Capítulo 22

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POV KARLA

Já fiz os exames que tinha que fazer e agora o médico está entrando.

— Trago boas notícias. Isso tudo é passageiro. Em um mês Karla volta a andar. Ela só está assim, pois com a pancada na cabeça, afetou uma parte que controla os movimentos das pernas dela.( Aut.: não sei se é rápido assim em alguns casos. Mas no dela é porquê eu quero, a história é minha e eu que mando.)

— Graças a Deus! Obrigada, Senhor!— agradeço.

— Obrigada, Deus! E quando ela sai daqui?— meu pai pergunta.

— Como o único problema dela é esse, amanhã mesmo ela pode ir. Mas ela terá que usar cadeiras de rodas por enquanto.— o médico responde.

— Que chegue logo amanhã.— digo ansiosa.

— Então hoje mesmo comprarei uma, pra amanhã ter tudo direitinho.— meu pai diz ansioso também.

— É bom! Bom, é isso. Qualquer coisa pode mandar me chamar.

— Tá bom! Obrigada, doutor.— meu pai diz, o médico sai e eu fico triste.—e essa carinha?

— É que eu não quero andar de cadeiras de rodas. Nunca me imaginei usando isso.

— Pensa, é temporário. Quantas crianças passam pelo mesmo que você e passam a ter que usar sempre ou então nunca puderam correr, porque já nasceram com problemas? Proveu Deus de não querer isso pra você, então agradeça todos os dias. Pois independente de como seria, seria perfeito, porquê assim quis Ele.

— O senhor tem razão. Tenho que parar de reclamar e agradecer mais. Mas é que é difícil, sabe?

— Eu sei! E também sei que você é apenas uma garotinha de 10 anos que só quer aproveitar a vida, correr, brincar… É muita coisa acontecendo. Mas logo tudo isso passa.

O dia passou, meu pai avisou a Kylie e aos nossos familiares e amigos sobre mim. Depois que jantei, meu pai pede pra conversar comigo.

— Filha, eu sei que você tem raiva da Kylie, que não a aceita como sua mãe. Mas eu não gostei da sua atitude com ela. Sei que na hora da raiva a gente age assim, que de alguma forma, se as coisas fossem diferentes, isso tudo poderia não ter acontecido. Mas pensa comigo: as vezes ela poderia ter sido sua mãe a vida toda, mas por algum motivo aquele paparazzo teria te puxado e isso tudo teria acontecido. Você acha mesmo que ela tem culpa?— paro pra pensar uns segundos.

— É, acho que o senhor tem razão.

— As vezes era pra isso acontecer com você por algum motivo, não sabemos. Mas não a culpe. Você pode não acreditar, mas ela te ama Karla. E te ama muito, da pra ver isso. As lágrimas e os desespero dela aqui foram reais. Se você visse como ela ficou na hora do acontecido e quando você chegou aqui…- ele me contou e eu ouvi atenta. Até ri na hora que ele contou quando ela brigou com o paparazzo, pois ele merecia. Mas nada demais.

— É, pode ser que sim. Que ela me ame. Mas não consigo confiar nela. Pode ser que seja tudo mentira ou temporário. Desculpa se não consigo.

— Não precisa pedir desculpa por nada. Só você sabe a sua dor. Mas a única coisa que te digo é pra ter cuidado com essa rejeição com ela, pois isso pode fazer mal a você. Então se você vê que já confia nela, que precisa dela… Não se impeça de viver isso, viver uma vida com ela também.— eu fico apenas o olhando.

Dia seguinte chegou, todos, quando digo todos é todos. Estão na minha casa. Família do meu pai e da Kylie, e ela também com Travis e Stormi. Meus tios de consideração e meus amigos Kate e Jhonny. Eu cheguei de manhã e eles vieram depois do almoço pra mim descansar.
Todos estamos conversando e agora estamos indo pra jardim, pois iremos tomar café da tarde lá, a pedido meu.
Enquanto meu pai está me levando, Kylie está perto dele e nem todos estão perto da gente. Então eu aproveito pra falar com ela.

Eu Também Sou Sua Filha?Onde histórias criam vida. Descubra agora