♣️Capítulo 27♣️

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Ouço o alarme do despertador berrar do meu lado, e somente levanto o braço para desligar e continuo olhando para o teto.

Penso em diversas soluções e nenhuma se aplica aos meus problemas.

Não possuo vontade de continuar trabalhando, mas não terei o que fazer quando pedir demissão.

A empresa é grande e tem várias pessoas, porém, infelizmente não me sinto acolhida lá. Aqui não é o meu lugar e tenho total consciência disso.

Me sinto só, mesmo estando rodeada de gente.

E, em meio a pensamentos...adormeço, pela primeira vez desde a noite passada.

***

Desperto assustada com meu celular berrando do meu lado. Atendo vendo Anne na tela.

Amorzinho, como está?

— Tentando não ficar maluca e você?— exclamo e logo agradeço mentalmente pela mesma não questionar o porquê.

— Com saudades suas. Sobre o que me pediu...

— Ele acordou ou não?— meu coração bate descompassado e minhas mãos começam a suar.

Não sei. Os médicos não me deixaram entrar alegando estarem cumprindo ordens.

— Tudo bem querida. Obrigada, depois ligo pra você.— desligo sem esperar sua resposta. Minha respiração está descompassada e minhas mãos tremendo.

Ele pode ter acordado.

Ele pode estar bem.

Ele acordou.

Ele acordou.

Ele acordou e esteve aqui.

Ele me machucou e cuidou de mim.

Não sei o que fazer.

Será que meus pais sabem e o estão ajudando?

Porque eu sou assim?

Tão fraca?

Eu sou egoísta e só penso em mim.

O celular toca novamente e interrompe meus pensamentos. O pego vendo o nome Carter na tela.

E várias mensagens suas perguntando querendo saber o porquê de não ir para a empresa.

Não quero atender agora.

Eu quero o Alex.

Eu o quero perto de mim, mas e se ele não me quiser mais? E se ele me machucar? Será que ele está chateado?

Não queria tê-lo deixado.

Vejo minhas mãos começarem a tremer, tento parar de chorar e de tremer.

(...)

Abro os olhos confusa vendo que adormeci enquanto assistia na sala. Já é de noite. Dormi demais.

Levanto e decido preparar algo para comer, ao passar do meu quarto vejo de relance o movimento de se movendo.

Dou de ombros continuando a andar, mas prestes a entrar na cozinha, retrocedo e entro no quarto.

Completa burrice.

Tem alguém aqui, do outro lado da minha cama tem alguém parado me observando.

Eu vejo.

A sombra de alguém parado, está escuro e não consigo enxergar nada, mas por não conseguir ver as cores de sua roupa deduzo que esteja vestindo preto.

Acontece tudo muito rápido e logo ele está diante de mim. Forço meus olhos em seu rosto e antes que possa enxergar algo, perco totalmente a consciência.

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<See you later>

Meu irmão gangsterOnde histórias criam vida. Descubra agora