Capítulo VII

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Dei por mim a ouvir aquela música num looping sem fim depois do trabalho, durante toda a noite. A voz era tão doce e hipnotizante que me fazia esquecer de quem era. No outro dia de manhã, bem cedo, fui surpreendido pela campainha. Ainda de cabelo desalinhado, cara amarrotada e inchada, fui abrir a porta. Era o Jin. Fiz uma pequena carantonha ao vê-lo, não me esquecera do motivo da sua aproximação. 

- Jimin, posso entrar? - Isso era algo que ainda iria ver. Só sabia que estava, como sempre, bem vestido e com um aspecto jovial. Perguntava-me se alguma vez iria aparentar ter quase 30 anos, a sua beleza era inabalável. - Precisamos de conversar e eu devo-te um pedido de desculpas e uma explicação. 

- Entra, hyung

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- Entra, hyung. 

Levei-o até à sala, fui preparar um chá e entreguei-lhe uma chávena. Não tinha reparado, mas consigo trazia uma caixa. Abriu-a e lá dentro estavam uns bolinhos de amêndoa, de aspecto delicioso e cheiro ainda melhor. 

- Confesso que foi a mando do Jungkook que me aproximei, mas quero que saibas que gostei genuinamente de te conhecer e que só te fiz companhia e propus amizade por ter visto em ti um bom amigo. Consegui compreender durante a nossa primeira conversa o fascínio que despertaste no Jungkook.  - Acontecia que esse fascínio não era bem vindo. - Não somos de um mundo fácil e, por isso, sei que devo manter as minhas expectativas realistas. 

- Hyung, fazes parte de uma máfia. 

- Eu sei. Mas considera honesta a minha vontade de ser teu amigo. Vejo que o Jungkook seguiu o meu conselho, as flores são bonitas.

Olhei para as flores. Não eram só as flores que eram belas, a canção que me dera era uma obra de arte. Será que o Jin hyung conhecia este talento do senhor Jeon?

- São, as mais bonitas. Eu só preciso de ter a certeza que posso confiar em ti, hyung. Para mim, a amizade é importante e uma coisa muito séria. Não quero que haja desonestidade, ocultações e mentiras.

- Prometo que não te vais arrepender. Agora, prova os bolinhos, fui eu que fiz. - Devolvi o grande sorriso e provei um dos bolinhos. Delicioso! - Então?

- São deliciosos, hyung! 

- Fico feliz que gostes. Vou ter de ir agora, mas qualquer coisa o Jungkook deixou o meu número gravado no teu telemóvel, como já deves ter dado conta. Não concordo que invada assim a tu privacidade, contudo nada posso fazer. 

- Tudo bem, não te preocupes. 

Apesar de tudo, era óptimo ter mais um amigo e a verdade era que o Jin me dava uma certa sensação de conforto, complementar à do Taehyung. Sabia que tipo de vida levava, mas preferia ignorar esse detalhe, não tão detalhe. Naquela manhã era suposto ir tomar o pequeno almoço com o Tae, porém tinha surgido um contratempo na empresa onde trabalhava e não podia juntar-se a mim. Não houve problema, acabei por parar numa loja da Starbucks mais à frente da biblioteca e aproveitei para beber um café de chocolate e baunilha. 

Dangerous LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora