Capítulo 4

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Brian
No dia seguinte acordo cedo, e decido a encontrar a dona do celular. Levanto da cama vou em direção ao banheiro, faço minhas higienes pessoais, e tomo banho.
Desço para tomar um café, mas lembrei que a minha diarista não trabalha aos finais de semana, então resolvo tomar um café na rua. Antes de sair, olho o celular de dona estressada para ver se consigo alguma pista do endereço dela. Poderia ligar para amiga dela, como o Ryan disse, já que está na lista de contatos, mas quero de alguma forma ir de surpresa. Acho que isso irritá-la ainda mais. Adoro vê-la daquela jeito de ontem, essa mulher não me sai da cabeça, só irei consegui deixá-la quando a levar para cama, essa atração física por ela está me deixando louco e com pensamentos pervertido.
Então começo acessar o seu whatsapp, e em dos contatos vejo que tem uma conversa entre ela e alguém do trabalho, acredito que seja do trabalho, pois está salvo com esse nome. Rolo um pouco a conversa e vejo que ela passa o endereço dela para quem estava conversando.  
Pego as chaves do meu carro, a carteira e desço rapidamente. Entro no carro, coloco o endereço dela no GPS e sigo em direção à casa dela. Quarenta minutos depois chego em sua casa, estaciono em frente à sua casa.
Respiro fundo, caminho em direção a porta e toco a campainha duas vezes, coloco minhas mãos nos bolsos e espero, depois de uns dois minutos a porta se abre. Quando ela me vê, fica paralisada, sem entender o que estou fazendo parado em frente a porta de sua casa. A observo atentamente da cabeça aos pés, ela ainda está com uma camisola de dormir de seda branca, sem sutiã, que por sinal ficou linda nela. Vê-la naqueles trajes imaginei como seria ela na minha cama, não resisti o que via, e sem me dar conta mordi meu lábio inferior, em minha mente veio vários flashes fodendo ela, mas esses pensamentos já queiram despertar meu amigo aqui embaixo. Repreendi meus pensamentos obscenos antes que meu pau ficasse mais duro do que já estava e ela percebesse que eu estava desejando-a. “Agora não pequeno Brian.” Acredito que ela percebeu, porque foi logo fechando o hobby que estava por cima da camisola. Foi ai que percebi o que eu tinha feito inconsciente. Ficamos um minuto parado na porta um olhando para outro, sem palavras, até que sua amiga se aproxima da porta e pergunta para ela quem é, tão cedo.
‒ Hanna, o que houve que você está parada em frente a porta a mais ou menos um minuto e não fala nada? Quem.... Quando a amiga dela me ver, faz uma expressão confusa. Mas acaba quebrando aquele silêncio, e fala: ‒ Ah! Oi, tudo bem? Você é o cara da... Antes dela terminar Hanna a interrompe.
‒ É Lana, é ele sim... se direciona para a amiga. Depois volta a olhar para mim e pergunta com a expressão de raiva: ‒ Me diz um coisa, o que você faz aqui? E como você conseguiu meu endereço? É muita cara de pau de sua parte, não acha não? E outra, isso são horas de chegar na casa dos outros? Olha para o relógio e continua: ‒ São oito horas da manhã!
‒ Eu vou me explicar se você deixar, e não fazer uma torrente de perguntas de uma só uma vez. Posso? Tirei uma das mãos do bolso e apontei para dentro da casa dela, perguntando se poderia entrar.
‒ Isso é sério? Ainda por cima se convida para entrar... Lana interrompe sua amiga antes dela terminar de falar.
‒ Hanna, por favor! Amiga, você não é assim. Deixa ele entrar, se ele descobriu seu endereço e veio até aqui é porque deve ser importante. Lana falou olhando para sua amiga.
‒ Tá, tudo bem! Mas só cinco minutos. Ela foi abrindo a porta depois que falou, dando passagem para eu entrar.
Entrei e observei a casa dela, a sala era muito bonita e confortável, com toques femininos perfeitos. Tinha um sofá extenso, um dos lados reclinável, uma mesa de centro rústica. As cores da decoração eram em um tom de branco e creme. Tinha um lado da sala que era estilo feito de pedras, nas cores claras que combinavam com o restante das cores banco e creme. Parei em frente ao sofá, esperando ela me convidar para sentar, mas não o fez de início e falou:
‒ E então, vai ficar observando minha decoração ou vai me dizer o que veio fazer aqui? Ela parou um pouco distante de mim, também em frente ao sofá e cruzou os braços.
‒ Então...Lana iria falar alguma coisa quando lembrei a ela meu nome.
‒ Brain. Pode me chamar de Brian. Respondi para concluir o que Lana falou.
‒ Então Brian, me chamo Lana e ela é a Hanna. Vai querer alguma coisa, bebe algo. Sei que ainda é muito cedo, mas... A amiga dela Lana, perguntou se eu queria alguma coisa, e Hanna a olhou rapidamente como se estivesse repreendendo-a com um olhar.
‒ O que foi Hanna, é apenas uma gentileza. Você não é assim amiga. Falou respondendo o olhar de Hanna.
‒ Um café se não for muito incômodo. Respondi dando um sorriso gentil para Lana, que saiu em direção a cozinha. E continuei: ‒ Lembro do nome de vocês perfeitamente da senhora estressadinha...Hanna, não é? Ela me fuzilou com um olhar, pensei que iria me matar nesse momento. Então respondeu:
‒ Para você é senhora Navarrete. Hanna são só para os íntimos. Respondeu friamente.
Quando ela me falou para me dirigir a ela como senhora, meu mundo caiu, ela é casada. Afirmei para mim mesmo, em pensamento. Mesmo assim, resolvi perguntar:
‒ Então é casada?  Dei um riso de lado meio sem graça.
‒ Separada, mas...Afinal, o que te interessa? Você veio aqui para quê mesmo? Seu tempo está acabando. Ela respondeu sem paciência.
Quando ouvi ela dizer SEPARADA, agradeci aos céus por aquilo. Ela iria falar mais alguma coisa, mas acabou desistindo. Que mulher é essa hem? Será que ela nunca tem senso de humor? Mas eu sei como resolver isso, breve você saberá quem eu sou Hanna Navarrete. Cada vez mais fico intrigado com essa mulher, o que ela tem que me deixa louco? Preciso levar essa mulher para cama logo, antes que ela se torne uma obsessão para mim. Pensei comigo mesmo.
Quando iria começar a falar Lana chega com o café, e uns pãezinhos de queijo.
‒ Aqui está o cafezinho de vocês. Hanna, você não pediu para Brian sentar amiga? Sente-se por favor, é que minha amiga é assim mesmo as vezes. Falou colocando a bandeja em cima do centro.
Sentei-me no sofá e meu celular toca. Olho no visor e, é ninguém menos que Ryan. Atendo!
Ligação on
Ryan: Bom dia cara! Onde você está? Estou ligando para te convidar para sairmos hoje. E outra coisa, já sabe o que vai fazer com o celular da Hanna? Quero dizer, como vai fazer para devolver.
Eu: Então, bom dia para você também! Sobre isso, estou aqui na casa dela, para resolver esse problema. Respondi meio sem graça.
Ryan: Sério? Não acredito!  E como você não me diz nada, queria pegar o contato daquela gostosa da amiga dela, antes de devolver o celular.
Eu: Não seja por isso, ela está aqui bem na minha frente também. Quer falar com ela? Olhei para Lana enquanto esperava a resposta de Ryan.
Ryan: Não acredito! Sério isso? Está esperando o quê para passar o celular para ela?
EU: Ok! Assim que respondi, passei o celular para Lana, que me olhou sem entender, assim como Hanna. Mesmo sem entender ela pegou o celular, atendeu. E quando vi o sorriso no rosto dela, imaginei que Ryan já tinha dito que era ele. Ela fez sinal perguntando se poderia se afastar, fiz que sim com a cabeça. Voltei a me dirigir a Hanna, que agora estava sentada no sofá, um pouco distante de mim, mas não tanto, acho que cansou de ficar em pé. E suas coxas estavam um pouco a mostra, ela percebeu que eu estava olhando e ajeitou o hobby, cobrindo a pare da coxa que estava amostra.
‒ Bem, quero saber se você vai falar o que realmente veio fazer aqui ou não. Estou com pressa, tenho coisas para fazer e você está me atrapalhando. Ela falou olhando para mim.
Levantei por um momento, retirei o celular do bolso e depois sentei de volta.
‒ Eu vim te entregar o isso. Estirei a mão com o celular para ela pegar. Ela pegou, e depois continuei: ‒ E vim também...te pedir desculpa também pelo jeito que as coisas aconteceram, e pelo beijo. Além de que...queria te ver mais uma vez para me redimir com você. A fitei atentamente, esperando ela responder. Acho que ela ficou confusa, acredito que não esperava essa atitude. De alguma forma preciso fazer essa mulher baixar a guarda.
‒ Tudo bem, acho que ontem não fui amável também. Quase nunca sou na verdade! Falou calma, baixou a cabeça e percebi uma leve tristeza em seu olhar. Pelo jeito está dando certo, essa estratégia. Ela então continuou: ‒ Com relação ao beijo, espero que nunca mais se repita. Porquê da próxima vez não irei responder por mim. Falou em tom autoritário.
Mas será que eu me enganei, quando ela percebe que vai baixar a guarda volta a se fechar, como uma ostra. Será possível, que essa mulher sempre foi assim? Pensei comigo mesmo. Tenho meus demônios, mas essa mulher tem o inferno inteiro.
A sua amiga se aproxima de nós dois que estamos sentados no sofá. Entrega-me o celular. Vou me levantando e Lana me pergunta:
‒ Já vai Brian? Olho para ela confuso sem entender a pergunta.
‒ Já, acho que meu tempo acabou, já dera os cincos minutos. Respondo meio irônico, e dando um sorriso.
‒ Combinei com Ryan de sairmos para almoçar mais tarde, nós quatro. O que vocês acham? Falou alternando o olhar para mim e Hanna.
Hanna olhou para Lana mais uma vez incrédula, sem acreditar no que tinha ouvido. Então a questionou:
‒ Lana, você o quê? Acho que não ouvi direito. Você lembra o que conversamos ontem? Se vocês quiserem ir tudo bem, mas eu não irei!
Depois, que falou deu as costas e saiu. Estava furiosa, se bem que isso não é novidade, ela furiosa e estressa por nada.
Quando ela sumiu do meu campo de visão. Me dirigir até a saída, Lana me levou até a porta. Em seguida falou comigo enquanto abria a porta:
‒ Desculpa a Hanna, por favor! Ela não é assim amarga, ou melhor não era! Sei que tem bem pouco tempo que te conheço, mas você me parece ser uma ótima pessoa, mas é que ela é um pouco difícil. Fez uma careta quando falou isso, e depois continuou: ‒ Mas posso garantir que ela é uma excelente pessoa!
‒ Tudo bem, não se preocupe! Dei um risada sem graça, e passei a mão pelo cabelo. Dei as costas para sair, e resolvi voltar e fazer uma pergunta a Lana: ‒ Só mais uma coisa, você disse a pouco que ela não era assim. O que a deixou dura, fria e irredutível desse jeito?
Lana baixou a cabeça, e deu um suspiro. Percebi a tristeza nos olhos dela, por conta da amiga. Então falou:
‒ Não posso te contar, desculpe! Ela é minha amiga, e só ela pode falar sobre isso. Não quero comentar algo que não me desrespeita, sabe?! E também seria trair a confiança dela.
‒ Eu compreendo! Mas se te conforta vou te dizer algo. Depois de muito tempo, você foi o único cara que conseguiu a tirar do sério. E conhecendo minha amiga como conheço, isso é bom sinal. Deu uma risada maliciosa, e uma piscadela de olho.
‒ Entendi seu recado, pode deixar comigo! Retribui a piscadela de olho de volta, dei um sorriso e fui embora.

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora