Meu irmão gangster

♣ Capítulo 2♣

Tempo actual

— Boa viagem, mamãe e papai—me despeço pela milésima vez dos meus pais.

Eles vão fazer uma viagem pra conhecer vários lugares que nunca tiveram tempo por conta de mim e do Alex e não têm previsão pra voltar.

— Obrigada meu amor! Se cuidem crianças—fala a mamãe me abraçando apertado, quase me esmagando,e logo depois indo abraçar Alex, em seguida papai também nos abraça e consigo os ver se afastarem.

— Façam irmãozinhos pra mim— grita Alex, e minha mãe estava prestes a voltar pra bater no Alex por conta da vergonha que estamos passando, mas papai a puxa pra ele e manda o dedo do meio pro Alex, fazendo assim mamãe puxar a sua orelha em direcção a fila de embarque, e mais pessoas nos olhando como se fôssemos malucos.

— Agora sou só eu e você, Princesa. — sussurrou bem ao pé do meu ouvido me fazendo arrepiar, em seguida abraçando minha cintura e abrindo a porta do seu carro pra mim.
Depois de entrarmos no carro, longe dos olhares alheios, ele me puxa em direcção ao seu colo.

—Para com isso Alex, nós somos irmãos— tento voltar pro meu lugar mas ele não deixa, segurando fortemente minha cintura.

Depois das minhas palavras, seu olhar muda completamente.

—Nunca mais repita isso na sua vida, você não é minha irmã—grita apertando cada vez mais minha cintura, que chega a doer.
Com os olhos cheios de lágrimas, depois de tanto esforço consigo sair de cima dele vou para o banco do passageiro.

Viro a cabeça em direcção a janela e fico assim, pensando se pelo facto de ser somente a sua irmã por parte de pai, faz ele me odiar, mas eu não tenho culpa, não decidi nascer, não escolhi a família em que eu estou, acabei adormecendo, formulando mil e uma teorias sobre o porquê das suas atitudes.

*•*•*•

Acordo no quarto de Alex em sua casa, e acho que ele me pegou no colo até aqui, mas porquê me pôr em seu quarto, penso que talvez seja pelo meu peso, talvez ele tenha me posto aqui, por aquele quarto ser mais distante, ele devia ter me acordado, não gosto de dar trabalho.

Suspiro me levantando, tentando parar de ser insegura quanto a tudo e indo até a sala o encontrando dormindo todo esparramado no sofá, sem pensar direito e pelo frio que tá fazendo levo cobertores do seu quarto e o cubro.

Fico olhando seu rosto, com uma vontade louca de toca-lo, lembro dele sempre sendo frio comigo, das vezes que ele gritou comigo e o pouco orgulho que tenho não permite.

Penso no que fazer e lembro que tem uma enorme piscina do lado esquerdo da casa, mas desisto logo depois, ele pode não gostar, decido tomar um banho, pra em seguida ver o que tem para jantar, dormi demais.

Entro no quarto de hóspedes e o tranco, tiro minhas roupas e em seguida entro no chuveiro, com a água deslizando pelo meu corpo lembro da primeira vez em que o Alex me tocou, lembro do nosso primeiro e último contacto íntimo, a três anos atrás, naquele altura eu já tinha um pouco de conhecimento do que era aquilo, na verdade eu sempre soube o que é sexo, e algumas coisas a mais por conta do celular, e de alguns livros que algumas coleguinhas me emprestavam. Mas a verdade é que eu nunca havia feito nada como aquilo, esse foi o meu primeiro momento próximo demais com alguém do sexo oposto.

Lembro da sua pele quente, do seu cheiro inebriante, do seu corpo em cima do meu, e das suas palavras impossíveis de esquecer, sinto me ficar encharcada, suspiro pensando nele, levo minha mão até abaixo de meu quadril. Mas logo paro lembrando que se trata do meu irmão.

Acabo meu banho, visto uma lingerie preta e transparente, ponho meu robe e me deito na cama pegando meu celular e respondendo as mensagens de minha mãe.

Escuto batidas na porta porta e penso em trocar de roupa, mas as batidas se tornam insistentes e logo me levanto a abrindo.

Olho para o Alex e analiso seus olhos indo vagarosamente das minhas pernas até o meu rosto, penso no quão ridícula e indecente estou.

—Venha jantar, a comida está pronta— fala sem parar de olhar pra mim, o que já está me incomodando.

<<🍒>>

<See you later>