Capítulo 9

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Brian

Saí da casa da Hanna com sensação horrível, não sei explicar o porquê. Não sei que estou sentindo por ela, pode ser cedo ainda para se falar sobre sentimento, mas é que na verdade desde que a vi pela primeira vez, sentir algo diferente, ainda estou tentando descobrir o que é.

Fui na casa dela, hoje mas na verdade não sei qual o real motivo, não sei se não gostei da forma como ela me dispensou, não sei se fiquei irritado em não ter notícias dela durante o dia, não sei pelo fato dela não querer me ver mais.

‒ PORRA O QUE ESSA MULHER TEM, O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO? Bati no volante do carro com força, falando sozinho.

‒ Preciso de uma bebida. Falei alto.

Peguei meu celular, e liguei para Ryan, pedi para ele me encontrar no bar de sempre, preciso desabafar com alguém, ele é meu melhor amigo e vai me ouvir.

Depois de meia hora, chego ao bar e Ryan já estava me esperando, me aproximo da mesa em que ele está e o comprimento com um aperto de mão e um abraço.

‒ Cara o que você tem? Sua cara não está nada boa. Ryan me perguntou voltando a sentar em seu lugar, e eu me sento em outra cadeira que está bem a sua

frente.

‒ Nem me fale, já vou te contar. Fiz sinal para o garçom chamando-o para pedi uma bebida, ele se aproximou fiz meu pedido, ele foi buscar.

‒ Então, o que houve? Ele arqueou a sobrancelha, esperando minha resposta.

‒ A Hanna e eu nos envolvemos, para ser mais claro, dormimos juntos.

‒ E porque essa cara de derrotado? Ela por acaso não é boa de cama? Não era isso que você queria? Não estou entendendo sua expressão de decepcionado.

‒ Pois é, nem eu sei o porquê de minha expressão. Na verdade eu sei...fiz uma pausa ‒ Ela simplesmente dormiu comigo e me dispensou através de um bilhete, dá para acreditar? Falei me recostando na cadeira,

Ryan deu uma gargalhada, achando graça do que eu falei. E depois se pronunciou.

‒ Meu amigo me desculpa, é que sua cara contando é muito engraçada. Quem diria que o garanhão ficou a ver navios. Como a vida nos prega peça, você fazia mesma coisa com as mulheres, hoje uma delas quem fez contigo. Deu mais umas risadas.

‒ Mas eu não deixei por isso mesmo, fui na casa dela, eu precisava me dizer pessoalmente o que escreveu no bilhete. Falei dando um gole de minha bebida, que o garçom já tinha trazido.

‒ Você ficou maluco cara? Não acredito no que estou ouvindo. Você realmente não está bem. Nunca foi de ir atrás de mulher, e muito menos fazer questão para receber um fora pessoalmente. Ele apoiou os dois braços na mesa falando.

‒ Essa mulher consegue realmente me tirar do sério, não sei o que ela tem. Nem eu imaginei que um dia faria isso, mas quando me dei por mim já estava na casa dela fazendo cobranças, como se nós tivéssemos algum tipo de relação. Tomei mais um gole de minha bebida.

‒ Meu amigo, espero que isso não seja início de amor. Deu uma risada de deboche.

‒ Mas e você? Ainda vai sair com a amiga dela? Perguntei ao Ryan, que também não fica muito atrás quando o assunto é sair com várias mulheres.

‒ Claro que vou, ela demais em todos os sentidos. Vamos continuar saindo, uma espécie de amizade colorida. Ele deu um largo sorriso malicioso, e deu um gole em sua bebida.

‒ Pelo jeito eu não sou o único a correr o risco de me apaixonar. Ironizei em meu tom de voz.

‒ Quem sabe não seremos dois apaixonados no final das contas. A Lana é uma forte candidata para assumir um lugar em meu coração, vamos ver o que vai dar.

‒ A única coisa que sei Ryan, é que estou confuso com toda essa situação. Sei que pode ser cedo demais, mas a Hanna tem o poder de me desestabilizar. Não sei o que ela tem...Não sei o que eu estou sentindo. Olhei para o meu copo com a bebida, peguei com uma das mãos e fiz movimentos circulares sob a mesa, ainda recostado na cadeira. Me perdi em meus pensamentos, voltei a realidade quando Ryan me questionou.

‒ E o que está pensando em fazer? Vai desistir dela? Perguntou se apoiando suas mãos sob a mesa e entrelaçando os dedos.

‒ Para dizer a verdade não sei. Estou em saber o que fazer, a única coisa que sei nesse momento, é que só de pensar na ideia de não vê-la mais me deixa desorientado. 

‒ Então não desista, no fundo você sabe que precisa dela. Deixe a poeira baixar, e volte a procurá-la.

Conversarmos por mais um tempo, depois vim para casa, essa situação de Hanna estava me deixando maluco. Não conseguia pensar em mais nada, essa mulher ainda vai deixar louco, não deixo de pensar na noite que passamos juntos.

Cheguei em casa, subi direto para meu quarto, me despi e fui tomar um banho para relaxar e esfriar a cabeça, procurar esquecer tudo. Alguns minutos depois saí do banheiro, coloquei uma tolha na cintura, segui para meu closet coloquei um samba canção, me deitei na cama e tentei dormir, preciso descansar porque amanhã o meu dia será puxado no trabalho.

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora