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Literalmente a tropa, havia vários deles entrando na sala, me recuo, com a vontade extrema de fugir dali de qualquer forma.

— Tá bom, Eros, já chega! — o homem bonitão no qual também estava presente na hora do meu sequestro fala praticamente empurrando o Eros, o mesmo pensa em retrucar mas um outro homem o para, dizendo algo a ele um pouco mais baixo, fazendo com que ele vá mais ao fundo da sala resmungando.

Vejo claramente o amor fraterno que há entre os dois bonitões.

Eles se apresentam como um grupo de heróis, sou analisada como algo de outro mundo e percebo os olhares desconfiados da maioria, dois deles, nos quais se apresentaram como King, Phatos e Gilgamesh, Gilguimash... Ah, algo assim!

Eles me analisam com um computador e aparelho apontado para a minha cabeça, me sinto um verdadeiro ratinho de laboratório e após o que parecia um longo tempo, eles tiram aquele negócio perto de mim e vão para o canto ao lado da loira ver algo nos aparelhos.

Que desnecessário isso tudo!

— Pronto, já posso ir embora?

— Terá que ter paciência, senhorita. — diz o bonitão do Ikaris.

— Já ouvi essa palavra várias vezes hoje e tudo que consigo pensar é na palavrinha que vem antes dessa, que é sem! — ironizo. — Estou ficando louca com essas coisas de vocês.

— Senhorita, você está aqui a nem dois dias, mantenha a calma, não queremos te machucar e...

— Tá bom, já entendi. Sou o ratinho de laboratório de vocês.

— Não, não é isso. — defende Ikaris.

— Na verdade, é quase isso mesmo. — o que se apresentou como Druig se intromete ao lado da mulher super veloz.

Ikaris o encara como se fosse ataca-lo a qualquer momento, repreendendo com o olhar.

— Quer comer alguma coisa com a gente, a cozinha aqui é enorme e tem muita coisa. Não é Makkari? — eles sorri um para o outro.

Dou por vencida e saiu pela primeira vez em horas daquela sala cheio de telas, andando pelos corredores espelhados ao lado do casal, com os outros heróis se dispersando na casa logo atrás da gente. Chegando na cozinha, vejo que realmente é tão grande quanto eles disseram, com uma mesa de jantar enorme antes da entrada, com balcões e armários enormes da cor cinza.

Observo ao canto um Troll sentado em um banco, virando uma garrafa de bebida e uns petiscos a frente de um pequenos balcão, após terminar com o grande gole, ele arrota sem pudor, faço uma careta de surpresa, mas não de nojo, a uma altura dessas queria estar assim longe daqui.

— Oh, me desculpe, quem é essa moça bonita? — fala enrolado ao notar nossa presença.

Essa é a Medusa. — Makkari faz língua de sinais e só então consigo entender porquê ainda não tinha ouvido falar.

— Nossa ratinha de laboratório. — brinca Druig e Makkari acerta sua barriga com o cotovelo, repreendendo o mesmo.

— Sou uma encarcerada de vocês agora, fui sequestrada e não tem ninguém pra pagar o resgate. — o Troll rir achando graça, dando uma outra grande golada em sua bebida em seguida.

— É um prazer tê-la conosco, Medusa. Sou Pid.

— Oi Pid. — digo com o sorriso mínimo, fingindo estar em uma bela confraternização. Só que não.

— O que tem de bom para comermos? — Druig abre armários e geladeiras, Makkari fala com ele por sinais sobre fazer um espaguete ao molho, já que era mais rápido, e acreditava que eu estaria morta de fome.

I am ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora