CAPÍTULO 1

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Luna 💞

—  Você não vai para porra nenhuma Luna, se liga criança, os cana tá  revirando tudo atrás de mim, eles não perdoam ninguém não, principalmente vc que é minha cria porra! — meu pai gritava na nossa sala.

— Que droga, eu não posso fazer nada, só criada em uma bolha, pelo amor de Deus! — subir correndo para meu quarto.

Muitos de vocês agora estão me achando mimada, eu imagino, mas não, não sou assim, eu sempre fui criada em uma  bolha que meu pai inventou, eu entendo que a  vida que ele leva, sei os perigos , sempre me ensinaram isso, a como te cuidado a não falar muito, a não ir pra festa fora do morro , eu só posso namorar alguém que seja  da convivência do meu pai, minha vida é controlada 24 h,  me sinto uma merda.

Ainda por cima tenho que suporta meu irmão mais velho  que se acha o fodão do pedaço, eu e minha mãe somos a minoria lá em casa, isso é fato.

Eu queria ir à casa da minha amiga Cláudia ela é da zona sul, estava tudo certo pra irmos ao cinema, mas meu pai não permitiu, eu só posso sair com JP, ele é um  aviãozinho do  meu pai, JP é um cara, mandado que não tem opinião própria,  já tem uns  três anos que estamos juntos,  eu suporto ele essa é a verdade, foi esse ano que acabei perdendo minha virgindade com ele, posso  falar que foi uma bosta,  depois disso só fizemos mais duas vezes.

Estou me afastando dele, queria que ele entendesse que não vai rolar mais  nada entre a gente, mas ele se faz de doido só pode!

Estava no quarto, sozinha, chorando horrores, nunca sair escondida mais dessa vez eu iria, hj é dia de baile na comunidade, os vapores estão tudo ocupado, eu sei uma viela que já saí direto no asfalto, dessa vez vou quebrar as regras, só dessa vez.

Coloquei um vestido preto simples,iria dá uma volta na praia pra distrair um pouquinho, conseguir sair sem ser vista, amém!

Estava andando na orla enquanto o vento batia no meu rosto, as lágrimas caiam sobre meu rosto , eu só queria tentar ser feliz, comecei sentir uns pingos caírem sobre meu rosto dessa vez não era  lágrimas e sim chuva, o tempo fechou de vez , as pessoas começaram a ser recolher , indo embora , e eu continuei andando na chuva , estava me sentindo livre, quando um carro começou a buzinar , já fiquei apavorada , olhei, mas não reconhecia a pessoa , tudo estava estranho.

— Ohhh Garota você tá bem ? Quer ajuda ??? — o cara do carro falava .

— Estou, obrigada ! — falei .

—Entra aí , menina ! — ele saiu do carro e veio em minha direção me dando um casaco.

— não precisa,obrigada!

— vai garota, você tem idade pra ser minha filha , não vou deixa vc aí jogada não . — ele falou abrindo a porta do carro .

— Não exagera não , tá bom ? Não vou dizer que vc é novo , se isso que você quer ! — falei ironica .

— Garota grossa ! — falou

— vou te levar pra casa , não vai  ficar tarde da noite na rua não,é perigoso vai por mim. — ele nem sabe de onde eu vim .

— Não por favor, eu não quero ir .

— Porra não vou deixar você na rua ! — Passou a mão na cabeça .

Ele parou de falar, e  ligou o carro não sabia pra onde ele estava me levando, demorou uns dez minutos até chegar a uma pousada bem lindinha, falou com o dono pelo que deu entender ele são primos, pegou uma chave e me levou até o quarto.

— Passa a noite aí , ninguém vai mexer com você não , agora eu preciso ir, boa noite .

— Espera essa chuva  passar um pouco, tá ruim pegar a estrada nesse estado! — falei.

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