Onde Tudo Começou 🎬

CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO 🎬

CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO

Hero

Josephine e eu seguimos os meses seguintes nos falando via chamada de voz e por chamada de vídeo também.
A cada dia minha ansiedade aumentava mais, o dia em que eu iria vê-la estava bem próximo.
Hoje viajo pra Atlanta é pouco mais de oito horas de viagem mas da Austrália até Atlanta era praticamente um dia, então eu chegaria antes que ela, mas de qualquer forma estava pronto pra reencontrar o amor da minha vida e mal posso esperar por isso.
- Suas malas já estão no carro filho - minha mãe se aproxima.
- Você tem mesmo que ir? - Mercy me abraça.
- Tenho pirralha - acaricio seus cabelos - Mas eu volto antes que você comece a sentir minha falta.
- Então é melhor nem sair, porque já estou sentindo - ela me aperta.
- Qual é? - eu a afasto - Prometo que vai passar rápido e logo vou estar de volta.
- De mindinho? - ela levanta seu dedo mindinho rumo a meus olhos.
- De mindinho!
Cruzamos os dedos e eu volto a abraça-la me despedindo.
- Vamos, você vai perder o vôo - minha mãe me apressa.
- Certo - passo as mãos pelos cabelos que já estão maiores do que estou acostumado.
Abraço meu pai e Titan e sigo minha mãe até o carro, não sei que milagre foi esse de ela querer me trazer já que odeia despedidas, mas aceitei de bom grado, afinal de contas ficaria um bom tempo sem ver ela então uma boa despedida não faria mal.
Ela ajeita o cinto de segurança em seu corpo e da a partida no carro.
Ela da ré e saímos da garagem.
- O cinto - ela me alerta e eu o coloco - Filho - ela faz uma pausa - Posso ter uma boa conversa com você?
- Agora mãe? - meu cenho se franze.
- Sim, agora!
- Ok, acho que não tenho como fugir disso.
- Não mesmo - ela vira a direita e acelera pouco - Quero que você tome muito cuidado quando estiver em Atlanta.
- Hã? Por que?
- Porque você está indo lá a trabalho e sei que ela vai estar lá. Eu vi como você ficou as duas vezes em que vocês se afastaram e eu não vou estar lá pra te acalmar, nem seus amigos e eu quero ter certeza de que você consegue lidar com esse tipo de situação.
- Nós estamos bem mãe. A gente se entendeu agora vai dar certo - me ajeito no banco.
- Não quero ser pessimista, mas coisas podem acontecer e eu quero saber se você consegue lidar com isso sozinho, porque se não conseguir acho melhor você nem falar com ela fora dos sets.
- Eu consigo! - afirmo.
- Promete que não vai se meter em confusão Hero, por mim...
- Eu não vou - passo a mão por seu rosto - Confia em mim.
Ela solta um longo suspiro - Ok.
Seguimos o restante da viagem em silêncio, apesar de assentir com o que eu disse, sei que no fundo ela está extremamente preocupada com o meu comportamento caso algo me deixe mal, mas prometi a ela que iria saber lidar e eu vou.
Chegamos ao aeroporto, faço o check-in temos uma última despedida e vou para o portão de embarque.
Meu coração está acelerado e a vontade de ter Josephine em meus braços fica cada vez mais incontrolável.
Preciso dela mais do que qualquer coisa nesse momento.

Josephine

Dou uma última olhada em todas as malas conferindo se não estou esquecendo nada.
Visto o moletom de Hero e prendo os cabelos. Minha irmã está sentada na minha cama enquanto nossos pais me esperam no andar debaixo.
Ainda não tive coragem de contar a elas sobre a minha reconciliação com o Hero. Nesse momento ninguém iria entender ou aceitar isso de forma amigável, então decidi que não contaria absolutamente nada.
Me sento a beira da cama para calçar meu tênis e Kath me encara.
- Dylan também está indo hoje não está? - ela corre os dedos pela tela do celular.
- Eu não sei - dou de ombros.
- Ele me disse que você o está evitando.
- Eu só estou ocupada - digo sem demonstrar preocupação.
- Ele queria saber qual era o horário do seu vôo...
- Você não contou né?
- Então - ela faz uma pausa - Eu contei.
- Por que fez isso? - me sinto irritada.
- Por que está evitando ele?
- Porque ele quer investir em mim e eu não quero.
- Por que não quer? Ele é perfeito!
- Pega pra você - reviro os olhos.
- Para de ser infantil.
- Eu? Infantil? - respiro fundo - Olha, não quero brigar agora. Estou indo pra muito longe de vocês e não quero chegar lá brigada com ninguém.
- É o idiota do Hero né? Você acha que não ouvi você falar com ele?
- Kath, para - eu a aviso.
- Não, pare você - ela altera a voz - Como você pode continuar insistindo nessa merda toda? Vocês não conseguem sustentar esse relacionamento.
- Sim, nós conseguimos!
- E vão fazer o que quando as gravações chegarem ao fim?
- Não é da sua conta - pego minha mochila e a jogo nas costas, em seguida as duas malas de rodinhas e começo a caminhar mas paro na porta do quarto - Um dia Katherine, você vai amar alguém tão intensamente que não vai conseguir ficar longe dela, assim como eu não aguento ficar longe dele.
Antes mesmo que ela responda eu lhe dou as costas e saio porta a fora rumo ao carro do meu pai.
Ajeito minhas malas no banco detrás abraço firme a minha mãe em uma despedida emocionada e entro no carro do lado do passageiro enquanto meu pai senta no banco do motorista e da a partida.
Não queria ter brigado com a Kath e mesmo que tudo isso seja preocupação ela não tem o direito de se meter nas minhas decisões.
Chego ao aeroporto faço o check-in e me despeço do meu pai.
- Se cuida filha - ele beija minha testa.
- Vocês também - eu o abraço forte - Logo, logo estarei de volta.
- Vê se liga pra gente ok?
- Tá bom pai - me afasto - Tchau.
Aceno com a mão e entro no portão de embarque.
Procuro por meu acento e o encontro na parte dos fundos do avião e pra minha sorte na janela, amo ver as nuvens de perto e admirar o céu.
Me ajeito na poltrona, pego meu iPhone e coloco uma música para tentar aliviar a ansiedade que me consome e sinto a poltrona ao lado se afundar e uma perna roçar nas minhas.
- Você se importa se eu me sentar aqui?
Percorro meus olhos de baixo pra cima analisando cada detalhe do homem ao meu lado enquanto meu coração bate forte - Dylan?
- Oi - ele sorri.
- Ah, oi - respondo desviando o olhar  - Pensei que você nem estivesse na Austrália mais...
- Ah, eu estive todo esse tempo mas você meio que tem me evitado então era difícil mesmo saber que eu estava por aqui.
- Não estava evitando você, eu apenas estive muito ocupada - olho pela janela vendo o avião levantar vôo.
- Tudo bem, eu entendo - ele pega seu iPhone e conecta os fones - Animada pra começarmos as gravações?
- Muito - abro um sorriso.
- Eu também - ele sorri de lado - Isso vai ser bastante interessante - ele diz mais pra ele do que pra mim.
Não respondo a sua pergunta e só o observo colocar seus fones e fechar os olhos.
Ele está diferente, não sei dizer o que é mas não é o mesmo com quem tive contato a última vez.
A última vez que o vi lá em casa, foram várias investidas em mim e agora ele está aqui ao meu lado me tratando como se eu fosse uma colega de trabalho qualquer e isso me incomoda um pouco e me deixa apreensiva.
Penso em perguntar algo mas desisto em seguida. Só quero me concentrar em meu encontro com o Hero que irá acontecer em breve.
Ele vai chegar primeiro que eu e gostaria que viesse me receber no aeroporto mas olhando Dylan ao meu lado talvez não seja uma boa idéia.
Eu havia dito que o ligaria quando chegasse em Atlanta para que ele viesse ao meu encontro mas agora decido que não irei fazer isso enquanto Dylan estiver por perto, não quero confusões ou quero tentar adiar até onde eu puder.
Algumas horas de viagem já se foram e paramos para fazer a conexão. Me sinto exausta e daria tudo por uma massagem.
Dylan se levanta primeiro e eu o sigo logo em seguida esticando os músculos do pescoço e logo em seguida levando uma das mãos e soltando um gemido.
- Eu poderia fazer uma massagem em você, minhas mãos são ótimas pra isso - ele se aproxima do meu ouvido - Sem segundas intenções - ele levanta a palma da mão - prometo.
- Isso seria bom - digo ainda apalpando o vão entre meu ombro e pescoço sentindo toda a tensão do vôo.
Descemos do avião direto para a sala de embarque a espera do próximo vôo.
Me sento em a das cadeiras e solto um suspiro de cansaço enquanto fecho os olhos.
Estou quase pegando no sono quando sinto mãos geladas tocarem meu pescoço de forma delicada.
Me sobressalto um pouco mas meu corpo relaxa em seguida - Isso é incrível - estou em êxtase, totalmente dominado por seu toque.
- Eu disse que minhas mãos eram ótimas - ele pessoa o polegar pela minha nuca enquanto a outra mão segura meu pescoço de forma gentil.
Fecho os olhos sentindo aquele toque e meu corpo se aquece. Imediatamente Hero vem a minha mente e começo a pensar em suas mãos me tocando exatamente como Dylan está fazendo. Hero tinha as mãos tão macias quando as de Dylan.
Sinto uma pressão lá embaixo e pressiono as pernas uma contra a outra.
Enquanto Dylan massageia meu pescoço começo a me lembrar dos momentos íntimos que tive com o Hero, ele sim sabia como me satisfazer. Aperto o descanso da poltrona sentindo a necessidade de ter o Hero dentro de mim, eu precisava dele agora mais do que nunca.
- Você está ficando excitada Josephine? - a voz de Dylan me trás de volta a realidade.
- O quê? - endireito meu corpo - Claro que não, só estava relaxando com a massagem - respondo rapidamente.
- Humm - ele sorri e continua a tocar.
- Bom, acho que minha tensão já foi embora - me levanto - preciso ir ao banheiro - anuncio.
Ele assenti e eu caminho rapidamente em direção ao banheiro feminino.
Pego meu celular no bolso detrás do meu jeans e ligo pra Hero que atende quase que de primeira.
- Oi baby - sua voz me faz estremecer.
- Ah, oi - minha voz saí trêmula - Você já chegou?
- Quase agora.
- Está no aeroporto ainda?
- Não, já estou no apartamento o mesmo de antes.
- Ah - estou ofegante.
- Aconteceu algo? Você já está chegando?
- Ainda faltam algumas horas..
- Se quiser posso ir buscar você, eu durmo agora e quando você chegar eu encontro você.
- Não, tá tudo bem - faço uma pausa - Eu estava pensando em você - digo sem rodeios.
- Eu também estava.
- Não! Eu estava pensando em você e isso me deixou... bem, você sabe - quase sussurro e entro em uma das cabines.
- Excitada? - sua voz soa grossa.
- Sim - sinto a pulsação lá embaixo.
- Ainda está?
- Sim - minha voz quase saí como um gemido.
- Aonde você está?
- No banheiro do aeroporto.
- Ah, eu realmente iria amar te foder em um banheiro de aeroporto - ele sussurra.
- Puta merda Hero - imagino ele me pegando aqui dentro.
- O quê? Você não iria gostar?
- Claro que eu ia - meu corpo todo está queimando.
- O que você está fazendo agora Srta Langford?
- Acariciando minha barriga - reviro os olhos - Mas não tenho muito tempo, o próximo vôo já vai sair.
- Então tá esperando o que pra começar a se tocar?
Desabotoo meu jeans e desço o zíper colocando minha mão lá dentro com delicadeza. Meus dedos frios encontram meu clitóris e que me sobrassalto com aquele contato soltando um gemido baixo.
- Você não sabe a vontade que eu estou de te chupar, de te sentir em mim, mas já que isso ainda não é possível eu me contento em te fazer gozar por ligação. Você está molhada?
- Uhum - mordo o lábio inferior.
- Gostosa - sua voz saí como um sussurro - Esfrega seu dedo na sua boceta do jeitinho que que faço quando estou prestes a te comer.
- Ah Hero .. - minha respiração está ofegante.
- Isso - ele me incentiva - Continua...
- Sim - estou tão excitada que estou bem perto de chegar ao orgasmo e ele percebe pelo tom da minha voz.
- Goza pra mim Josephine Langford - seu sotaque britânico se intensifica e minhas pernas ficam bambas enquanto chego ao ápice gemendo de forma baixa temendo que alguém possa me ouvir.
Meu rosto está corado e me sinto exausta então me encosto na parede recuperando o fôlego.
- Você é uma safada Srta Langford - ele da um sorriso - E isso me excita.
- Você também...
- Ah, não - ele faz uma pausa - Estou guardando pra te dar pessoalmente.
Meu coração acelera ao ouvir suas palavras e meu corpo estremece - Te vejo em breve baby...
- Obrigada por me ajudar - me sinto envergonhada.
- Eu que agradeço por me procurar pra te ajudar a relaxar e amo saber que sou o único a fazer isso.
Dou uma breve risada - Te vejo em breve.
- Ei, Jô? - ele chama - Eu te amo.
Abro um sorriso envergonhado - Eu te amo.
Encerro a chamada e me recomponho.
Lavo minhas mãos, meu rosto e volto a sala de embarque. Agora falta pouco pra eu estar ao lado dele e mal posso esperar por isso.