''A mesma água que matar sede, mata a pessoa. A mesma terra que sustenta a vida, pode desmoronar sobre a mesma. A mesma luz que guia, se apaga em um único sopro. Moral da história? Usufrua de tudo e de todos na sua vida, mas tenha cautela, pois a mão que te levanta é a mesma que te empurra no penhasco.''
Narrador:
Em um lugar muito distante.
Chegando ao castelo e entrando agressivamente no salão principal, a Dama de Prata está visivelmente transtornada, o que atrai a atenção de certos olhos verdes que brilham como esmeraldas.
— Teremos que mudar tudo o que planejamos e criar uma nova estratégia. Seus homens não foram capazes de fazer o que lhes foi mandado e a situação lá agora é diferente, a proteção está maior e... — Ela é estupidamente interrompida pela frieza de uma voz cortante que faz os ouvidos de qualquer um doerem.
— Cale-se! — Ele se levanta de seu trono e vai a passos lentos até ela. — Meus homens falharam e estão recebendo as devidas punições, mas vale lembrar que eles foram conforme a estratégia que saiu de sua mente. Então quem é mais culpado nessa história?
— Senhor, eu...
— Você é patética. — Ele solta uma risada curta e sem humor, que faz a mulher sentir um frio na espinha, enquanto se move com passos silenciosos que parecem faze-lo levitar ao redor dela. — Sempre tão ambiciosa. Fazia o que era preciso para conquistar o que queria, e, no entanto, não conquistou nada. Nem poder, nem glória, nem amor. — O homem para na frente dela, se inclina e segura agressivamente seu rosto com seus dedos finos, sussurrando perto de seu ouvido. — Seus planos falhos são apenas um reflexo da sua vida desgraçada. — Seu riso de melodia macabra volta a ter espaço no salão enquanto o dono dessa energia tão pesada e assustadora retoma sua postura perfeitamente reta e torna a falar. — Me dê um motivo realmente bom para eu não matá-la aqui e agora. — A Dama de Prata volta respirar após segurar fortemente o ar.
— Durante a minha viagem até aqui eu pude criar uma nova ação realmente funcional com base em informações que chegaram até mim. Dessa vez eu sei exatamente como agir, mas vou precisar que me escute e me apoie, por que dessa vez o senhor terá uma grande participação à longo prazo. — Ele levanta sutilmente uma sobrancelha, em reação a uma surpresa, e logo cerra os olhos esmeralda.
— Tudo bem, vamos até a sala de reunião falar sobre isso, mas saiba que essa será a sua última chance. Uma única falha e será a sua cabeça que vai rolar.
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Ivan Millborn
Acordo no outro dia e percebo que Lucy não está no quarto. Será que eu acordei muito tarde? Faço minhas higienes e me visto com a roupa habitual que nos dão o mais rápido que posso. Uma camisa com um revestimento de couro sobre o tecido preto. A calça, também preta, é pesada e grossa com alguns bolsos e um porta-facas. Termino de me arrumar e saio do meu quarto. Não demora muito para que eu escute meu nome ser chamado. É Melini. Ela está com seu uniforme preto de corte reto e seu coque alto e impecável que prende seus cabelos loiros. Seus olhos verdes brilham ao me ver e ela logo pula em meus braços. Ela acredita fortemente que somos namorados, mesmo que eu já tenha dito que aquilo foi só um beijo, nada mais que isso.
— Dormiu bem? — Ela está com um sorriso que vai de orelha a orelha. Se soubesse que um beijo a deixaria assim, eu nunca teria aceitado seu pedido.
— Sim. — Me desvencilho dela e continuo meu caminho, mas ela vem atrás.
— Que bom! Sabe vou ter que me ausentar por 4 dias para cuidar da minha mãe, mas quando eu voltar nós podemos sair, o que você acha?
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Irmãos da Rosa
Fantasy"Até a rosa mais bela traz, em sua base, os piores espinhos" Na simplicidade de sua pacata cidade Escocesa, Lucy se vê diante de um desafio, um menino misterioso e sério que subtamente entra em sua vida e a confronta com o caos. Junto à esse caos co...