Capítulo 13

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Anton Greco

Meu nome é Anton Greco, tenho cabelos com um corte baixo na parte de baixo, e alto na parte de cima, não muito, um corte de acordo com minha simetria facial. Meus cabelos são castanhos escuros, tenho olhos azuis, um corpo bronzeado, malhado, músculos definidos nos braços e abdômen definido.

Fui casado por cinco anos, e estou separado a cinco anos também. O nome da minha ex-mulher é Hanna Navarrete. Na verdade não estamos divorciados legalmente, apenas separação física.

Abandonei a Hanna, depois do nascimento e morte da nossa filha, teoricamente, pelo menos é que a Hanna acredita até hoje. Antes de abandoná-la, a agredi fisicamente ainda gestante de nossa filha, ela estava com sete meses de gravidez. Como consequência do meu ato, Hanna teve um parto prematuro. Nossa filha nasceu, mas algumas horas depois “morreu”, é o que ela acha.

Por que a agredi estando grávida de minha filha? Porque a Hanna me traiu, depois de cinco anos de casamento descobri sua traição. Pelo menos foi o que achei, enviaram-me umas fotos dela aos beijos com outro homem, este era colega dela de faculdade, pois é, na época em que ela estava casada comigo, fazia faculdade, já estava terminando, estava no seu último ano, mas as fotos da traição foram tiradas antes dela descobrir que estava grávida de nossa filha.

Porém, essas provas veio parar em minhas mãos quando ela estava com sete meses de gestação, naquela noite fiquei louco, descontrolado, o ciúmes me corroía por dentro, a sensação de ser traído é horrível, fiquei perturbado, fora de mim. E quando cheguei naquela noite em casa do trabalho, fui direto para nosso quarto, quando eu a vi não me controlei, e fui para cima dela, e comecei a agredi verbalmente e fisicamente.

Ela apenas me perguntava o que eu estava fazendo, porque eu estava agindo daquele jeito. Mas não falei nada para ela. Foi quando me dei conta que estava grávida, fiquei cego e na hora não enxerguei a barriga dela, e vi um líquido escorrer em suas pernas, era sangue! Pensei que ela estava morrendo junto com minha filha. A levei para o hospital, e lá fui informado que seria feito um parto de urgência, mesmo sendo prematura. Os médico claro perguntaram o que tinha acontecido, eu menti, disse que ela tinha sido assaltada e foi agredida pelo assaltantes.

Eu estava com ódio da Hanna, e faria ela pagar pela suposta traição, ela iria sentir na pele o que eu estava sentindo naquele exato momento. Foi aí que me veio à mente uma ideia tenebrosa, sequestrar minha própria filha e fazê-la acreditar que a menina tinha nascido morta, paguei aos médicos e os enfermeiros o que foi necessário para que isso acontecesse. Para que falasse a Hanna que nossa filha nasceu morta. E assim foi feito! Como a Lara, é o nome de nossa filha, nasceu prematura precisaria ficar mais ou menos dois meses na incubadora, isso claro que se ela demorasse a reagir positivamente ganhando o peso necessário para retirá-la do hospital.  Se reagisse bem, coisa de um mês a Lara já teria alta.

Para não correr o risco de Hanna descobrir sobre nossa filha, paguei um valor alto em um área isolada do hospital, própria para minha filha, e longe da ala de Hanna. Cheguei a cogitar a possibilidade de Lara não ser minha filha, então pedi um exame de DNA ao médico para sanar essa dúvida de minha cabeça. E assim eu e Lara fizemos o exame e deu que sou pai biológico dela.

Senti uma alegria imensa de saber que eu era o pai dela, naquele momento me senti o pai mais orgulhoso por ter uma filha forte, apesar de ser tão pequeninha e frágil, eu já a amava. Mas seria uma pena que a mãe dela não estaria conosco, ela nunca saberia da ordinária que a mãe dela foi. Essa escolha foi da Hanna, ela sentirá a dor de ficar sem eu e sua filha, penando que ela estaria morta.

Depois que se passaram dois anos, que tinha abandonado a Hanna, descobrir a mentira do tal colega dela, ele me procurou e me contou que as fotos eram montagens, que ele estava apaixonado por ela, e queria destruir o casamento dela, e foi aí que teve a ideia de fazer uma montagem perfeita com as fotos. Pensou que eu sumindo da vida de Hanna, ela daria uma chance para ele, mas isso não aconteceu. Depois de um ano que a abandonei, quando ela se formou, foi embora para outro país, e ele ficou a ver navios. Então decidiu me procurar para contar a verdade.

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora