Brian
Fiquei louco de ciúmes da Hanna, não achei ruim ela ter ficado com filha no hospital, mas o que me deixou irritado é que ela ficaria perto do Anton, e eu sei que ela vai tentar alguma coisa com ela, nem que seja uma conversa para tentar convencê-la de voltar para ele. Puta que pariu! Exclamei sozinho enquanto esperava o Ryan e provavelmente a Lana no estacionamento.
Estava encostado do lado de fora do carro, de frente para o carro, inclinado para frente com a cabeça entre meus braços, quando ouço a voz de Ryan.
‒ Cara o que foi aquilo porra? Você tem noção do que acabou de fazer? Ryan perguntou irritado me puxando no meu obro.
‒ Me deixa Ryan, só quero ir embora caralho! Falei dando na volta no carro, e a Lana veio logo atrás de mim.
‒ Brian, você acabou de deixar o caminho livre para o Anton. Fez tudo o que ele queria. Não me importei com o que ela falou, e fui entrar no carro no banco do motorista.
‒ Cara, você não vai dirigir assim, me passe a chave. Não discuti com o Ryan, apenas entreguei a chave em sua mão, e sentei no banco de trás do passageiro, Lana sentou no banco ao lado do motorista, onde Ryan estava dirigindo.
Fiquei tão cego de raiva e ciúmes com fato de Hanna ter que ficar ao lado daquele filho da puta, que acabei gritando para ela que terminamos. Não me controlei, sinto pela filha dela, posso ter sido um pouco precipitado e falado o que não devia, mas eu sei que o desgraçado do Anton vai fazer de tudo para se reaproximar dela.
Sou interrompido dos meus pensamentos, com a voz do Ryan aviando que chegamos em minha casa, como meu carro ficou na casa dela, meu amigo avisou que deixaria Lana em casa e traria meu carro até minha casa. Agradeci mentalmente por isso, sinceramente eu não estava com humor para mais nada.
Desci do carro, e adentrei em à minha casa, eu não sabia o que pensar mais, só queria tomar um banho e dormir, meu dia será cheio amanhã. Preciso de uma boa noite de sono para relaxar e pensar no que eu fiz hoje, eu realmente não queria terminar com a Hanna, mas acho que foi a melhor saída, sei que ela vai ficar dividida entre mim e filha, e não quero dar essa dor de cabeça para ela, por mais que me doa ficar longe dela, sei que essa decisão consequentemente pode dar chance para o Anton, deixando o caminho livre para ele.
Vou direito para meu quarto, tiro minha roupa e vou para o banheiro tomar um banho, ligo o chuveiro, e sinto a água quente cair sobre minha cabeça, estiro os dois braços apoiando minhas mãos na parede, abaixo minha cabeça, como se quisesse afastar esses pensamentos da Hanna junto com outro homem, que a qualquer momento pode levá-la para cama, tocar em seu corpo, outro homem que não seja eu.
‒ CARALHO! Exclamo em voz alta dando murro na parede.
Acabo meu banho, estou mentalmente cansado, preciso de uma boa noite de sono. Coloco um roupão branco, saio do banheiro vou em direção ao meu closet, coloco uma cueca box, e ouço a campainha tocar. Merda! Quem será essa hora? Penso comigo mesmo, mas no mesmo instante lembro que o Ryan ficou de passar aqui em casa e deixar meu carro, não lembrava mais, só pensamento em Hanna. Desço em direção a porta com o roupão mesmo amarrando na cintura.
‒ Seu carro! Ryan me mostra a chave do carro assim que abro a porta.
‒ Obrigado! Entra, bebe alguma coisa? Pego a chave e dou passagem para ele entrar, saindo de frente da entrada.
‒ Não vou demorar muito, já está um pouco tarde, mas antes preciso saber se você já está mais calmo ‒ Foi em direção a sala, sentando no sofá ‒ Ah, e respondendo sua pergunta, quero um whisky ‒ Falou se ajeitando no sofá, se recostando no encosto do mesmo.
Fui em direção as bebidas em um canto específico da sala de casa, e preparei duas bebidas.
‒ Estou em partes, não sei...Fiz uma pausa, não sabia o que dizer, naquele momento estava muito confuso, entreguei o copo dele.
‒ Brian meu amigo, você se precipitou quando falou tudo aquilo para Hanna. Ou você não gosta dela? Porque se for isso, eu até entendo. Deu um gole da bebida.
‒ Como pode perguntar isso?! Você me conhece mais que ninguém, e sabe que não me envolvo seriamente com ninguém, mas com a Hanna é diferente. Eu a amo! E por isso dessa minha reação, fiquei louco de ciúmes, aliás estou, DROGA! Segurando meu copo, me jogo para trás no sofá com rapidez, deixando meu corpo cair contra o encosto.
‒ Então meu amigo, te aconselho a ligar para ela, e se desculpar. Ela ficou lá pela filha, e não por aquele babaca. Sei que ele pode sentir algo por ela, mas ela não sente. Hanna ama você! Se inclinou para frente, apoiando os braços na perna.
‒ Cara eu não sei, nesse momento a filha precisa dela, e eu sei que ela vai ficar dividida, não quero isso para ela ‒ Massageei a têmpora olhando para cima ‒ Vou ver o que eu faço. Mas e você e Lana como estão? Pergunto me ajeitando no sofá, sentando normal.
‒ Tenho uma novidade, iríamos contar hoje para vocês, mas com tudo que acabou acontecendo, não teve como ‒ deu um sorriso de orelha a orelha ‒ Já marcamos a data do nosso casamento, será em um mês.
‒ Meus parabéns meu amigo, estou vendo que a Lana te enfeitiçou mesmo. Me levantei e fui em sua direção, ele que estava sentado se levantou também e nos abraçamos, com dois tapinhas nas costas.
‒ Outra coisa, você será meu padrinho e a Hanna madrinha da Lana. Espero que daqui até lá vocês já tenham se acertado. Nos afastamos, e uma leve tristeza me invadiu.
‒ Não sei meu amigo, mas não vou perder seu casamento, e serei seu padrinho independente de eu estar com ela ou não. Dei uma risadinha sem graça.
Depois nos despedimos e Ryan foi para casa, eu fui direto para meu quarto, agora dormir de uma vez.
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Entre o amor e o ódio
Roman d'amourIndependente e autosuficiente, Hanna Navarrete carrega um trauma consigo de seu ex-marido. Seria a mulher mais feliz do mundo se não fosse um mal entendido. Ela imaginou que Anton Greco (ex-marido) fosse o homem mais perfeito, e ela a mulher mais so...