CAPÍTULO SETE - Um jantar para dois

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Em segundos voltei no tempo.

Sinto-me paralisada até ver os dedos do Tae estalando bem a minha frente.

- Ei Liv, terra chamando Liv.

Balanço a cabeça voltando a realidade.

- O que houve?

- Eu é que te pergunto. - Ele responde analisando meu rosto.

- Desculpe, tive uma lembrança repentina.

- Uma lembrança boa ou ruim?

Olho para ele.

- As duas coisas.

- Isso é possível?

- Acho que sim.

Reparo no céu, o sol já está começando a se pôr e em breve escurecerá.

O celular dele começa a tocar, ele atende no primeiro toque e se concentra na conversa.

- Hum, sim, vamos procurar também... Ok, pode deixar. - E desliga.

- O que foi?

- Era o Ha-jun, ele disse que vai procurar por alguma pousada para passarmos a noite.

- A garçonete daquela lanchonete tinha me dito que havia uma por aqui, perto da igreja.

- Então vamos lá.

Taehyung e eu vamos até a pousada o mais rápido possível, não é difícil achá-la já que ele fica na rua de frente para a igreja. O lugar é pequeno, muito pequeno. A recepção só tem um sofá e uma mesinha, mas contanto que a gente consiga um quarto eu ficarei satisfeita.

- Boa tarde. - Digo a senhora da recepção.

- Boa tarde, como posso ajudar?

- Você tem três... - Paro e pergunto ao Tae: - Três quartos é o melhor?

- Sim.

- Tem três quartos para passarmos a noite?

- Infelizmente não, querida. Acabei de alugar para alguns passageiros do trem, só temos dois quartos sobrando, mas nesses quartos têm duas camas, caso queiram dividir.

- Pode ser. - Tae diz rapidamente.

- Pode ser, iremos dar um jeito e dividir.

- Ótimo, estou fazendo suas reservas.

Digo a ela nossos nomes e aviso que Ha-jun e o Tae irão dividir o quarto e ele concorda, afinal ele precisa ser um cavalheiro nessas horas. Ficamos com os quartos do fundo, o Tae tenta ligar para o Ha-jun.

- Está sem sinal, eu já volto. - Diz ele saindo com o celular.

Sento-me no pequeno sofá e espero.

- Oh, você de novo. - O cara que esbarrou em mim mais cedo aparece.

Sorrio para ele.

- Óla. Também veio fazer uma reserva?

- Sim, não quero ter que passar a noite no trem. Os funcionários acabaram de nos avisar que por medidas de segurança precisaremos passar uma noite aqui, podemos ficar no trem, mas não acho uma ideia muito legal.

- Sinto muito, mas a senhorita acabou de reservar os últimos quartos. - Diz a senhora para ele.

- Sério? - Ele olha o relógio. - É quase fim de tarde e não sei mais o que fazer, todas as outras pousadas estão cheias.

O Natal que prometemosOnde histórias criam vida. Descubra agora