Cap 36= Rasec

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1991, Guarulhos

Aurora

- Dar aula? E eu lá tenho cara de professor? - Disse Alberto um tanto quando, simpático?

- Ué, 'cê sabe tocar, isso não é o suficiente? - Perguntou Dinho simplista - É só ensinar pra ele, o que 'cê faz aí.

- Japonesinho dando aula? Quem vai ser o felizardo que vai ter aula com a nossa princesa japonesa? - Perguntei aos rapazes alí presentes.

- O irmão da amiga do meu primo - Respondeu-me Dinho - Meu primo disse que ele precisa praticar um pouco mais, aí lembrou de você! - Direcionou o olhar para Alberto.

- Ah, não custa nada Albertão, são só umas aulinhas - Olhei para a simpatia de japonês em minha frente.

- Vai junto? - Perguntou-me o mesmo.

- Se puder, eu vou te dar uma mão. - respondi simplista.

- Okay, você vai! - Ditou o japonês.

- Tudo bem, vamos de tarde, nós três juntinhos de mãos dadas! - Disse Dinho nos abraçando de lado.

- Depois você vai nos levar pra passear? - Perguntou o japonês, tirando sarro do baiano.

- Vai dar lanchinho pra gente? - Perguntei entrando na brincadeira.

- Se forem educados, deixo vocês até em um canil! - Disse se retirando.

- Ele chamou a gente de cachorro? - Perguntou Alberto.

- Você bem que tem uma carinha de vira-lata - O mesmo me fuzilou com o olhar.

- Você disse o quê? - O mesmo estava com um sorriso psicopata no rosto.

- Nada amiguinho! - Me levantei e me afastei do japa italiano entre os risos - Sai Alberto! - O mesmo começou a vir em minha direção - Dinho... DINHO O JAPONÊS TÁ PERIGOSO! - Saí correndo, junto de Alberto, que começou a correr atrás de mim - DINHO! SOCORRO!

( ... )

- Samuel, esses abutres estão me levando pra algum lugar estranho, me ajuda! - Choraminguei no telefone, enquanto encarava Dinho e Bento, me olhando com uma cara de desgosto.

- Você também vai dar aula pra esse irmão, da amiga do primo do dinho? - Que quebra cabeça.

- Não, mas o japonês me arrastou pra cá!

- Até que horas você vai ficar aí?

- Não sei, depende do Japonês - Respondi simplista - Olha eu vou desligar a gente se fala depois, os dois já tão de cara feia aqui. - Disse me referindo a Alberto e Dinho.

- A gente se fala depois então, quando eu for levar seu baixo.

- Até depois então - Desliguei o telefone, e fui em direção dos dois rapazes que estavam a minha espera - Deu lindinhos, estou de volta.

- Foi falar com o "Serginho"? - Dinho tirou onda com a minha cara.

- Ah não enche, e eu nem falei com o Sérgio, era o Samuel.

- O que ele queria - Perguntou o Japonês curioso.

- Ele queria saber se eu tava em casa. Ele tá com o meu baixo, e queria saber que horas poderia ir lá em casa pra me devolver.

- E o que você disse?

- Mas que curioso! - Ri da curiosidade do rapaz - Eu disse que vou falar com ele depois - Um silêncio reinou entre nós, que ficamos nos encarando com cara de bestas - Dinho, 'cê tem certeza que sabe onde é?

 Ai de mim se fosse apenas uma corda de guitarra || Mamonas AssassínasOnde histórias criam vida. Descubra agora