CAPÍTULO SESSENTA E NOVE
Josephine
Meu corpo inteiro estremece quando Hero beija meus lábios. Estou em êxtase, juro que não esperava essa reação.
Esperava por mais gritos e não por um beijo.
Minhas mãos passam por sua nuca e adentram seus cabelos o puxando para mais próximo de mim enquanto suas mãos deslizam pela lateral do meu corpo me fazendo gemer baixinho.
Da mesma forma rápida que ele me beijou ele se afasta e sinto falta de seus lábios tocando os meus.
- Por que você parou? - resmungo.
- Porque ... porque - ele me encara - eu estou puto - ele anda de um lado para o outro - Mas você, essa boca - ele para me encara caminha até mim e aperta meu rosto - Porra, essa boca - ele a encara e se afasta - Me deixa louco - ele passa as mãos pelos cabelos - Eu fico puto e louco ao mesmo tempo caralho - ele quase grita.
- Hero me perdoa - minha voz baixinha - E..eu errei quando não te ouvi. Estava com raiva, me sentindo traída. Não justifica o que eu fiz mas está feito - lamento.
- Não me lembra dessa merda - ele bufa - e vocês ainda tem cenas pra gravarem juntos - ele cerra os dentes - Eu vou enlouquecer, tenho certeza que vou.
- Posso pedir para que a minha duble faça no meu lugar e...
- Merda - ele continua andando de um lado para o outro.
- Para de andar e olha pra mim - quase grito.
Ele para e me encara - Porra Josephine, você me deixa louco ao mesmo tempo que eu te odeio e quero que você suma da minha vida eu te amo e quero ficar com você pra sempre - ele suspira.
- Casamento? - arregalo os olhos.
- Não temos maturidade pra isso, não conseguimos sequer admitir que estamos juntos pra mídia por medo do quanto isso possa nos afetar, imagina casar?
- Au - falo baixinho - O que você quer afinal de contas?
- Não sei, preciso pensar em tudo. Eu amo você, amo até mais que a mim mesmo, mas desse jeito não dá. Eu não sei mais quanto o meu coração aguenta apanhar e não quero que isso acabe de uma forma que não possamos nem ser amigos mais.
- Você está certo - solto um suspiro.
- Mas não queria estar - ele se aproxima e encosta sua testa na minha - Queria que não fosse tão complicado - ele suspira - As vezes, só amor não basta...
- Isso quer dizer que... - as palavras ficam presas em minha garganta mas as forço sair - Acabou?
- Não podemos mais nos machucar assim, então acho que devemos acabar logo com isso.
- Tudo bem - me afasto.
- Podemos manter uma relação de amigos e...
- Não - minha voz saí firme - Não me vem com essa de "amigos" eu te amo demais pra ter que fazer a linha amiga a essa altura do campeonato.
- Jô por favor..
- Não Hero! Não dá.
- Não queria que acabasse assim..
- Nem eu, mas como você mesmo disse só o amor não é suficiente e eu entendo, juro que entendo.
Ficamos em silêncio olhando um para o outro. Eu poderia implorar, pedir mais uma chance mas a verdade é que já nos machucados demais.
- Desculpa pelas minhas grosserias - ele diz por fim.
- Tudo bem, acho que no fundo eu mereci. Vai ficar tudo bem - digo mais pra mim do que pra ele.
- Eu te amo - seus olhos estão cheios de lágrimas.
Ele se aproxima e encosta seus lábios nos meus e nunca senti uma dor tão forte em meu peito como estou sentindo agora, já que esse beijo significa um adeus.
Após um beijo repleto de sentimentos ele se afasta e talvez esperando que eu diga algo que possa mudar o rumo da nossa história mas eu não consigo. Não saí absolutamente nada e quando dou por mim ouço a porta se fechar. Estou sozinha.
Ele saiu e sinto que nunca mais vai voltar.
O espaço grande agora se torna pequeno e sufocante. Não consigo respirar e muito menos conter as lágrimas. Corro pro banheiro, sinto a bile subir sob minha garganta, me debruço sobre o vaso e começo a vomitar como se aquilo pudesse limpar toda a mágoa que corrói meu corpo.
Endireito meu corpo e passo as costas das mãos nos lábios me sentindo um pouco fraca. Me encaro no espelho e coloco um pouco de água na boca tentando tirar aquele gosto horrível, não adiantou muita coisa mais melhorou um pouco.
Respiro fundo, lavo as mãos novamente e por fim volto para o espaço onde estava e me sento na cadeira.
- Jô? - Chance abre a porta com cuidado.
- Estou aqui, entra! - limpo a garganta.
- Está tudo bem? - ele caminha em minha direção.
- Sim - respondo com firmeza.
- Ouvi Carter comentar com Castille que Hero entrou aqui irritado e...
- Merda - xingo baixinho.
- Tem certeza que está tudo bem?
- Tenho! - evito olhar em sua direção.
- Ele descobriu sobre o beijo?
- Sim - solto um suspiro - E decidiu colocar um ponto final em tudo. Não existe mais Herophine - dou um sorriso forçado e o encaro.
- Eu sinto muito Jô - Chance puxa uma cadeira e se senta a minha frente - Mas não dava pra continuar assim do jeito que vocês estavam levando as coisas.
- Eu sei, mas isso não faz com que doa menos - uma lágrima escorre e a limpo rapidamente.
- Ei - ele segura minha mão e faz uma careta depois leva a mão ao meu rosto - Você está quente.
- Não estou - digo me afastando e tossindo.
- Você está com febre, deveria ir pra casa.
- Não estou.
- Sua aparência é de doente - ele esbraveja.
- Não é - teimo com ele.
- Você é muito cabeça dura - ele joga o corpo pra trás.
- Não sou - pego meu celular e confiro as horas - Acho que já está na hora de voltar.
Assim que fecho a boca os maqueadores entram em meu camarim, Chance os cumprimenta me da um abraço e saí me deixando a sós com eles.
Solto um suspiro porque no fundo sei que Chance esta certo, não estou nada bem, mas também não quero voltar pro hotel e ficar sozinha com meus pensamentos, preciso de algo que me distraia e aqui por mais que eu esteja perto do que me aflige vai ocupar a minha a mente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Onde Tudo Começou 🎬
FanficJosephine Langford é uma jovem atriz prestes a viver sua primeira protagonista de uma adaptação literária. Ela está bastante animada e concentrada para dar o melhor de si. Ela só não imaginava que seu par romatico na trama pudesse virar sua cabeça...