1991, Guarulhos
Aurora
- Dar aula? E eu lá tenho cara de professor? - Disse Alberto um tanto quando, simpático?
- Ué, 'cê sabe tocar, isso não é o suficiente? - Perguntou Dinho simplista - É só ensinar pra ele, o que 'cê faz aí.
- Japonesinho dando aula? Quem vai ser o felizardo que vai ter aula com a nossa princesa japonesa? - Perguntei aos rapazes alí presentes.
- O irmão da amiga do meu primo - Respondeu-me Dinho - Meu primo disse que ele precisa praticar um pouco mais, aí lembrou de você! - Direcionou o olhar para Alberto.
- Ah, não custa nada Albertão, são só umas aulinhas - Olhei para a simpatia de japonês em minha frente.
- Vai junto? - Perguntou-me o mesmo.
- Se puder, eu vou te dar uma mão. - respondi simplista.
- Okay, você vai! - Ditou o japonês.
- Tudo bem, vamos de tarde, nós três juntinhos de mãos dadas! - Disse Dinho nos abraçando de lado.
- Depois você vai nos levar pra passear? - Perguntou o japonês, tirando sarro do baiano.
- Vai dar lanchinho pra gente? - Perguntei entrando na brincadeira.
- Se forem educados, deixo vocês até em um canil! - Disse se retirando.
- Ele chamou a gente de cachorro? - Perguntou Alberto.
- Você bem que tem uma carinha de vira-lata - O mesmo me fuzilou com o olhar.
- Você disse o quê? - O mesmo estava com um sorriso psicopata no rosto.
- Nada amiguinho! - Me levantei e me afastei do japa italiano entre os risos - Sai Alberto! - O mesmo começou a vir em minha direção - Dinho... DINHO O JAPONÊS TÁ PERIGOSO! - Saí correndo, junto de Alberto, que começou a correr atrás de mim - DINHO! SOCORRO!
( ... )
- Samuel, esses abutres estão me levando pra algum lugar estranho, me ajuda! - Choraminguei no telefone, enquanto encarava Dinho e Bento, me olhando com uma cara de desgosto.
- Você também vai dar aula pra esse irmão, da amiga do primo do dinho? - Que quebra cabeça.
- Não, mas o japonês me arrastou pra cá!
- Até que horas você vai ficar aí?
- Não sei, depende do Japonês - Respondi simplista - Olha eu vou desligar a gente se fala depois, os dois já tão de cara feia aqui. - Disse me referindo a Alberto e Dinho.
- A gente se fala depois então, quando eu for levar seu baixo.
- Até depois então - Desliguei o telefone, e fui em direção dos dois rapazes que estavam a minha espera - Deu lindinhos, estou de volta.
- Foi falar com o "Serginho"? - Dinho tirou onda com a minha cara.
- Ah não enche, e eu nem falei com o Sérgio, era o Samuel.
- O que ele queria - Perguntou o Japonês curioso.
- Ele queria saber se eu tava em casa. Ele tá com o meu baixo, e queria saber que horas poderia ir lá em casa pra me devolver.
- E o que você disse?
- Mas que curioso! - Ri da curiosidade do rapaz - Eu disse que vou falar com ele depois - Um silêncio reinou entre nós, que ficamos nos encarando com cara de bestas - Dinho, 'cê tem certeza que sabe onde é?
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Ai de mim se fosse apenas uma corda de guitarra || Mamonas Assassínas
Teen Fiction☼︎𝒮ℯ𝓇𝓰𝒾ℴ ℛℯℴ𝓁𝒾 Outubro¹⁹⁹⁵ = O nervosismo lhe consumia, Aurora tremia da cabeça aos pés. Naquele momento se passava tudo em sua mente, todos os perrengues que ela e seus amigos passaram para estarem ali. Mas Aurora sabia que aquele nervosismo...