Capítulo 43

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Valentina

Alguns dias depois

Agora é meio da tarde e ainda estou deitada na cama, embolada feito um caracol. Assim que tenho passado meus dias depois do que aconteceu, sem forças ou vontade de levantar, comer ou mesmo viver. Dante entra devagar no quarto com uma bandeja na mão e suspira ao me ver ainda deitada, ele mais uma vez tem sido incrível me cobrindo de carinho.

- Sei que tudo o que passou foi difícil, mas precisa reagir, pimentinha! - ele larga a bandeja ao meu lado e me abraça, deixando um beijo em meu rosto.

- Vou reagir, eu prometo! - tento dar um sorriso mas falho vergonhosamente

- Tudo bem, agora coma - ele aponta a bandeja, olho para a comida sem fome nenhuma

- Depois eu como... - dou um suspiro longo

- Nem pensar! Vai comer agora! - fala num tom mais alto, dando uma ordem. Bufo irritada, mas dou uma garfada no prato, sentindo que realmente estava com um pouco de fome. Dante sorri e beija minha testa.

- Ligaram da sua casa. Uma garota chamada Dandara tem sido bem insistente em querer falar com você - ele pega uma mecha do meu cabelo e coloca atrás da orelha.

- Dandara é irmã de Roger. Pedi para avisarem ela e a avó do que aconteceu sem muitos detalhes, não tenho forças para falar com ela por agora - paro com o garfo em frente a boca e largo no prato, desistindo da garfada.

- Eu aviso seu pessoal para irem enrolando por enquanto, mas uma hora você vai precisar dar uma explicação a família dele. E eu estarei ao seu lado - ele segura minha mão e beija o dorso

- Obrigada, Dante! - abro um sorriso sincero. Ele se aproxima para me beijar mas alguém bate a porta

- Desculpe interromper vocês! - é Olívia que está envergonhada, parada na porta.

- Entre, Olívia! - digo para ela, que acena a cabeça e entra no quarto.

- Andreas e Bruno estão com você? - pergunta Dante a ela

- Sim, estão lá embaixo - diz Olívia

- Vou deixá-las conversando ! - ele murmura um " coma tudo " e nos deixa.

- Como você está? - ela pergunta preocupada, segurando minha mão entre as suas

- Estou bem, ainda um pouco abalada, mas bem! - digo sincera

- Eu imagino como deve estar triste, mas tenho certeza de que as coisas vão melhorar e estou aqui se precisar de uma amiga - diz com sua voz suave e sorri

- Obrigada! - sinto meu coração aquecer com o que ela diz.

- Quando se sentir melhor venha comigo a um lugar que melhora o humor de qualquer pessoa! - ela fala animada, me deixando curiosa.

Sorrio, aceitando a companhia, o passeio e a amizade.




O miliciano e a dona do morro ( Brutos que amam - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora