Capítulo V

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Oi gente! Depois de um ano fod@ fazendo meu TCC e finalmente me graduando na universidade, eu voltei com mais capítulos da história! Espero que gostem  :)

No último capítulo: Kate não estava se sentindo bem, então ficou descansando enquanto Mia e Ben saíam para caçar javalis perto do hotel do Parque. Julho chegou com muito sol e calor; e, para comemorar o aniversário de Mia, os três resolveram passar alguns dias de férias no Lago Maligne. Acompanhe abaixo a continuação da história.

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Do topo daquele morro, Ben pode ver com clareza toda a magnífica extensão e beleza do Lago Maligne. É imenso; ele se estende tão longe que parece virar a curva do horizonte como se fosse seu próprio oceano.

No fundo de um vale cercado de montanhas imensas, o lago brilha azul e limpo na luz quente do Sol, com o reflexo das nuvens brancas na água cristalina. Milhares de enormes pinheiros verdíssimos ocupam as margens e escalam as encostas das montanhas. Parece uma cena de filme, de cartão postal. Ben mal consegue acreditar naquela vista, naquele ar puro com cheiro de mato, no Sol quente que reflete na água como um espelho e que queima sua pele.

Kate ri da expressão na cara dele.

— Gostou? Aqui é um dos principais pontos turísticos do Parque.

— ... — Ben leva alguns segundos para encontrar sua voz. — Gostei. As paisagens são lindas.

Ele, Kate e Mia tomam dez minutos para descansar no topo da colina, mas logo montam nas bicicletas de novo e descem a trilha na encosta do morro em alta velocidade e chacoalhando até os ossos. Kate os guia pelo caminho velho na grama ao redor do lago por alguns quilômetros até as cabines de veraneio perto de um píer meio caído cheio de lanchas afundadas pela metade.

— Bom, é aqui que a gente vai ficar — Kate para a bicicleta na frente de uma cabine de madeira, com a pintura vermelha e amarela desbotada em sua maioria. Apesar das tábuas da varanda estarem verdes de musgo e tortas, ainda parecem em bom estado. O telhado-

— Ah, não. — Mia franze as sobrancelhas ao olhar para a cabine e desmonta da bicicleta. — Olha ali, Kate.

Kate e Ben olham na direção que Mia aponta e veem bolinhas escuras nas escadas e nos cantos da varanda.

— Não acredito.

Kate desmonta da bicicleta também e, junto com Mia, corre escada acima e pega a chave debaixo de um vaso. Quando a porta abre, ambas soltam um grito agudo e pulam para longe; vários chiados altos vêm de lá de dentro e pelo menos seis doninhas peludas saem correndo pela porta da frente na direção de Ben. Ele desvia e elas, ainda em pânico, correm para dentro do lago e desaparecem quando afundam.

— Meu pai amado... — Kate se segura na porta para não cair quando finalmente dá uma olhada dentro da cabine. Ela apoia a testa na mão e fica parada vários segundos só tentando absorver a situação. Mia grunhe e revira os olhos. Ben desmonta de sua bicicleta e sobe os degraus até as meninas, espiando para dentro também.

Lá é espaçoso, mas qualquer beleza do lugar está ofuscada por uma enorme sujeira de cocô e lama no chão, junto com centenas de patinhas imundas por toda a superfície de pedra dos balcões da cozinha. O cheiro é podre e faz com que Mia e Ben tampem os narizes.

— Filhos da mãe... — Kate suspira, derrotada. — Como eles entraram? Achei que a gente tinha fechado tudo direito da última vez!

— Ali, ó — Ben aponta para o buraco no piso de tacos perto da porta da cozinha.

Mortos RevivemOnde histórias criam vida. Descubra agora