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Entediada sem poder ao menos sair para dar uma volta, me junto com Pid para bebermos a noite toda, ele arranja um som para ouvirmos música em uma sala vazia da casa longe dos outros cômodos, ficando só eu, Pid, Eros, Makkari, Druig e Sprite, com alguns lanches para a gente não passar fome.

Druig jogava vídeo game com Makkari enquanto tocava músicas ao fundo com uma energia tão boa e vibrante, não poderia ficar parada só comendo, com o copo em mãos dando longos goles, deixo meu corpo leve para remexer conforme a música.

— Você é só uma criança, pare de beber isso! — digo já eufórica a Sprite, que me olha revirando os olhos.

— Não sou uma criança, só tenho a aparência juvenil.

— O que aconteceu para estar assim?

— Fui transformado em um Eterno quando jovem, acabei retendo a aparência. — explica.

— E isso é bom pra você?

— As vezes, o problema é que dificilmente me levam a sério.

— Não conseguiria ser e viver como vocês. — digo pensativa.

— E por que? Você é habilidosa, até melhor que muitos aqui.

— Eu sou rebelde, facilmente não obedeceria as ordens dadas e... Gosto da minha liberdade, entende? Sem responsabilidade. Se eu quiser usar os meus poderes pra salvar, tudo bem. Mas se eu não quiser, tudo bem também.

— Infelizmente não funciona dessa forma. — ouço Eros e fica ao nosso lado. — Mas não a julgo. — oferece outra bebida para mim. — Nada se compara a nossa liberdade.

— E você, gosta de estar aqui com eles? — questiono ao Eros segurando o copo em que me ofereceu.

— É, um pouco. — fala de forma na qual não queira prosseguir com esse assunto. — Gosto da sua maneira de pensar, talvez me falte a mesma coragem em que você tem. — se aproxima tocando o seu copo no meu.

— É, deixa eu ir conversar com Pid. — diz Sprite revirando seus olhos.

Fico olhando para sua cara, Eros era muito bonito, conforme ia bebendo parecia que dois, três, quatro Eros estava a minha frente. Com certeza não aguentaria. Dias anteriores ele não mexeu muito comigo, somente com troca de olhares. Não que isso tenha me feito falta, mas as vezes a carência bate, não é mesmo?

Volto a dançar sem me importar com os outros parados, jogando, bebendo ou me olhando, as músicas estavam no automático e sem que fosse escolha de alguém, agora era algo sensual, uma batida que pode fazer com que tire minha roupa aqui mesmo.

— Dança comigo? — digo virando a bebida de uma vez, me causando uma leve tontura e mais Eros na minha frente.

— Não sei se vou resistir estar dançando com você, com uma música que fala sobre sexo. Acha isso justo? — diz com aquela voz gostosa.

— Eu estou encarcerada com um bando de maluco, acha isso justo? — ironizo, o provocando.

— Seria melhor se fosse no meu quarto...

Dou uma risada alta, mordendo os lábios em seguida e fico decidida em provoca-lo. Desde que cheguei aqui recebi inúmeros flertes ridículos desse homem, atiça-lo seria uma ótima maneira de me divertir nesse lugar. Começo a rodar para que ele tenha visão completa do meu corpo, rebolo fazendo questão de passar minha bunda raspando em sua perna e depois tomo outro longo gole. Faço movimentos com o ombro para que meus seios balancem sutilmente em sua direção. Passo as mãos pelo corpo, movendo como se estivesse ninguém além de nós.

I am ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora