07.03.1989- Guarulhos
Ponto de vista: Sérgio
Eu e Alberto estávamos a mais de meia hora na padaria, não sei o motivo mas hoje a fila estava enorme, logo hoje que não poderíamos voltar atrasados. Olhei para o relógio em meu pulso e já se passavam das 15:25 PM, não posso negar que estava meio aflito mas fiquei calmo novamente, quando chegou a nossa vez de pagar, finalmente voltaríamos pra casa que ficava uns 12 minutos do lugar onde estávamos. Eu e Alberto seguimos para casa, afinal tínhamos que tentar, chegar antes que os novos vizinhos.
- Essa torta vai derreter o sol ta muito quente - disse Alberto com a torta em mãos.
- Já estamos quase chegando - Disse Sergio a dois quarteirões de sua casa - Estamos no horário - disse olhando em seu relógio.
Por incrível que pareça conseguiram chegar no horário. 15:37 PM e os dois já estavam dentro de casa. Sérgio entrou tão avoado que nem percebeu a presença de outras pessoas em sua frente.
- Mãe não tinha mais o pão de milho na padaria!! - Falou entrando de cabeça baixa dando de cara com alguém.
- CUIDADO!!!- gritou Alberto logo atrás do maior.
Sérgio não teve nem tempo de escutar o que Alberto gritava, quando percebeu já tinha caído em cima de alguém, só não se machucaram pois felizmente caíram em cima do sofá. Quando se deu conta de quem estava embaixo de si, seu coração parece que errou todas as batidas, a coisa que ele mais queria naquele momento era um buraco pra poder se enfiar pra sempre.
Ponto de vista: Aurora 15:37 PM
Estava decidindo junto a Samuel o que faríamos para passar o tempo, e pra falar a verdade estava adorando a companhia dele. Ele era tão querido, toda família dele era, eles eram tão gente boa que eu queria que aquele café durasse pra sempre. Estávamos em pé na sala, eu e ele decidimos jogar Atari, e como uma competidora de carteirinha, estava pronta para trazer uma bela de uma derrota para Samuel. Estava tudo bem, até eu sentir algo me empurrando fazendo com que eu caísse de costas no sofá, ainda bem que aquele sofá era macio. Não consegui escutar mais nada além de um "cuidado", fechei os olhos por intuição e quando os abri, dei de cara com uma visão que eu chamaria de perfeita mas em um momento maldito.
Maldita hora, maldito momento, maldito cara bonito.Sérgio... Ai meu Deus, eu não acredito, como que isso pode estar acontecendo. Aquele olhar, aquele maldito olhar.
Ainda tentando assimilar a situação, percebo que Sérgio também me encarava.- Aurora!!! - ditou ele assustado
- Sérgio!!! - disse de volta.
- Ai meu Deus Aurora eu não te vi, meu Deus foi mal eu não queria ter tropeçado em você desculpa mesmo, eu entrei tão avoado que...
- Tudo bem Sérgio, eu tô legal - disse me levantando, fazendo Sérgio se ligar e sair de cima de mim. - Eu acho que eu só bati a cabeça no braço do sofá mas eu tô legal.
- Tem certeza?? - dessa vez quem perguntou foi Samuel.
- Tenho... - disse meio tímida
- Ahhh finalmente chegaram - era a voz de seu Ito olhando em direção a porta, onde estavam meus pais - Fiquem a vontade!! - disse alegre vindo em nossa direção. - Você deve ser a Aurora??
- Sou, é um prazer lhe conhecer - disse oferecendo meu melhor sorriso.
- Eu quem diga minha filha!! - disse simpático - José!!! - olhou para meu pai.
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Ai de mim se fosse apenas uma corda de guitarra || Mamonas Assassínas
Teen Fiction☼︎𝒮ℯ𝓇𝓰𝒾ℴ ℛℯℴ𝓁𝒾 Outubro¹⁹⁹⁵ = O nervosismo lhe consumia, Aurora tremia da cabeça aos pés. Naquele momento se passava tudo em sua mente, todos os perrengues que ela e seus amigos passaram para estarem ali. Mas Aurora sabia que aquele nervosismo...