I am Eros

13

Desta vez, diferente da casa de swing fui a uma boate de striptease, sento em frente ao bar e tudo que tinha era um bela visão das meninas dançando quase seminuas, uma barwoman me atende toda sorridente apoiando sobre o balcão para deixar a vista o seu belo decote.

— O que deseja, homem bonito? — morde seus lábios quando percebe o quão hipnotizado fiquei com seus seios.

— A bebida mais forte que tiver na casa e você como brinde. — sorrio malicioso e seus olhos brilham, acenando e virando de costas para preparar a tal bebida. Observo suas curvas em sua saia colada e bota de cano alto, com o braço sobre o balcão, apoio umas das mãos sobre o queixo, parecendo um menino admirado com um brinquedo na vitrine.

Mesmo com o convite, a única coisa que recebo além da minha bebida caprichada é um arranhão de leve contra minha mão posta sobre o meu rosto e se afasta para atender outro cliente.

Uma pena.

Vou caminhando pelo salão lentamente, observando aos redores, homens rechonchudo enlouquecidos com as meninas, como bichos selvagens famintos jogando dinheiro sem dó contra elas. Acho graça de que elas seguiam belas, sensuais e delicadas, diante daquela visão depravada de homens gordos e bêbados que provavelmente disseram a suas respectivas esposas que terão uma reunião após o serviço e por conta disso, chegaria mais tarde.

Vergonhoso.

Observo bem, logo escolheria quem iria foder hoje, eram muitas opções, talvez uma, duas, até cinco. Estava passando estresse demais com aqueles heróis e Medusa também, ela me deixa frustrado porém, louco de desejo. Ignoro e a expulso dos meus pensamentos, por hoje, não caberia a ela me satisfazer e nem a sortuda que irá sentir prazer comigo. Não sabe o que perde, doce Medusa.

Analiso tudo em volta e mais três garotas sobem no palco, todas de perucas de fios curtos, a do meio toda de preto, o que faz ter a semelhança dos cabelos e estilo de Medusa, e as outras duas de cor rosa. Me aproximo e sou o primeiro a estar sentado a frente do palco delas, elas dançam gloriosamente enquanto me ajeito contra o sofá, confortável e deixando as pernas abertas para que vejam o que elas podem ter essa noite. As mesmas me olham em aprovação, uso meus singelos poderes para que endorfina e noradrenalina fossem liberados nos seus sistemas nervosos e correntes sanguíneas, causando a sensação de prazer e concentração para somente a mim, não tirando os olhos da minha direção.

Me aproximo, estando com o rosto a centímetros de suas pernas, ousando cheirar e passar o rosto em cada uma delas, meus sensores conseguem sentir nitidamente os batimentos cardíacos aumentando, causando ansiedade, suores e suspiros.

Elas se abaixam para ficarem mais próximas de mim, então tiro algumas notas do bolso e colo no centro dos decotes de cada uma, sem escândalo algum, somente as encarando bem com o sorriso leve no rosto. Até que umas delas, com o semblante de prazer misturado com dor, diz:

— Pra você, eu dou até de graça, querido. — fala em súplica uma das que estava de rosa, me deixando eufórico com o ego lá em cima. — Esses seus cabelos vermelhos o deixa ainda mais quente, céus...

— Vai dar conta de nós três, benzinho? — fala a de preto.

— Essa noite eu sou todo de vocês. — passo a língua no canto dos lábios, sedento.

...

Tarde do outro dia, cansado e ao mesmo tempo relaxado por conta da noite, chego e vou direto tomar um banho sem encontrar ninguém no caminho, somente após ir ao meu quarto para me vestir e descer até a cozinha para comer algo antes de voltar para dormir, porque eu mereço. Não achei necessário nem me secar e nem por uma camisa, estava descalço com um short fino.