Dois meses depois
Hanna
O meu despertador toca em cima do criado mudo, pego com uma certa dificuldade, porque estou morrendo de sono e o desativo. Hoje acordei um pouco desanimada, já fazem dois meses que não tenho notícias do Brian, desde nossa última conversa. Confesso que ele não sai da minha cabeça, não sei o que eu estou sentindo, mas não consigo esquecê-lo, cada dia, cada noite, não me esqueço da nossa noite de amor ardente, que homem maravilhoso!
Balanço a cabeça de forma negativa tentando afastar todos esses pensamentos da minha mente e me sento na cama, procurando forças para me levantar. Preciso me alertar hoje pela manhã eu tenho uma sessão com um juiz a porta fechadas, apenas os advogados do caso, a vítima e o réu. Um pedido solicitado pela parte acusada e cedido pelo juiz que está no caso.
Depois, que fiz minhas higienes pessoais, tomei meu banho segui para a cozinha para tomar café. A Lana já estava pronta para ir trabalhar também e já estava tomando o seu café.
O relacionamento dela com Ryan estava indo muito bem, pelo menos é o que parece, a amizade colorida deles, foi assim que eles rotularam o envolvimento deles. Esses dois são engraçados demais. Falei algumas vezes com Ryan, percebi que ele é um cara legal, algumas vezes ele falava sobre o Brian, e fazia questão de me dizer que ele não foi mais o mesmo depois que me conheceu, algumas vezes andava triste, sempre tentava sair para distrair, mas não estava funcionando. Eu sempre mudava de assunto, evitava falar sobre ele porque não me fazia bem, por incrível que pareça eu também não fui mais a mesma depois que o conheci.
Aproximei-me da mesa do café, sentei em uma das cadeiras fazias, cumprimentando a Lana.
‒ Bom dia amiga! Falei com ela me servindo de um copo de suco de laranja.
‒ Bom dia! Dormiu bem? Foi a vez dela me responder bebendo um gole do seu café.
‒ Acordou foi cedinho, o café está tudo pronto e já está arrumada para trabalhar. Bebi um gole do meu suco.
‒ É porque o Ryan vai passar por aqui para me levar ao trabalho. Estava terminou de beber seu café.
‒ E por falar em Ryan, como está a amizade colorida de vocês? Dei um sorriso largo animada por ela.
‒ Está tudo muito bem, mas confesso que estou um pouco apreensiva...ela fez uma pausa ‒ Amiga, acho que estou me envolvendo demais, ou melhor já estou envolvida demais. Falou enquanto se levanta e coloca sua louça do café na pia ‒ Na verdade estou apaixonada por ele. Voltou e sentou na cadeira que estava e deu um suspiro.
‒ E ele? Você acha que ele sente o mesmo? Questionei comendo um pedaço de bolo de cenoura.
‒ Não sei minha amiga, as vezes acho que assim pelas atitudes dele. Mas ele nunca chegou a falar nada, e nem irei dizer nada, quando eu perceber que a situação está insustentável, dou um fim nessa situação. Mas não quero continuar falando sobre isso. A campainha toca nos interrompendo ‒ Deve ser Ryan, abre para mim por favor amiga, enquanto vou até o quarto pegar minha bolsa e escovar os dentes?
‒ Claro! Confirmei e saí em direção a porta, e ela foi em direção ao quarto.
Abri a porta, e lá estava Ryan com as mãos nos bolsos, ele me cumprimentou com dois beijinhos no rosto um de cada lado, de fiz o gesto dando passagem para ele entrar.
‒ A Lana já está vindo, pode sentar e aguardar. Ele seguiu em minha frente, e foi sentar no sofá, eu fui logo atrás e sentei ao lado dele, não aguentei e falei sobre a Lana ‒ Ryan, posso fazer um pedido? Ele apenas assentiu com a cabeça, e então continuei: ‒ Já percebi que você é um cara muito legal, então por favor eu te peço não machuque minha amiga. Se por acaso você não quiser nada sério com ela, não a faça sofrer, não me leve a mal, apenas me preocupo com essa relação de amizade colorida que vocês tem.
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Entre o amor e o ódio
RomansaIndependente e autosuficiente, Hanna Navarrete carrega um trauma consigo de seu ex-marido. Seria a mulher mais feliz do mundo se não fosse um mal entendido. Ela imaginou que Anton Greco (ex-marido) fosse o homem mais perfeito, e ela a mulher mais so...