Brian
Amanheci, de péssimo humor, ultimamente ando de péssimo humor, desde da última vez que Hanna e eu conversamos, o que já fazem dois meses. Pois é! Dois míseros meses que não tenho notícias dela, a não ser quando o Ryan me fala algo relacionado a Lana, o que geralmente envolve a Hanna, já que são como irmãs.
Nesses dois meses foram infernais para mim, fiz de tudo para tirá-la da minha cabeça, mas foi inútil. Saí com várias mulheres, transei com todas elas na tentativa de encontrar a Hanna em algumas delas, mas foi trabalho perdido.
Ela é a única mulher que me fez delirar de maneira extrema na cama, o cheiro dela, me fazia falta, o calor do corpo dela me fazia falta, sempre que as lembranças fodendo ela vinha em minha cabeça eu ficava excitado, ereto, e de alguma forma precisava me aliviar, então procurei várias mulheres. Mas como disse foi inútil!
E na noite anterior não foi diferente, saí para ir à procura de mais mulheres, e hoje amanheci mais frustrado que o normal.
Levanto da minha cama vou em direção ao banheiro, faço minhas higienes tomo meu banho, vou ao closet, coloco minha roupa social e trabalho.
Decidi não tomar em casa, passei em uma cafeteria que fica próximo onde eu trabalho. Quando estava tomando meu café, meu celular toca. Olhei no visor e era minha secretária, não entendi o porquê ela me ligando naquele momento se eu estava no horário certo, não me atrasei, ainda faltava alguns minutos para começar o meu horário de trabalho.
Atendi para ver o que poderia ser tão importante. Ela acaba de me dizer que fui incumbido de ir para uma audiência para substituir o juiz que estava no caso, foi de última hora porque o mesmo passou mal e foi passar no hospital. Não é nada bom um caso assim em cima da hora cair em nosso colo como de paraquedas, mas como não tem outra opção, foi questão de saúde, eu aceito, mesmo não fazendo meu perfil lidar com situações desse tipo, mas sempre há uma exceção.
Avisei a minha secretária que estava indo direto para o fórum, pois os documentos do caso já estavam por lá. Preciso ver nem que seja por cima que tipo de caso que se trata.
Assim que cheguei ao fórum, avisei aos responsáveis que avisassem os advogados do caso que estivessem aqui uma hora antes da audiência. Precisava pelo menos saber de quem se tratava os profissionais.
E assim foi feito, cerca de meia hora, eles chegaram. Ouço batidas vindo do lado de fora da porta, dou autorização para que entre.
Quando a porta se abre não posso crê o que meus olhos estão vendo. Não é possível, é ela, a Hanna! Paralisei na hora, minha voz sumiu, meu coração acelerou, senti borboletas no estômago. “Espere aí...borboletas no estômago?” Meu eu interior fez questão de repetir para mim mesmo. Nunca tinha sentido isso.
Quando o olhar dela se encontrou ao meu, observei que ela teve a mesma reação que eu. Ficamos ali parados, ambos estáticos, sem saber o que falar, por alguns minutos, até que ouço outra batida na porta, e volto para realidade saindo do meu transe.
Dou autorização para entrarem, acredito que seja o outro advogado. Hanna se afasta um pouco da porta, dando passagem para porta ser aberta, e um homem todo social, cabelos negros, olhos negros, pele branca, malhado, tenho de admitir que muito bonito. É o outro advogado como havia previsto. Ele parou ao lado da Hanna a cumprimentou, pegando em sua mão, e com dois beijinhos no rosto, um de cada lado, quando vi aquele cena deu vontade de partir para cima daquele filho da puta, quase perdi a cabeça, onde já se viu beijando-a, Hanna minha mulher, “sua mulher?” meu eu interior me questionou. Sim, somente minha. Então aguentei e interrompi a cena.
‒ Os dois vão se aproximar, ou ficarão de conversinha? Não tenho tempo para essas informalidades, principalmente em uma sala onde acontecerá uma audiência, peço aos dois que recomponham-se, e se apressem em me apresentar o caso com mais detalhes. Eu estava de pé os observando, meu tom de voz saiu seco e frio, e posso dizer que até frígido demais para meu gosto. Cara de pau desse advogadinho de meia tigela.
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Entre o amor e o ódio
RomanceIndependente e autosuficiente, Hanna Navarrete carrega um trauma consigo de seu ex-marido. Seria a mulher mais feliz do mundo se não fosse um mal entendido. Ela imaginou que Anton Greco (ex-marido) fosse o homem mais perfeito, e ela a mulher mais so...