Dangerous Love

Capítulo XXIII

Oi, meus anjos! Estamos quase a chegar ao final da história! Quem gostaria de uma continuação, por favor diga! Beijinhos e umas boas festas!

POV Jungkook

Os minutos no trânsito lento foram os minutos mais longos da minha vida. O Namjoon insistiu em vir atrás de mim, com o Jin hyung. Eles eram os melhores amigos que se poderia arranjar, qualquer outra pessoa iria esquivar-se de um conflito potencialmente perigoso. Era quase certo que o Jin-young não iria deixar o Jimin desprotegido ou à mercê. A história da letra não abandonava os meus pensamentos, eu tinha a certeza que não era do desgraçado do Jin-young, só não sabia de quem era. Mas agora não era altura para pensar nisso, finalmente tinha chegado ao antigo apartamento do Jimin. Foi fácil entrar no condomínio fechado, o Jin saiu do carro atrás do meu para distrair o guarda nocturno. Parece que as suas piadas secas tinham alguma utilidade. Com sucesso, conseguimos passar e estacionar o carro. Eu e o Namjoon seguimos até ao andar certo. A sair de uma das porta, guardada por dois homens fortes e armados, estava o meu querido inimigo. Quis partir logo para cima dele, cheio de raiva e ressentimento, porém fui detido pelo Namjoon. O Namjoon era a minha voz da razão. 

- Não vamos arriscar tudo agora. O Jin-young está de saída e um dos homens dele vai com ele. Eu vou tratar do que ficou a guardar a porta e tu vais esperar pelo meu sinal. 

- Ok. Eu vou esperar aqui. - Não era o plano que eu mais gostava, mas era o menos sangrento e vistoso,. Ninguém queria chamar a atenção dos vizinhos e, consequentemente, da polícia. O Namjoon esperou até o guarda se distrair com o telemóvel, para se aproximar por trás e colocar na boca e nariz um pano com uma subtância que adormece em poucos segundos. O homem de quase dois metros caiu no chão inconsciente. Ao sinal do Namjoon, aproximei-me pronto para entrar. - Eu entro sozinho. 

- Tem cuidado.

Sem erros, inseri o código do apartamento e entrei. Nada tinha mudado naquele apartamento, ele constinuava imaculado. No entanto, misturado com o aroma floral das velas e incensos que o Jimin mais gostava, sentia-se um cheiro de perfume que me era familiar. Contudo, eu voltava a não conseguir identificar ao certo, tal como a letra da carta. Não estava ninguém na sala, por isso, sempre com a minha arma na mão, fui andando até ao quarto onde dormia o Jimin. Sim, eu conhecia aquela casa como a palma da minha mão. Foi a percorrer o corredor que comecei a ouvir vozes vindas de um dos quartos. Parei automaticamente e encostei o ouvido à porta. Aquelas eram as vozes do Jimin e do Taehyung. Foi a ouvir a voz de barítono do Taehyung, que os pontos se juntaram na minha cabeça: a letra que eu conhecia era dele, assim como o perfume. Sem cerimónias e com raiva por não ter entendido mais cedo quem era o meu verdadeiro inimigo, arrombei a porta e apontei a arma ao Taehyung, a meros centímetros do rosto do Jimin. 

- O que é que estás aqui a fazer? 

- Boa noite, Jungkook. - Sem se preocupar com a arma apontada na sua direcção, pousou a toalha que tinha ao pescoço em cima de uma esteira, com um maldito sorriso torto nos lábios. Ele estava tranquilo e relaxado, ao contrário do Jimin que ficou sem reacção, visivelmente assustado e aterrorizado. - Demoraste a perceber quem é o teu verdadeiro inimigo. Presumo que estejas aqui para tentar levar o Jimin contigo. 

- O Jimin vem comigo agora mesmo... - De todas as coisas, não estava à espera que o traidor fosse tirar também uma faca bem pontiaguda do bolso das calças de fato de treino, atirando ao meu ombro. - Ah!

Retirei de imediato a faca do meu ombro, agachado e com fortes dores. Há muito tempo que não era ferido daquela forma. Atrás de mim estavam pelo menos cinco homens daquele covarde, que me agarraram e puseram contra uma das paredes, um deles com a mão envolta do meu pescoço. Tentei ripostar, mas devido à grande ferida sangrenta e dolorosa no ombro, não me conseguia mexer. Tinha sido apanhado desprevenido, como se fosse um principiante. Jamais devia de ter entrado naquele apartamento sozinho...