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Medusa não havia voltado, aviso todos que ela gostaria de ficar sozinha e respeitei, sem saber ao certo se voltaria para nós. Procuro por Pid, ele havia sumido como costuma fazer mas sabia bem onde encontraria.

Do lado de fora da caverna em uma de suas saídas, Pid gostava de se encontrar com alguns cavalos da fazenda do vizinho, ele tinha o carisma de alguma forma cuidar deles, dando alguns petiscos, cuidando de seus pêlos ou seja conversando com eles, como se entendessem.

Outro maluco que fala com animais.

Não sei como dono da fazendo ainda não descobriu que alguém cuida de seus cavalos melhor do que ele.

— Olá meu amigo, o que faz aqui? É perigoso alguém ver você, o dono tem ciúmes desses cavalos. — fala todo sonso enquanto penteia seus os pêlos dos mesmos, pequeno comparado aos bichos 

— Ah, não me diga. Queria entender como quê você nunca foi flagrado.

— Tenho meus truques, nunca ninguém quis me dar cavalos para cuidar, então cuido dos outros. — segue concentrado no que estava fazendo.

Em outra vida, se realmente existe isso, tenho certeza que Pid cuidava desses bichos, se eram dele eu já não sei.

Não sei exatamente o que dizer, fico ali olhando ele trabalhando e vendo a paisagem, um pouco entristecido, Pid logo percebe, largando tudo que estava fazendo, segurando minha mão e indo para outro lugar, sentando sobre as raízes de uma árvore.

— Tudo bem, amigo, pode dizer. — mostra a sua total atenção para comigo.

— Você por acaso, tinha se apegado a Medusa? — não sabia ao certo como falar e o que dizer.

— Medusa... — Pid sorri como se lembrasse de algo. — Ela é uma ladra de chopp e charutos, mas gosto dela. Por que?

Faço um pequeno resumo diante a tudo, ele não tem estado tão presente nos últimos acontecimentos. Pid fica atento a tudo que digo, ele era um bom ouvinte mesmo sendo extremamente bagunceiro.

E é muita hipocrisia da minha parte pensar isso, sou tão bagunceiro quanto.

— Sabe o que eu acho? — Pid comenta com um sorriso no rosto. — Você está apaixonado dela.

Fico olhando para cara dele, nos encarando por um tempo, Pid todo travesso e eu indignado, caindo na real tirando foco dele pego um pouco de terra e jogo contra o seu rosto.

— Você por acaso esqueceu quem eu sou, Zéfiro?!

Me chamo Eros. — ele faz pose imitando a maneira em que me apresento, tirando a terra do rosto, depois sai correndo ao ver que me levanto.

— Não dá pra conversar com você, seu Troll de merda! — jogo mais terra nele e o imundo segue rindo.

— Eros, você não vê? — pergunta abrindo os braços antes que jogue mais terra. — Eu te conheço, meu amigo. Seus olhos, seus olhos nunca mentem. — suspiro, desistindo de jogar mais terra, Zéfiro seguia com aquele sorriso, seus olhos brilhavam como se fosse a coisa mais magnífica que poderia acontecer diante dele.

Mas que porra.

— De todos os anos usando meus poderes incansavelmente para ficar com quem eu quisesse, isso nunca aconteceu. Não vai ser agora. — meu tom de voz era sério, Pid sabia que não havia gostado de seu comentário. — Ela é só mais uma. — digo enquanto me aproximo, dando passos lentos até ele. — Eu me divirto, me canso e parto pra outra. Esse é o Eros. Ele nunca vai mudar. — dizia amedrontador olhando para baixo, Zéfiro muda sua expressão, já não está com a sua cara de bobo.

I am ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora