CAPÍTULO TREZE - Quando o passado bate à porta

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Desfiz toda a minha mala.

Deixei minhas roupas perfeitamente arrumadas no armário e também separei os presentes que trouxe comigo para colocar debaixo da arvore de natal.

Vou precisar de um presente para o Taehyung, já que irei vê-lo no natal. E também preciso de presentes para o Ha-jun e o Charles. Planejei toda essa viagem e ela saiu completamente fora do que eu imaginei.

Estou tão feliz.

O Taehyung e eu nos reencontramos depois de anos, a gente se beijou e teremos alguns dias juntos, eu não poderia pedir por nada melhor.

Pego os presentes e desço as escadas.

A árvore de natal da família Evans é sempre muito bem enfeitada e muito recheada de presentes, coloco os meus junto com os outros e vejo presentes da minha avó paterna.

- Mãe, minha avó mandou presentes esse ano direto pra cá? - Grito.

Minha mãe surge de algum lugar da casa.

- Sim, eu liguei para ela e pedi que fizesse isso. Depois você liga e agradece, ok?

- Ok.

- E Liv, tem outra coisa. - Ela fala seriamente. - Você precisa ir visitar a família do seu pai, eles estão ansiosos para passar um tempo com você.

- Mãe, eu não posso visitá-los, estou na faculdade.

Ela se aproxima.

- E em breve vai se formar, logo depois da formatura eu quero que vá passar algumas semanas com eles.

Respiro fundo.

- Não posso, mãe. Depois da formatura terá o estágio em outro país...

- Então escolha a Coreia do Sul.

- Nem pensar, eu não quero ter que viver com eles.

Dessa vez ela é quem respira fundo.

- Sua avó quer muito ver a neta dela, faça isso pelo o seu pai, Liv.

Sei que minha mãe cita o meu pai porque é meu ponto fraco.

- Eu vou pensar, mãe e vou dar um jeito de visitar a família do papai.

Ela sorri.

- Ótimo. Eu estou fazendo biscoitos, você quer?

- Com certeza.

Eu a sigo até a cozinha e a campainha toca no mesmo instante.

- Pode abrir a porta? - Ela pergunta.

- Claro.

Abro a porta e meu coração quase sai pela boca.

Não importa o quanto o tempo passe ou o quanto ela mude, eu posso reconhecer a Ashley a metros de distância. Mas não é preciso muito, porque aqui está ela parada na minha porta.

O cabelo dela continua loiro como sempre, mas agora é bem curto.

Ela ajeita a touca cinza que está usando e me olha com expectativa.

Estou tremendo bastante e meu coração bate rápido demais, não consigo nem me mexer.

- Liv. - Ela sorri. - Que bom te ver.

Não sei o que dizer, parte de mim está com tanto medo, raiva e ódio.

- Eu soube que você está de volta à cidade. - Diz ela sem jeito. - Eu preciso muito... Quer dizer, eu quero muito conversar com você.

O Natal que prometemosOnde histórias criam vida. Descubra agora