Capítulo 1

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Hanna

Hoje como nos outros dias não aconteceu nada fora do normal, minha rotina foi a mesa de todos os dias, trabalho o dia todo, alguns casos complicados outros nem tanto. Estou recebendo muitas clientes que sofrem abusos dentro dos relacionamentos, seja casadas, namoros e noivados. Homens que vivem em épocas das cavernas e acham que as mulheres tem de obedecer e serem arrastadas pelos cabelos, serem submissas a ponto de sofrerem agressões físicas, psicológicas, e outras mais.

Quando estou diante de cada caso como esses, meu passado vem à tona me fazendo lembrar o que eu já tinha sofrido, e cada vez mais que me lembro minha ferida dentro do peito inflama. Assim são os meus dias.

No final do dia vou para casa, toco uma música suave para relaxar, tomo um bom vinho, que por sinal adoro, enquanto preparo meu banho na minha banheira enorme que parece mais uma piscina. Coloco um pouco de sais na água, retiro meu roupão que estou vestida, entro na banheira, sento em encostando em um dos lados da banheira, coloco minha taça de vinho ao meu lado apoiando em um lugar fora da banheira. Inclino minha cabeça descansando na borda banheira.

Estou relaxando em meu banho precioso, quando meu celular toca. Olho no visor e vejo o número de uma amiga, é a Lana. Atendo assim que vejo que é ela.

‒ Oi Lana, quanto tempo! Atendo voltando a mim encostar na banheira.

‒ Oi Hanna, quanto tempo mesmo, estou morrendo de saudades. Como você está? A voz dela parece ansiosa do outro lado da linha.

‒ Estou bem gata, o mesmo de sempre, a mesma rotina, as mesmas coisas. Nada de novo. E você? Quais as novas? Tomo um gole do meu vinho.

‒ Então...Tenho uma grande novidade para você...Voltei ontem de viagem...E você sabe da melhor. Voltei para ficaaarrrrrr! Falara empolgada do outro lado a linha.

‒ Como assim para ficar? É sério isso? Não acredito! O que te fez tomar essa decisão? Pergunto me desencostando da banheira.

‒ Pois é, o problema é que não mais para mim ficar aqui, já peguei todo os gatinhos daqui e Los Angeles, não tem mais nada para mim aqui. Ela deu um risada depois que falou.

‒ Você é louca Lana! Quando irá tomar juízo? Dei uma risada.

‒ Tá, mas não liguei apenas para isso. Como hoje é sexta-feira, quero sair hoje à noite, quero comemorar o meu regresso, vamos em uma balada, e ninguém melhor que você para me fazer companhia, minha melhor amiga. Preciso de alguém mais ajuizada que eu para controlar.

‒ Amiga, hoje eu não estava planejando sair, mas como voltou ontem e estou morrendo de saudades de você, vou topar esse seu convite. Precisamos colocar o papo em dia. Bebi o resto do vinho que estava na minha taça.

‒ Combinado, passo na sua casa as oito. Pode ser? Espero que ainda esteja morando no mesmo lugar.

‒ Está ótimo as oito. E estou no mesmo endereço, pode vir sem medo. Beijos!

Encerrei a ligação, acabei de tomar meu banho, vesti meu roupão de banho es a saí imediatamente do banheiro, fui direto ao meu closet e escolhi uma roupa própria para noite. Um bota cano curto, um vestido preto colado no corpo de alça mediana, desenhando todas as minhas curvas, com um decote circular, desenhando bem meu colo. Deixei os cabelos soltos, e fiz umas ondas do comprimento até as pontas, já que meu cabelo bate na cintura. Uma make básica, com um batom vermelho mate, que desenha bem o contorno de minha boca.

As oito horas ouço a campainha de minha porta tocar, vou até a porta e já imagino quem é.

‒ AMIGAAAAAA...Lana grita e me abraça, demostrando felicidade.

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora