Hanna
Acordamos bem cedinho, eu precisava levar Lara na escola, e depois seguir para o meu trabalho, assim como Brian também. O final de semana foi ótimo e tranquilo. Só o que me deixou um pouco intrigada foi uma ligação que Brian recebeu no sábado, ele ficou apreensivo, preocupado, e algumas vezes pude notar que ele não estava exatamente presente. Sabe o corpo presente, mas o pensamento em outro lugar? Pois bem, ele estava assim.
Perguntei o que tinha, e ele tentou me enrolar dizendo que estava tudo bem, era impressão minha e que estava tudo bem, mas não acreditei óbvio, apenas fiz de conta que estava tudo certo, que eu tinha acreditado em suas desculpas. Espero que seja lá o que tenha sido, depois ele venha e me conte.
Deixei a Lara na escola e agora estou seguindo para o meu trabalho, resolvo ligar para Brian, para perguntar se vamos almoçar juntos, ele não me atende o que é estranho, é raro as vezes que ele não me atende, isso só acontece quando ele está com problemas no trabalho.
Começo a pensar que a ligação de sábado tenha algo a ver com isso, estou com uma sensação estranha, algo não está bem. Tento esquecer e continuar com o trajeto ao meu trabalho, deve ser apenas coisa de minha cabeça mesmo.
A manhã passou rápido, aqui no escritório nada fora do comum além dos mesmos casos de sempre. Olho no relógio e são onze e meia, tentei ligar mais uma vez para Brian, mas não obteve sucesso, agora o telefone dele está dando desligado, e isso já está me deixando realmente preocupada. Imaginei que ele iria querer almoçar comigo. De repente ouço meu celular tocar, estou sentada em minha cadeira, meu celular em cima da mesa, por um momento pensei que fosse Brian, mas quando olho no visor aparece o nome de Anton. Olho para cima revirando os olhos com gesto de estar sem paciência para as conversas dele, resolvo atender porque pode ser alguma coisa com Lara.
Ligação on
‒ Oi, Anton! Minha voz sai meio sem paciência.
‒ Bom dia Hanna! Estou ligando para te convidar para almoçar, e...O interrompi sem dar chance de terminar.
‒ Não posso Anton, estou com muito trabalho. Falei ríspida.
‒ Por favor Hanna, preciso falar com você um assunto do seu interesse. É sobre o nosso divórcio. Ouvi um suspiro do outro lado da linha de tristeza em sua voz, mas para mim foi uma surpresa.
‒ Você quer falar sobre o divórcio ou vai dizer que vai assinar de uma vez? Eu já estava sem paciência para isso.
‒ Vamos conversar e eu irei assinar, se é seu desejo se divorciar, eu vou aceitar, mas que fique claro que é contra meu gosto. Eu ainda te amo! Por um instante um silêncio pairou. Ouvi aquelas palavras do Anton já estava me deixando sem graça, fora de sério, quando ele vai entender que eu não o amo mais. Sou retirada dos meus pensamentos quando ouço sua voz me chamando ‒ Hanna? Ainda está aí?
‒ Sim, sim, estou. Balanço a cabeça em negativo afastando meus pensamentos.
‒ E então, o que me diz? Posso fazer a reserva? Ele me pergunta.
‒ Tudo bem, pode fazer sim! Me passe o endereço do restaurante com a localização por mensagem, nos encontramos logo mais. Encerrei a ligação!
Ligação of
Assim que finalizei a ligação com Anton, não demorou muito e ele me mandou a localização do restaurante. Antes de sair de minha sala, tentei mais uma vez ligar para o Brian, mas foi inútil, o celular dele ainda continuava desligado. Resolvi pegar minha bolsa e ir ao encontro do Anton no restaurante.
O lugar que ele reservou não ficava muito longe do meu local de trabalho, em torno de meia hora cheguei, e Anton estava me esperando em frente ao local combinado. Estacionei o carro, e entreguei a chave para o manobrista que ficava em frente ao restaurante. Anton estava com as duas mãos no bolso, se aproximou e me cumprimentou tirou uma das mãos do bolso pousou no meu ombro, dando dois beijos no meu rosto, um de cada lado.
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Entre o amor e o ódio
RomanceIndependente e autosuficiente, Hanna Navarrete carrega um trauma consigo de seu ex-marido. Seria a mulher mais feliz do mundo se não fosse um mal entendido. Ela imaginou que Anton Greco (ex-marido) fosse o homem mais perfeito, e ela a mulher mais so...