CAPÍTULO DEZ - Verdades e conversas sinceras

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Foi um café da manhã tranquilo.

Ha-jun falava sobre como estava aliviado por nossa viagem finalmente seguir como o planejado, convidei o Charles para tomar café conosco e dessa vez o Taehyung não foi tão duro com ele. Tomei bastante chá quente e comi bolo de chocolate com baunilha, no fim dividimos as despesas da pousada.

Agora estamos na estação de trem, os funcionários estão direcionando todo mundo para seus lugares corretos e nos ajudando com as bagagens.

-Que frio. - Digo colocando um par de luvas brancas.

- Aqui, coloque seu cachecol.

Taehyung enrola o meu cachecol em mim com cuidado e eu apenas o observando fazendo isso com carinho.

- O que foi? - Ele pergunta sorrindo.

- Nada.

Embarcamos no nosso vagão, o Charles fica no vagão depois do nosso e fico feliz por estar tão quente aqui dentro.

- Eu já volto, preciso conversar com o Ha-jun.

Seguro o braço dele.

- Você não vai perguntar se ele nos viu, vai?

- Não, fique tranquila.

Ele se afasta e os dois começam a conversar.

Mando uma mensagem para minha mãe avisando que em breve chego em Moontown, em seguida pego o meu caderno de desenhos. Esses desenhos precisam ser melhorados, confesso. Mas estou sendo capaz de criar coisas incríveis e eles me ajudaram a decidir em que país fazer o meu estágio no próximo ano. Eu ficaria feliz de ir para a Coreia do Sul, parte da minha família está lá, mas existem tantos outros lugares para se ver no mundo.

Taehyung volta e se senta ao meu lado.

- Então, podemos continuar aquela conversa?

- Podemos.

Guardo o meu caderno.

Ele olha para as próprias mãos e pergunta:

- Lembra de quando te ensinei a tocar violão?

- Não ensinou muita coisa, só algumas notas. -Eu o lembro ainda sorrindo.

- É que eu também estava aprendendo, na verdade ainda estou.

- Fico feliz por você ainda tocar saxofone.

- Eu só toco de vez em quando, na verdade só como passa tempo. - Ele passa as mãos pelo cabelo. - Mas continuo amando tocar.

Pelo jeito é um hábito que ele não perdeu.

- Eu também gostava de vê-lo tocando, você faz isso com tanta paixão.

- E você? Ainda gosta de tirar fotos? Eu sei que o piano e as roupas ainda são seu hobby.

Sorrio, são minhas coisas favoritas no mundo.

- Sim, acho que sempre vou gostar de fotografias e roupas, até porque eu estudo moda.

- É verdade. - Ele ri.- Pretende mesmo ficar nessa indústria? Quer ser reconhecida?

- Na verdade, só quero abrir minha loja de roupas sustentáveis, criar algo que seja realmente significativo para as pessoas e para o planeta.

- É uma atitude e iniciativa maravilhosa, Liv.

- Quero que a moda seja algo acessível e bom para todas as pessoas, não importando raça, cor ou lugar. Eu até criei uma coleção de bandanas para as garotas da minha escola antiga no Canadá.

O Natal que prometemosOnde histórias criam vida. Descubra agora