train station

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notas: capítulo novo e grazadeus né, estou adorando essa adrenalina e afins. espero que vocês gostem também e boa leitura, até mais.
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Dayane Limins, Londres - 5 de dezembro de 2021 (em perseguição).

Mesmo com o clima gelado ainda não havia nevado, da última vez que vim a Londres era novembro e as ruas já estavam atoladas em neve. O que havia mudado? A chuva era constante, não parava nem por cinco minutos, mas dessa vez eu senti que o céu chorava por mim. Eu corria pela estrada do cemitério armada, prestes a fazer alguma besteira para garantir a segurança de Caroline. A diferença é que eu estava agindo por impulso, eu sabia que não deveria correr tanto e que não deveria colocá-la em perigo dessa maneira, mas eu deveria confiar que uma assassina a deixaria viva depois de fugir? Qual é, já estou nessa há muito tempo, já me fizeram tantas promessas que carrego uma pilha de cadáveres nas costas por apenas confiar.

O céu rugia em um trovão, as ruas estavam nebulosas e os faróis não davam conta de clarear um palmo a nossa frente. "Você ultrapassou o limite da velocidade", avisou o gps. "Reduza, por favor", pediu. Quem havia criado isso? Quem em sã consciência criaria um carro que manda na gente?

Day, eu concordei com isso, mas... — Bruno estava mais calmo do que deveria, talvez estivesse com mais medo de mim do que de perder Caroline — você está um pouco alterada. — e eu deveria estar como? pensei.

Se segure. — foi o que pude dizer.

O céu se ascendeu alertando que haveria uma curva brusca na estrada. Eu não desacelerei. Pisei fundo ouvindo o carro derrapar. A adrenalina tomou meu corpo e eu simplesmente ignorei o farol vermelho, pulando uma ou duas lombadas a frente. Eu precisava achá-la.

Casa de gente rica sempre tem alguma música ambiente, mas apenas uma casa de todas que eu visitei havia essa. "Singin' In The Rain", de cantando na chuva. Não havia um cantor, era apenas o som da música e eu poderia cantarola-lá em minha mente enquanto eu ganhava tempo na ligação.

Adentrei os enormes portões pronta para derruba-los caso eu precisasse. Voei pelo lindo jardim e pude ver que havia gente na casa, as luzes estavam acesas. Larguei o carro sem esperar que Bruno viesse comigo, corri pela chuva em direção a enorme residência. O lago estava coberto de uma enorme neblina.

Hanry!— gritei na esperança que meus pulmões fossem explodir — Hanry! — gritei novamente correndo pela casa, eu estava ensopada.

Senhorita... — ouvi uma voz atrás de mim, uma voz gentil.

Me virei e avistei a governanta da casa, era óbvio que havia uma governanta.

Alguém esteve aqui? — perguntei eufórica.

Além dos Taylor? — assenti quase indo arrancar a informação de sua boca — Apenas a Senhorita Green, trouxe algumas coisas que devem ser de Anthony e foi embora logo após. — ela queria ganhar tempo me trazendo aqui, ela sabia que eu viria.

Ela sabia que eu saberia onde ela estava, a movimentação no fundo não era uma rua com pessoas nela ou algo assim, era a música de fundo. Eu quis gritar, queria quebrar essa casa inteira. Mas respirei fundo e decidi pensar.

O que mais ela fez aqui? Pense. Ela estava em carro? Estava acompanhada? Ela falou de mais alguém? — disparei perguntas a mulher ouvindo a chuva forte no lado de fora.

— Veio em um táxi, pelo que vi da janela e provavelmente estava sozinha. Ela foi até o lago, mesmo comigo dizendo que era uma má ideia. — falou e eu disparei até lá.

The Lake House (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora