Fugitivos

OTP

*OTP significa One True Pairing e se refere aos personagens que formam o casal perfeito, segundo os fãs de um produto cultural (livro, filme, série, novela). É aquele ship que todo mundo curte.

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A pousada em frente à praia de Mar Grande era local de hospedagem para turistas interessados em passar alguns dias de descanso e relaxamento na ilha, cuja vista dava para Salvador. Era possível reconhecer desde os prédios altos localizados no Corredor da Vitória, a silhueta da Contorno e o Farol da Barra, uma visão interessante e curiosa da cidade.

As janelas da pousada eram todas com vista para o mar, e quem abria as janelas para observar a beleza da baía de Todos os Santos, também acompanhava as mudanças no céu, do sol que nascia e se punha, e das possibilidades de uma existência um pouco mais tranquila e menos agitada na pousadinha em questão.

O motivo era porque alguns hóspedes ficavam mais tempo do que o habitual - eles pagavam aluguel por temporada, e aproveitavam para fazer alguns trabalhos, "bicos" na região; ou simplesmente aproveitar um período de férias merecido. Esse parecia ser o caso do casal que chegou na pousada mais ou menos uma semana antes, e saía apenas para fazer algumas coisas: as refeições diárias, compras, algum trabalho; e aproveitar a praia, especialmente nos horários em que o sol não estava tão inclemente.

De acordo com a moça, cujo nome era Liliana, ela trabalhava como redatora na web – intitulava-se "nômade digital"; então circulava de um lado a outro na varanda de seu apartamento ou nas áreas comuns da pousada, com vista para a rua agitada de Mar Grande, próximo de bares e restaurantes, com o notebook a tira colo e fone de ouvido, além de se proteger do sol com um grande chapéu. Já o marido, Sérvulo, era fotógrafo. Aparentemente, o trabalho dele era a fotografia digital, porque ele sempre fazia os seus registros com um celular moderno. Fotografava imagens da praia, os barcos ancorados na areia, e sua esposa parecia também ser a sua principal modelo.

Apresentava-se como um homem dinâmico e apaixonado. Tanto que os dois estavam sempre juntos, e sempre que o dia chegava ao fim, eles voltavam ao quarto.

Todos já estavam acostumados, mas nas primeiras vezes, estranharam o costume de Liliana e Sérvulo em ficarem no quarto durante a noite.

No entanto, o que faziam dentro do aposento era bem específico da intimidade de ambos.

A cama de casal foi testemunha da primeira entre as muitas vezes que o casal Liliana e Sérvulo estiveram juntos, de maneira mais íntima. Quando aos poucos, a jovem retirou o vestido estilo camisa, cinzento, que funcionava como saída de praia, deixando antever o sutiã e a calcinha, e toda a ansiedade em seus olhos, expressões, e nas batidas do seu coração, ao aguardar a resposta do homem à sua frente, vestindo apenas uma calça larga, ao momento em que ela se despia lentamente.

Ele observava com visível satisfação todas as partes do corpo de Liliana - que na verdade era Lilian Oliveira com um nome falso - e não se furtava a olhá-la de cima a baixo, ansiando não apenas por ver, e sim tocar.

- Agora fique nua pra mim... - aos poucos, a designer retirou o sutiã, mostrando os seios fartos. Em resposta, Sérgio (que assinava na pousada como "Sérvulo"), coçou a barba nervosamente, sentindo o pênis se avolumar, se expor por trás do tecido da calça.

Quando Lilian finalmente ficou à frente de Sérgio despida, a respiração nervosa, sem saber qual a reação dele à presença da jovem. De repente, ela se escondeu, levando uma das mãos à intimidade e o braço tentando cobrir os seios.

- Não, Sérgio, é melhor não, isso não vai dar certo...

- Quem disse que não vai dar certo, gracinha? - ele se ergueu em um salto.