Onde Tudo Começou 🎬

CAPÍTULO VINTE E UM 🎬

CAPÍTULO VINTE E UM

Josephine

Estou à cinco minutos parada dentro do carro pensando no que dizer a minha irmã. Ela com certeza não vai engolir essa história de que fui a padaria ainda mais de pijama. Deito minha cabeça no volante pensando as deveria dizer a verdade ou insistir na mentira até que ela finja acreditar.
Respiro fundo, abro o carro pego minhas coisas e tomo coragem para subir.
Quando chego a porta do apartamento abro a porta e ela está sentada no sofá mexendo no celular e bebendo algo que acredito ser café.
- Aí está a margarida - ela me analisa de cima em baixo - Vai dizer a verdade ou vai preferir fingir que me engana?
- Acho que prefiro fingir - coloco meu celular e as chave na bancada da cozinha e pego uma xícara e me sirvo com café.
- Josephine você não foi a padaria - ela se levanta e caminha em minha direção.
- Eu fui sim - a encaro.
- Não você não foi, porque jamais iria de pijama - ela me olha de cima em baixo.
- Iria sim, por que não?
- Você é minha irmã garota e eu te conheço o suficiente pra saber que não iria. Aonde você passou a noite?
- Eu... a.. - bebo o café tentando ganhar tempo para pensar em algo.
- Desembucha logo garota - ela me pressiona.
- No apartamento do Hero! - respondo de uma só vez e caminho pra sala enquanto ela fica estática no lugar.
- Você o quê? - ela grita e vem em minha direção.
- Isso mesmo que você ouviu.
- Você é mais idiota que eu pensava - ela revira os olhos - Eu dou as costas por uns dias e você vai parar onde? Na casa do cara que te fez de boba.
- Ele não me fez de boba, não tínhamos nada Kath.
- Mas ele se mostrou interessado e como não rolou com você ele foi atrás de outra. Como você pode ser tão ingênua Josephine?
- Não foi bem assim, eu estava bêbada e ele respeitou isso.
- Beijando outras - ela esbraveja.
- Ele errou, todo mundo erra.
- E você é a perdoadora de erros. Se fosse você, ele perdoaria?
Paro por um instante pensando na pergunta que ela acabou de me dizer e me lembrando de como ele se comportou quando me viu com o Dylan - Eu não sei e não é sobre ele, é sobre o que eu sinto. Juro que tentei manter ele longe, mas ele está em tudo o tempo todo. Ele vira minha cabeça de uma forma que não sei explicar.
- Efeito britânico garota, saí dessa antes que você fique magoada.
- Ele não vai me magoar Katherine, não vai porque ele está apaixonado por mim.
- Se estivesse não teria beijado outras garotas.
- Para com isso - me levanto e caminho para o quarto sentindo uma pontada no peito - Você não sabe o que ele é quando está comigo. Como me trata, como me ama quando fizemos sexo e ...
- Josephine Langford, você transou com ele? - ela grita vindo em minha direção me impedindo de entrar no quarto - Eu não acredito que você fez isso. Qual a porra do seu problema?
- Meu problema era abstinência sexual, eu e um homem dentro de um quarto sozinhos e excitados.
- Você é muito burra garota. Ele conseguiu exatamente o que queria, transar com você.
- Ele não queria só isso comigo ok?
- Você vai perceber isso quando as filmagens terminar e ambos voltarem pra suas casas. Nada melhor que ter alguém pra te satisfazer enquanto você não tem ninguém.
- Se fosse assim, ele tinha ficado com a Khadijha e a Pia, mas escolheu à mim.
- Porque você é mais ingênua, mais fácil de manipular.
- Eu não sou! - grito.
- Sim, você é! - ela me acusa.
- Não quero mais falar com você, me deixa em paz! - grito e entro para o quarto fechando a porta na cara dela.
- Você não quer me ouvir? Tudo bem, mas sou mais velha e sei quando digo que ele vai partir seu coração e você vai se lembrar das minhas palavras.
- Cala a porra da boca - grito e me jogo na cama.
Não consigo conter as lágrimas me lembrando do que acabou de ser dito. Talvez ela não esteja errada, mas só tenho uma forma de descobrir. Preciso dar uma chance pra nós dois não quero deixar essas palavras me abalarem a ponto de desistir e me arrepender de não ter tentado depois. Me sinto péssima e mil coisas passam pela minha cabeça. Afundo a cabeça no travisseiro e choro até pegar no sono.

Hero

- Larga esse telefone mano - Valand abre uma cerveja e se senta ao meu lado no sofá - O jogo vai começar e você tá aí, vidrado nesse celular.
- Ela não ligou e nem mandou mensagem - digo chateado.
- Ela tá curtindo a irmã dela cara. Desencana.
- Mas ela disse que ligaria. Será que ...
- Quando é que você virou esse menino carente ein? - Valand da um gole em sua cerveja.
- Estou preocupado, acho que ela não se esqueceu. Aconteceu alguma coisa.
- Deixa a menina curtir a irmã cara. Ela deve estar contando em como você a pevou de jeito ontem - ele me lança um olhar sarcástico.
- Você sempre foi idiota assim? - o encaro impaciente.
- Sempre - Jack se junta à nós.
- Vocês nem estão namorando e você já está todo pegajoso. Da um ar pra garota.
- Não é isso Valand, aconteceu algo, eu sei que aconteceu - me levanto - vou ligar pra ela.
- Talvez o Valand esteja certo Hero - Jack se manifesta.
- Vocês não a conhecem como eu conheço.
- Deve ter umas duas semanas que você conhece ela cara, para de neura.
- Ultimamente tenho convivido mais com ela do que com vocês, então sim, eu a conheço bem.
Saio do sala e vou pra varanda, digito o número dela que já sei de cor e chama até cair na caixa postal - Isso não tá cheirando nada bem - digo a mim mesmo e ligo de novo e de novo e então resolvo deixar um recado - Ei, sou eu Hero. Tá tudo bem? Você disse que me ligaria e não ligou. Só queria saber se está tudo bem com você, com a gente. Vou continuar esperando sem sair de perto do celular. Beijos, estou com saudades.
Desligo volto pra sala e começo a assistir o jogo com meus amigos.
As horas se passam e nenhum sinal da minha pequena. Penso em ir até seu apartamento mas logo mudo de ideia ao saber que sua irmã pode estar por lá e que isso poderia causar grandes problemas. Terminamos o jogo e fomos nos arrumar para jantar fora.
Jantamos voltamos pra casa, bebemos um pouco e em seguida pegamos no sono.