Anton
Depois de uma hora chegamos minha casa. O caminho todo foi silencioso, algumas vezes olhava Hanna pelo retrovisor, alternando o olhar na direção e para ela. Alguns momentos perguntei se ela estava bem, mas só assentia com a cabeça, sem responder uma palavra.
Estacionei o carro na garagem, desci, fui na direção que ela estava abri a porta para pegar Lara no braços, a mesma acordou um pouco atordoada, indo para os meus braços.
‒ Mamãe, dorme comigo e com o papai hoje. Não vá embora! Lara falou com uma vozinha de sono, e bocejando.
Olhei para Hanna surpreso com o pedido de Lara, e dei um sorriso de canto de boca, demonstrando que tinha gostado da ideia. Ela olhou para mim no mesmo instante.
‒Tudo bem meu amor, mamãe fica com você hoje. Ela falou acariciando o rosto de nossa pequena, que deitou a cabecinha no meu ombro e voltou a dormir.
Andamos em direção a porta de entrada, levamos a Lara para o quarto dela, a deitei na cama, ajeitei o lençol sobre seu pequeno corpinho, dei um beijo em sua testa, e Hanna fez a mesma coisa, saímos do quarto deixando a luz do abajur acessa.
‒ Se quiser ir para casa, não tem problema, ela não acorda mais hoje. Falei enquanto andávamos pelo corredor indo em direção as escadas.
‒ Se você não for incômodo, eu fico. Amanhã ela vai acordar e sei que vai perguntar por mim. Como já dei minha palavra, não quero que ela fique triste comigo. Ela respondeu parando de caminha olhando para mim.
‒ Por mim tudo bem, não será incomodo algum. Respondi dando-lhe um sorriso de satisfação. ‒ Vem, vou te mostrar o quarto de visitas, a não ser que você queira ficar comi...quer dizer com a Lara, no quarto dela. Ela sorriu com a minha confusão. Na verdade, eu realmente a queria comigo.
‒ Fico no quarto com ela. Respondeu ‒ Só tem um problema, eu não tenho nada aqui, estou louca para tomar um banho.
‒ Venha, eu tenho algo que vai servir em você. Respondi pegando em sua mão e levando-a para meu quarto. ‒ Abri a porta do meu quarto, e entrei. Ela hesitou um pouco em entrar. ‒ Pode entrar, não vou te atacar...A não ser que você queria, lógico. Falei segurando a porta. Ela entrou desconfiada.
Fui em direção ao meu closet, peguei uma peça de roupa que era dela quando estávamos casados, guardei como recordação para lembrar dela. Fui na direção dela que estava próximo a janela, olhando pela varanda meu quarto. Ela estava tão distraída, que não percebeu que eu cheguei bem perto por trás dela, coloquei meu braços um e cada lado do seu corpo, segurando no apoio da varanda, pressionando o corpo dela com o meu. Não resisti vê-la tão tranquila naquele momento.
‒ A vista daqui é linda, não é?! Sussurrei em seu ouvido. Ela deu um pulinho de susto, colocando a mão no peito.
‒ Quer me matar de susto? Sua voz saiu um pouco falha pela forma como sussurrei em ouvido, pude ver os pelos de sua nuca arrepiarem.
‒ Se você quiser posso fazer isso de outra forma? Perguntei sussurrando ainda na mesma posição.
‒ Fazer o...o quê, não...não entendi! Pude perceber que estava nervosa, e as palavras quase não sai de sua boca.
‒ Se quiser posso te foder até “matar” você, só que de prazer. Enquanto eu sussurrava, ela ficava mais nervosa.
‒ Anton, por favor...Falou dando um forte suspiro, fechando os olhos e molhando o lábio inferior com a ponta da língua.
‒ O quê, diga que eu faço. Uma das minhas mãos foi para sua cintura, fazendo ela ficar de frente para mim, como nossos corpos ainda mais colados.
Podia sentir sua respiração quente, alternei meu olhar entre o olhos e a boca dela, e ela fazia o mesmo, nossos lábios bem próximos.
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Entre o amor e o ódio
RomansaIndependente e autosuficiente, Hanna Navarrete carrega um trauma consigo de seu ex-marido. Seria a mulher mais feliz do mundo se não fosse um mal entendido. Ela imaginou que Anton Greco (ex-marido) fosse o homem mais perfeito, e ela a mulher mais so...