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"nós teremos sorte se nos encontrarmos outra vez..." Era uma questão de tempo e de vários desencontros.
-Perigosa amizade
── Meg se casou, Amy vai para a Europa, e agora que você se formou irá tirar férias longas.
S/n falava rápido olhando para Laurie olhando ocasionalmente para o rosto de traços suaves do garoto enquanto andavam lado a lado, passos longos e apressados como se tivessem algum lugar para ir, a grama verde abaixo de seus pés sendo a única coisa que podia ser vista além do próprio céu e algumas árvores ao longe, a paisagem tão linda e deslumbrante que os faziam sentir-se como se estivessem dentro do mais belo dos quadros.
── E eu irei ficar aqui, sozinha.
── Não precisa ser assim S/n ── Laurie parou de repente, seus olhos grudados na garota a sua frente, uma expressão de quase súplica em seu rosto ── Você sabe que não.
── Não diga isso ── a outra se virou para ele notando a onde ele queria chegar com tais palavras, já podia sentir seu estômago revirando, pediu aos céus que ele não disesse o que estava pensando.
── Eu te amo S/n, nós podemos nos casar e viajar o mundo. Nós poderíamos fazer o que quisessemos desde que estivessemos juntos.
── Não, nós não poderiamos. Nós iriamos brigar, nós ja brigamos agora! E você iria me odiar e odiar o dia em que tomou a decisão de se casar com alguém como eu, e eu o odiaria e me odiaria mais ainda por ter aceitado ── algumas lágrimas se formavam insistente no rosto daquela que se recusava a chorar ── Você detestaria o fato de eu ser escritora e eu o detestaria por isso e então nos tornariamos amargos e descontestes imaginando a vida que poderiamos ter se tivessemos tomado uma direção diferente.
── Eu nunca seria capaz de te odiar nem em um milhão de anos. Eu te amo desde a primeira vez que olhei em seus olhos naquela maldita festa e você sabe disso.
── Eu te amo Laurie, mas não desse jeito. Eu tentei e não consegui. Me desculpe ── suas palavras se cravaram como facas no peito do garoto que agora parecia quebrado a sua frente e ela desejou mais que nunca que os sentimentos fossem recíprocos, ele saiu andando rápido, machucado demais para encarar seu primeiro coração partido e a menina o segurou ── Você irá encontrar alguém que o ame e aceite do jeito que é. Eu amo demais minha liberdade para me prender desse jeito.
── Você ira encontrar alguém S/n, você irá amar alguém que a ame e se casar com ele e eu vou ficar vendo.
E então ele se virou e partiu e ela deixou desse vez. Nunca mais se viram. Tomaram rumos completamente diferentes, ele havia viajado o mundo em suas férias, sempre se embebedando e frequentando festas da alta sociedade que S/n com certeza odiaria, dançava com diversas moças, trocavam olhares durante toda a noite e mesmo assim nenhuma delas jamais mexeu com ele como seu antigo amor. Já S/n dava aulas a algumas meninas, morava em uma pensão e escrevia contos que eram publicados nos jornais, estava trabalhando em uma novela para ser publicada, a menina frequentava a óperas, ia a peças de Shakespeare, lia poesias e livros e se apaixonava pela escrita de pessoas que ela sequer conhecia.