Cap 34= Noite mal dormida

844 95 169
                                    

1990, Guarulhos

Aurora

Acordei com os teimosos raios de sol em meu rosto, hoje seria um dia bonito.
Olhei para o lado de minha cama e senti um vazio, pra onde foi o baterista?
Sentei em minha cama, com a cabeça longe, afinal, acabei de acordar.
Levantei, arrumei minha cama e fui em direção a cozinha, estava morrendo de fome.
Pelo caminho, tropeçei nas chaves da porta que, por algum motivo estavam no chão. Coloquei as chaves na bancada, e reparei em um bilhete ao lado da térmica de café.

Bom dia minha princesa ♡︎
Eu precisei sair mais cedo devido ao meu trabalho, porém, você estava dormindo tão lindinha, que eu não quis te acordar.
Deixei café quentinho na térmica, e joguei as chaves pôr debaixo da porta.
Tenha um bom dia, a gente se vê mais tarde.
Te amo meu bem!

- Do seu baterista favorito シ︎
( ps: Deixei um presente no seu portão, dessa vez é de outra cor )

Quando terminei de ler o bilhete, rapidamente abri a porta da sala e olhei em direção ao portão...
Tinha uma rosa branca alí.

Corri até o portão, peguei a rosa, e voltei saltitando para dentro de casa...Então a rosa anterior era dele!
Coloquei a rosa branca junto a rosa amarela dentro do copinho com água que estava sobre a mesa, e comecei a tomar meu café da manhã normalmente.

Minha manhã foi um tanto quanto normal, nada de muito interessante.
A tarde, eu fui para meu emprego de meio período, que por mais que fosse simples, me rendia uma grana boa!

Cheguei em casa por volta das cinco da tarde, só tive tempo de tomar um banho e comer alguma coisa, mal sabia eu que logo mais, teria visitas.
Escutei o telefone tocando, e fui em direção a sala para atender o mesmo.

- Alô?

- Oi! Tá em casa? - percebi que era Alberto.

- Não Alberto, eu levei o telefone residencial pro trabalho - pausa dramática - Claro que eu tô em casa!

- O que 'cê tá fazendo?

- Eu tava indo fechar a casa para ir dormir - falei bocejando - Acabei de chegar do trabalho, tô morrendo de sono, mas e você?

- Eu tô indo pra sua casa.

- Tá vindo pra minha casa... TÁ VINDO PRA MINHA CASA?

- Tô!

- Como assim você tá? - Escutei a campainha tocar. - Um minuto, fica na linha! - Olhei pela janela e avistei Samuel no portão.

Gritei um "tá aberto", e o mesmo entrou em minha casa. Peguei novamente o telefone, avistando Samuel entrar pela porta da frente.

- O Sérgio já tá chegando. - disse Samuel carregando duas garrafas de refrigerante.

- Além de você, o Samuel e pelo visto o Sérgio, alguém mais vai vir na minha casa? Não que eu precise saber, a casa é de vocês - disse em um tom de ironia.

- Foi bom você perguntar, o Alecsander vai também!

- Já disse que pode me chamar de Dinho! - escutei uma voz familiar.

- É o Dinho, o Dinho vai também! A gente chega daqui a pouco, então deixa a porta e o portão destrancados.

- Tá achando que tá em casa ein? Japonês folgado!

- Em uma hora gente tá aí florzinha, até!

- Alberto eu... - desligou o telefone na minha cara. - Samuel?! - gritei pelo mesmo.

 Ai de mim se fosse apenas uma corda de guitarra || Mamonas AssassínasOnde histórias criam vida. Descubra agora