Duarte estava sangrando. Você é mesmo atrevida, garota! - falo rindo lembrando da cara do outro - Vem, vamos voltar!
Caminhamos poucos passos e vejo que ela cambaleia, antes que caia, circulo meus braços nela, firmando-a em pé. Tina está zonza e sua cabeça pende solta e se firma em meu peito.
- Pimentinha? - preocupado, aperto um pouco mais seu corpo pequeno, temendo que desmaie de vez.
- Me solta, miliciano! - assim que parece se recuperar, se dá conta de que está em meus braços e se solta.
- Você não está bem, eu carrego você! - ela está pálida e parece que vai cair a qualquer momento. Tento segurá-la novamente mas ela segue o caminho sozinha de volta para o quarto.
- Tome um banho e vista estas roupas. Amanhã providencio roupas novas para você! - suas mãos suaves tocam as minhas quando entrego uma muda de roupa minha para que troque.
- Daqui a pouco irão trazer uma refeição para você! - aproveito que ela está bem próxima e miro seu rosto. Uma manchinha de sangue no canto de sua boca segura minha atenção e sem me segurar, levo a mão para limpar ali. Ela desvia e me dou conta do meu deslize.
- Eles bateram em você sem minha permissão! - pigarreio sentindo uma vontade absurda de me explicar, estou tão desconcertado que só quero sair logo de sua frente.
- Dante! Me chamo Dante! - digo antes de sair do quarto e entrar no meu. Assim que fecho minha porta aperto os olhos. "Idiota!! Por que foi dizer seu nome para ela?" tenho vontade de bater com a minha cabeça na parede, definitivamente há algo errado comigo.
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O miliciano e a dona do morro ( Brutos que amam - Livro 2)
Romance( Brutos que amam - livro 2) Para o miliciano Dante, ordem dada é ordem cumprida. Depois de receber uma tarefa de seu amigo capo fará de tudo para realizá-la, mas nada o prepara para os obstáculos que aparecem em seu caminho. OBS: Não é um romance d...