Armações

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Escrevi este capítulo morrendo de sono e sem revisões, ou seja, o caos hahah Já peço desculpas antecipadamente por qualquer erro.

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- MAS QUE PORRA É ESSA? – foi a primeira coisa que Sérgio Alencar disse assim que viu na televisão a matéria com uma repórter local, ar preocupado, em frente ao hotel onde Jennifer foi morta, com a informação na legenda: "URGENTE: ex-ator Sérgio Alencar foi visto em tentativa de homicídio no mesmo hotel em que assassinou sua esposa Jennifer Reis"

A cada momento passado na matéria, imagem do hotel e as sonoras com a recepcionista, além de câmeras "exclusivas" com um homem loiro caminhando pelo hotel – especificamente no terraço – o ex-ator ficava ainda mais irritado. Bufava feito um animal bravo, e considerou lançar o controle da televisão pela janela.

Porém, uma mão menor e suave o impediu de sequer erguer o braço e fazer o movimento.

- Sérgio. Calma.

- Como eu posso ter calma, Lil? Porra, ele tá me fodendo, eu nem saí daqui e agora o pessoal tá achando que eu matei o cara do bar!

- Eu sei... Eu sei que você tá putaço, mas isso não significa jogar o controle pela janela e atingir alguém passando na vizinhança.

- Eu... – ele olhou, incrédulo, para a designer, ao seu lado na cama. – Como você sabia que eu ia fazer isso?

- Adivinhei. Mas ó, Os meninos mandaram um zap falando que tão com o rapaz, que ele vai falar o que aconteceu e que reconheceu Eric Rossi como o cara que tentou empurrar ele do terraço. Os repórteres e a polícia tão se guiando por informações que não são corretas, e que não estão completas... Ok? – levou a mão aos cabelos dele, passando com carinho, a fim de acalmá-lo. Sérgio parecia cansado, um animal ferido e acuado, e a chance de provar sua inocência se transformara em mais um crime que ele não cometeu em suas costas.

A jovem sorriu tristemente e continuou:

- Além disso, não vamos falar com Trajano. Ele com certeza comprou essa fic aí e não vai ter nada que ele diga que vá fazer ele se convencer.

- Daquele ali eu não espero mais porra nenhuma, Lil. Agora eu tenho de pensar, porque se seus amigos tão com o sacaninha do bar, a gente não pode mostrar a testemunha assim, de boas.

- Do que você tá falando, Sérgio?



Trajano caminhou de um lado a outro do seu escritório na delegacia irritado com o que considerava a sua própria incompetência. O policial deveria saber que seria enganado mais uma vez por Sérgio Alencar! Enquanto tentava encontrar calma para prosseguir com a análise das imagens da câmera instalada no hotel, considerou fazer uma chamada no aplicativo de mensagens e convencer mais uma vez Lílian de que a pior opção para ela era continuar com Sérgio.

Mas por enquanto, ele tinha outra missão: reconhecer quem eram as pessoas que haviam entrado no hotel e informado à recepcionista que subiriam o bar do terraço? Seriam boas testemunhas.

As câmeras o ajudaram e no mesmo momento ele reconheceu a dupla.

- Não tô acreditando... Então Sérgio e Lílian colocaram os amigos deles para agir em quadrilha também... Foda-se! – sua irritação não era disfarçada nem pelos óculos escuros que usava naquela manhã. - Eu só quero que eles revelem onde está Sérgio e a localização do corpo desse rapaz do hotel.

A situação era ainda mais esquisita porque havia a acusação de que Sérgio derrubou o rapaz do alto do hotel, mas o corpo não foi encontrado. Por fim, Trajano entendeu que ao invés de Sérgio ter matado o funcionário do bar, ele sequestrou o rapaz por alguma razão. Não esperaria 24 horas para aguardar alguma negociação ou mensagem cifrada do ex-ator; ele precisava saber onde estavam os restos do pobre Ramiro.

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