♣️Capítulo 21♣️

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Um ano depois.

Neste meio tempo, os médicos retiraram os sedativos, mas o Alex não registou nenhuma melhora e entrou em estado vegetativo. Ficamos todos arrasados e inconformados.

A última vez que o visitei foi há 6 meses, quando o mesmo fez 21 anos. Me mudei para Londres e comecei a faculdade de administração enquanto trabalho e aprendo algumas coisas na empresa de um conhecido do meu pai.

É até legal conhecer várias pessoas, estar rodeada de gente andando sempre apressados de um lado para o outro e de gente falando sempre mal sobre uma das outras, mas sei lá, é bem estranho e solitário morar sozinha.

É incrível entrar em uma boate e dançar, beber, curtir e beijar ao máximo e logo depois sair com a sensação de ter aproveitado.

Adentro o elevador e por sorte não entrou mais ninguém, quando as portas são abertas, saio rapidamente do elevador e acabo esbarrando em uma senhora de meia idade.

— Me desculpe!– abaixo para a entregar sua sacola. A senhora nada fala, fica me olhando fixamente e de um jeito bem estranho.

***

Analiso atentamente Carter, filho do amigo de papai entrar em seu escritório concentrado no celular.

Acho que tenho uma pequena queda por ele, afinal, quem não teria né? Ele é muito gato

Duvido que algum dia ele me note, mas vida que segue. Olho Lisandra rebolando até a sala dele, nem me dou ao trabalho de o avisar, ela se considera íntima demais dele e não quero problemas para mim.

***

Já passa das 10 da noite e eu finalmente acabo de revisar os relatórios que faltavam.

Pego minha bolsa caminhando para o elevador.

— Oi

— Oi— digo simplesmente entrando junto dele no elevador. Fico alternando meu olhar entre as paredes metálicas do elevador e ficar mexendo meus dedos, que derepente ficaram interessantes.

Quando finalmente o elevador para, saio rapidamente do mesmo e lembro que não avisei Noah para me buscar.

Encosto em um dos carros estacionados ali e mando mensagem para o mesmo.

— Porque não vai pra casa? Está tarde já.

— Eu vou, só estou esperando meu motorista.— ele assente indo até seu carro.

Carter para seu carro do meu lado e baixa o vidro.

— Eu te deixo em casa, entra aí.

— Obrigado, prefiro esperar.— ele sai do seu carro e senta no capô do mesmo me analisando.

— Porque veio morar aqui?

— Quis começar minha vida em outro lugar.

— Hmm.— fala desabotoando os três primeiros botões de sua camisa social branca.

***

Converso com ele enquanto a conversa flui naturalmente, quando cansada de ficar parada, eu sento do seu lado.

— Porque não vai pra casa?

— Quero ficar contigo— diz com um sorriso de lado muito fofo.

Analiso seu rosto, Carter é lindo, tem os cabelos escuros, boca rosada e um corpo dos Deuses.

Me aproximo dele encostando nossos lábios, o beijo e o mesmo retribui.

Faço carinho em sua perna e vou subindo-a minha mão, quando um carro buzina.

Pelo susto separo nossos lábios rapidamente e me afasto dele.

Vejo Josh no carro e me despeço de Carter caminhando até ao mesmo.

***

Falo com Dianne no celular e conto a ela tudo que aconteceu.

— Descubri um lado dele muito tímido. Ele é incrível Anne.

— Você sabe desde o início que eu nunca gostei da sua paixão repentina por esse cara, e gosto ainda menos do quanto as coisas estão indo rápido demais.

— Porquê não gosta do Carter? Você nem ao menos o conhece— falo meio brava e irritada pelas palavras da minha prima. Não acho que ela deva se intrometer tanto assim em minha vida.— Você mesma vivia falando do tanto eu devo me divertir e aproveitar a vida.

— Não se trata de conhecer ou não Giulia, se trata de você fazer de tudo para esquecer o Alex. Se trata de estar usando esse cara para o esquecer, você ignora o seu amor pelo Alex e finge que não se importa. Eu falei pra você aproveitar a vida e não para agir como uma vadia sem sentimentos, porque esse cargo já me pertence. Você não visita mais seus pais e age como se o Alex estivesse morto.— suas palavras agem como facadas em meu peito,

— Eu tento ignorar tudo, porque não quero sofrer mais ainda quando os médicos derem a notícia de que o ALEX NUNCA MAIS VAI ACORDAR. EU ESTOU TÃO CANSADA PORRA!! A ÚNICA SOLUÇÃO QUE ACHEI FOI DESISTIR DE SENTIR. — grito sentindo as lágrimas molharem todo o meu rosto e minha voz falhar.

— Tudo bem Giulia, se prefere ignorar tudo o que viveram e sentiram, tudo bem, apesar de não concordar, eu vou te apoiar querida.— desligo a chamada. Passo a mão pelos cabelos completamente desorientada.

Atiro meus perfumes e tudo que estava na penteadeira ao chão.

Sento no chão encolhendo minhas pernas e encostando minha cabeça nelas sem conseguir parar de chorar e sentindo minhas mãos tremendo e minhas pernas doerem absurdamente.

***

E vamos de maratona.

Se atingirmos a meta, posto no segundo seguinte que for atingida. Mas se não à atingirmos, postarei somente na quinta-feira.

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Meu irmão gangsterOnde histórias criam vida. Descubra agora