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Ikaris pilota sua moto em velocidade satisfatória, ambos de capacetes a caminho de uma praia, já podia sentir a brisa do mar acalmando minhas emoções, a sensação de liberdade preenchia meus pulmões e todos os meus membros, cada pedacinho de mim poderia sentir o gostinho. Estacionamos próximos a areia, logo Ikaris aponta para uma banca que vendia água de côco, pedindo dois para nós e sentando na areia enquanto observamos as ondas dançarem entre seus vai e vem.

— Fazia muito tempo que não vinha para um lugar como esse... — diz Ikaris, suspirando após um tempo de silêncio.

— E por que não? — digo dando uma longa sugada na minha água de côco.

Muito bom!

— As vezes me falta tempo, as vezes me falta coragem. Ou de estímulo. — fala seguindo admirando o mar com semblante triste.

— Então aproveite que está aqui, sem todas aquelas responsabilidades e corra até o mar. — digo despreocupada, Ikaris me olha sem entender. — Quem perder paga o sorvete, bonitão. — me levanto deixando tudo pra trás correndo em direção a água, volto o olhar pra ele e o mesmo diante a falta de compreensão, resolve então fazer o mesmo, vindo em minha direção.

Ikaris vem, sem poderes, sem superforça, somente deixa se levar como se fosse um homem comum, e talvez ele realmente seja.

Chego na água antes dele, pulo ao comemorar, aproveitando pra respingar nele, Ikaris somente sorri, se abaixando e jogando mais contra mim.

— É assim então?! — digo afrontosa, começando com uma guerra de água salgada contra o outro.

— Você vai ficar encharcada desse jeito e doente. — diz enquanto sorri.

— Me curei do braço mais rápido do que imaginou, acha mesmo que ficarei doente tão fácil, meu caro Ikaris?

Seguimos assim, brincando como crianças, até que somos jogados contra as pequenas ondas, fazendo com que meu corpo caísse sobre o dele. Sinto seus músculos tensos, seu rosto próximo como nunca, sorrio sapeca, ignorando a tensão, dizendo:

Quero o meu sorvete. — faço a cara de criança mais arteira possível para Ikaris, saindo de cima dele e correndo para nossas coisas em seguida.

Logo ele me acompanha, caminhando um pouco pela areia até encontrar um vendedor de sorvete, vejo os variados sabores que havia na banquinha, dividida entre pistache e chocolate suíço.

Escolha difícil, Wanessa.

Digo, Medusa.

Faço uma mistura então maravilhosa entre os dois sabores, aguardando o bonitão escolher o dele.

— Não vai pedir o seu? — Ikaris faz um semblante descontente. — Foi uma aposta justa, senhor Ikaris.

— É, você apostou por contra própria e só correu. Não deu tempo nem de questionar, senhorita Medusa. — acho graça e então ele volta a ver os sabores. — Não vejo graça em sorvete.

— Não acredito, isso tudo é porque perdeu? Seja maduro, Ikaris. — o provoco, o mesmo sorri balançando a cabeça.

— Na verdade, realmente não gosto muito de sorvete, mas te farei companhia em comemoração por ter ganho de mim. — fala calmamente olhando para mim e logo se volta aos sabores. — Qual palpite você me dá, o que devo escolher?

— Pra você que diz que não gosta, o chocolate que é mais tradicional ou flocos.

— Hum, vou fazer como você, misturar esses dois sabores, o que acha? — me olha intensamente, nossas cabeças estavam próximas por estarmos inclinados para ver todos os sorvetes, obtendo aquela mesma tensão de minutos atrás.

I am ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora