♣️Capítulo 22♣️

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Acordo cedo, tomo banho e coloco somente um shorts e um cropped. Tomo café enquanto analiso a estrada e as pessoas.

Subo meu olhar e no prédio em frente ao meu uma da inúmeras janelas me chama a atenção.

Vejo o tronco nú de um homem, acho que de tanto o observar, ele percebe e vira um pouco seu rosto para mim.

Infelizmente não consigo ver seu rosto e o analisar mais, pois a cortina logo é fechada.

O pouco que consegui ver do cara, acho seu rosto nem tão desconhecido assim, ele é

Passo o resto do dia pensando no cara misterioso e gostoso da janela em frente à minha.

***

Seco o meu cabelo e termino de fazer minha maquiagem.

Sento na cama, respondendo Maitê e digo que estou quase pronta.

Conheci Maitê duas semanas depois de começar a viver aqui, nos conhecemos em uma cafeteria perto do meu apartamento, conversamos e descobrimos ter muito em comum.

E ficamos ainda mais próximas, quando descobrimos estudar na mesma universidade.

Ela está cursando medicina e eu advocacia.Até hoje acredito que sua profissão não tem muito a ver com seu estilo, mas não duvido do seu amor pela medicina.

Maitê é fria e durona, mas educada e no fundo é doce e um pouco gentil também.

Vou rapidamente para o meu closet e escolho um vestido preto, curto e colado de alcinhas finas e optei por um salto da mesma cor.

Coloco meu celular na bolsa, e por curiosidade, me aproximo da janela vendo as luzes da casa do meu vizinho apagadas e sua janela aberta.

— Holla amor de mi vida— fala Maitê quanto entro em seu carro.

— Como tu se sente depois daquilo?— dou um beijo em sua bochecha.

— Não sei. Normal?— levanto uma sobrancelha a olhando questionadora. —Talvez um pouco indignada? Chateada? E com medo do que possa me acontecer

— Não fica assim, vou estar contigo sempre— a abraço apertado sentindo suas lágrimas descerem em meus ombros.

— É que tipo, eu olhava para ele e sua mulher e ficava tipo caralho, que casalzão. Eu fui no casamento deles e achei lindo. Agora não consigo sentir nada além de nojo. Ele é casado e mesmo assim assedia mulheres. Eu não sei o que pensar. Poxa, ele é meu tio, irmão do meu pai e..e...ele tocou no meu corpo, e depois de eu o negar, ele teve a coragem de falar que bebeu e me confundiu com sua esposa.— Maitê limpa as lágrimas enquanto olha para um ponto fixo em sua frente.

— Luísa é tão boa, e de certo não merece isso, quando estou no mesmo ambiente que ela, sinto mais nojo ainda de mim, por estar rindo com ela, enquanto a alguns meses atrás, seu marido me tocou. Me incomodada toda vez que seus olhos podres param em mim.

— O pior é saber que, se ele, da minha "família" tentou isso, o que outros podem fazer. Eu juro que só não troco as roupas curtas e decotadas que coloco, porque sou a porra de uma feminista e não acho que deva desistir do que gosto enquanto o filho da puta está pouco se fudendo para o que sinto ou deixo de sentir.

Maitê só não abre um processo contra o próprio tio, porque sabe que vai perder, ele é bastante conhecido e aparentemente gentil e caridoso. Enquanto minha amiga, está mais para a "ovelha negra da família" pois fala verdades que todos ignoram e fingem não existir. Ela acha que ninguém vai acreditar nela, nem os próprios pais. Eles sempre enviam dinheiro para ela e não se importam, querem só a reputação dele intacta.

— Mas, tudo bem né? Vida que segue, tu tá gata em? — Ela começa a dirigir enquanto conversamos. Eu estou com um vestido bem curto e que desenha completamente meu corpo, mas quem liga?

***

<<🍒>>

<See you later>

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Meu irmão gangsterOnde histórias criam vida. Descubra agora