♣ Capítulo 6♣

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Tento ver algo diferente em seu olhar, mas nada vejo além do ódio

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Tento ver algo diferente em seu olhar, mas nada vejo além do ódio.

Ele bate no homem que a poucos segundos estava junto de mim. Depois dele parar, vejo o que já foi um rosto tão bonito, ele está muito machucado e o Alex, intacto.

Me pergunto o porquê dele não tentar revidar, talvez seja pela rapidez em que o Alex, distribuía murros no pobre homem.

O que mais me surpreende é que ninguém tentou o ajudar, ninguém fez nada e infelizmente eu também.

Não consigo agir em situações como estas, odeio sangue, e paralisei pela maneira que as coisas aconteciam ao meu redor.

O Alex chega se aproxima de mim, frio e impotente, como se, nada o abalasse.

Tenho vontade de correr, de fugir, para o mais longe que consigo dele, mas sei que ele me encontraria, ele me caçaria, como uma presa, como sua maldita presa.

Alex começa a caminhar em direção a saída, e o sigo, sei que será pior se eu tentar lutar, se eu me debater e dizer que ele não manda em mim, seria algo inútil.

Avisto de longe vários caras vestidos de preto, todos formais pegarem no homem e o levarem para algum lugar, não sei onde.

Sei que foram ordens do Alex, sei que ele é metido com coisas erradas, e sei que o papai sabe, e pode até estar metido nisso também.

A mamãe também deve imaginar, mas ela não sabe do que se trata e mostra indiferença pra isso, diz que não se importa, desde, que os filhos dela não saiam machucados. Mamãe é uma verdadeira leoa, ela protege seus filhos com garras.

Ela sempre ameaça o papai, falando que se um de seus filhos saírem machucados, ela leva todo o seu dinheiro e o vai trair com um brasileiro.

Pode parecer brincadeira, mas vindo da nossa família, nada é impossível.

O Alex entra no carro e entro segundos depois, no banco de trás.

Não correrei o risco de ficar assim tão perto dele.

Quando chegamos em casa, ele sai do carro e eu vou logo atrás, considerando a opção de sair correndo daqui e ligar para mamãe, sei que ela sempre me protegeria.

Alex vai direto para seu quarto, se ele pensa que irei a sua trás, que fique esperando.

Corro para o meu quarto e viro a chave, trancando a porta, só por precaução.

Tomo um banho bem demorado, tento adiar o encontro com ele o tempo que for possível.

Visto um pijama de seda e apago a luz, me deitando e fechando os olhos.

Depois de longos minutos tentando dormir, fico com fome, e continuo deitada.

Quando a fome fica insuportável, fico pensando no que dizer e fazer se encontrar o Alex.

Desço devagar e vou para cozinha, como e quando vou sair, penso que não tendo nada para fazer lá em cima, o melhor é assistir.

Entrando na sala vejo Alex deitado, sem camisa e assistindo algo que não presto atenção.

No mesmo segundo que o vejo, viro e vou saindo.

— Acho melhor voltar —ouço sua voz, calma e controlada, como sempre.

Ando com um sorriso amarelo em direção a um dos sofás, o mais longe dele, e sento.

— Se bem me lembro, eu falei que não quero te ver com ninguém além de mim, e principalmente alguém do sexo masculino.

Seu olhar finalmente se encontra com o meu e quero cair, pela intensidade das esferas azuis que me atingem.

Ele levanta e anda até o mini bar e se serve de whisky e volta seu olhar pra mim novamente.

- Porque faz isso, e-eu nunca fiz algum mal pra você e se o fiz me perdoe, não foi proposital, estou cansada, quero paz- minha voz fica trêmula de início, e falo a última parte sussurrando e relaxo meu corpo, meus braços caem, minha cabeça se reencosta no sofá, já sem forças, minha garganta fecha e minha respiração acelera.

Quando abro novamente os olhos vejo Alex em minha frente, ele se abaixa e me pega em seu colo, não tento lutar, já cansada por hoje.

Ele vai comigo para o seu quarto e me deita em sua cama.

Ele sobe lentamente na cama e deita ao meu lado, olhando para o teto.

Subo em seu peito e me deito, pondo meu rosto em seu pescoço, deixo minhas lágrimas caírem, ele é meu Inferno pessoal, mas também é meu paraíso, meu porto seguro.

Ele põe seus braços em minha cintura e continua em silêncio.

Alexandr Edwards Finn

Fico em silêncio, somente esperando ela acalmar-se.

Eu a quero pra mim, ela me pertence, não tem nada que mude isso.
Não me arrependo de nada que fiz, faria novamente, e ela sabe disso, sabe a quem pertence.

Suas tentativas de negação, de rebeldia, como hoje, são inúteis, ela volta sempre para os braços de quem pertence.

O filho da puta deve estar morto nesse momento, deve estar queimando no inferno e isso faz um sorriso de lado surgir em meus lábios.

Mandei darem o fim que ele merece por tocar no que é meu.

- Até agora eu fui passivo com você, mas pelo que vejo, gosta mais do meu pior lado querida. Me segurei esse tempo todo para não enfiar meu pau em você, mas decidiu me desafiar, e haveram consequência— digo sério, odeio quando tentam, me desafiar, e ela sabe. Sinto suas lágrimas frenéticas em meu ombro.

- Agora as coisas não serão assim tão fáceis pra você, il mio piccolo fiore— sussurro a ultima parte em seu ouvido e a vejo arrepiar-se.

- Agora as coisas não serão assim tão fáceis pra você, il mio piccolo fiore— sussurro a ultima parte em seu ouvido e a vejo arrepiar-se

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**Il mio Piccolo Fiore; Minha pequena flor
Minha florzinha

<<🍒>>

<See you later>

Meu irmão gangsterOnde histórias criam vida. Descubra agora