Capítulo 6

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Hanna

Fiquei tão irritada que me tranquei no quarto, perdi a fome, acabei não tomando café. Cinco minutos depois que saí da sala, os deixei e vim para meu quarto, Lana bateu na porta do quarto, mas não respondi, ela tentou abrir, mas estava na chave. Então ela falou do lado de fora do quarto:

‒ Hanna, amiga! Abre por favor!

‒ Lana quero ficar sozinha, me deixe! Falei com a voz um pouco chorosa, é, estava chorando. Lá no fundo eu sei que nunca fui assim, mas as circunstâncias da vida me transformou na mulher que sou hoje.

‒ Hanna...amiga me desculpe! Não respondo mais, ela desisti e vai embora!

Como chorei muito, acabei dormindo. Só acordo com mais batidas na porta, olho a hora no visor do meu celular e já é meio dia. Ouço a voz de Lana que dizia:

‒ Hanna, posso conversar com você antes de eu sair? Por favor!

Resolvo abrir a porta do quarto, estava me sentindo um pouco melhor. Assim que ela viu os meus olhos inchados, se assustou, me abraçou e perguntou se estava tudo bem.

‒ Amiga, o que houve? Por que chorou tanto? Você está bem? Falou com uma voz de preocupação.

Depois que ela me soltou do seu abraço, pude perceber como ela estava linda. Então respondi:

‒ Está tudo bem Lana, não aconteceu nada. Estou bem, pode sair tranquila. Dei um sorriso para ela, tentei disfarçar a minha aparência que estava tão abatida. E sinal para entrar.

Depois, seguimos em direção a minha cama e sentamos uma de frente para outra. Então ela pegou em minhas mãos, segurou e falou:

‒ Desculpa pelo aconteceu mais cedo, não foi minha intenção te impor nada. Mas você sabe que precisa recomeçar sua vida. Abaixei a cabeça, ela esperava uma resposta minha.

‒ Lana, eu já recomecei minha vida faz dois anos, sou realizada com meu trabalho, amo o que faço e....Antes de concluir ela me interrompeu.

‒ Não estou me referindo a sua vida profissional, mas sim aqui...Ela toca do lado que fica meu coração. E continua: ‒ Sei que aquela mulher romântica, sensível, amável está aí, em algum lugar. Não tenha medo de deixá-la sair. Você merece ser feliz, dar espaço para alguém entrar para te fazer feliz. Ela agora alisa meu rosto, acariciando e fala: ‒ Oh, minha amiga, eu amo muito você, quero te ver feliz! Deixa essas amarras caírem, se desafaça desse muro que você ergueu contra você mesmo. Deixa alguém entrar!

Uma pequena lágrima rola no meu rosto, e abaixo a cabeça. Não consigo falar nada, sinto um nó na garganta.

‒ Pensa nisso que te falei tá bom?! Balanço a cabeça afirmativamente. Então ela me pergunta: ‒ Quer que eu fique aqui com você?

‒ De maneira nenhuma, sei que você tem um almoço para ir. Respondo secando minha lágrima. E continuo falando: ‒ Não quero te atrapalhar de novo, depois de ontem! E mudando de assunto, suas coisas quando vai pegar, como era para irmos hoje, imagino que não irá mais. Sua tarde será longa. Dou um sorriso para ela. E ela responde:

‒ Quanto a isso não se preocupe, já falei com o Ryan, ele disse que iria comigo. Amiga, só não se volto hoje para casa tá?! Deu um sorriso malicioso, e continuou: ‒ Amanhã estarei aqui bem cedo! Deu uma piscadinha de olho.

‒ Então faz o seguinte, leva uma cópia da chave com você amanhã irei cedo também para o trabalho, e você não fica dependente de mim.

Quando a acabei de falar, o celular dela apita, sinal de mensagem do whatzzap. Ela olha para o celular e fala:

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora