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notas: capítulo novo um pouco parado é pequeno, por conta que não estou conseguindo ver a quantidade de palavras, porém com um pouquinho de suspense para dar uma animada. espero que gostem. boa leitura e até mais!
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Dayane Limins, Londres - 5 de dezembro de 2021 (final do dia).

Assim que o nome saiu da boca de Nate meu corpo enrijeceu. Ele demorou tanto para falar que eu estava cogitando que ele não sabia e que estava querendo ganhar tempo, mas era uma questão de proteção. Era óbvio, estava tão claro que eu me senti uma idiota por não ter desconfiado na primeira oportunidade que tive de interrogar essa pessoa.

Eu pensei em Nate, em Anthony e por Deus, desconfiei até do padeiro que a vendeu pão na manhã em que ela morreu. Nate defendeu o amigo quando perguntei se ele teria coragem de matar, tentou protegê-lo e estava errado. Ele não era um bundão, ele abusava de garotas inconscientes e era nítido o quão perturbado da cabaça tem que ser para fazer isso. Eu desconfiei de homens porque era claro que Harriet lutou, deveria ser alguém muito forte para isso. Mas não, eu estava completamente errada, em tudo.

Tinha que ser alguém que estava lá o tempo inteiro, não precisa de um motivo muito bom para matar, apenas precisava de uma pequena faísca. Alguém que se aproximasse de mim para saber como andava a investigação, alguém sedutor o suficiente para ser descartado e passar despercebido. Eu não consigo acreditar, a mentira foi tão boa que me convenceu de primeira, eu nem investiguei sobre... foi tão expressivo que eu não questionei nenhuma palavra que saiu de sua boca. Todo o luto era falso.

Eu havia sido burra, cai feito um patinho. O melhor da situação, ou pior nesse caso, é que todos sabiam e usaram isso ao seu favor. Todos encobertaram, mesmo tentando contar a verdade, apenas uma pessoa me disse que não deveria confiar nela, mas com todas informações eu ignorei esse fato.

Bruno estava em minha frente, correndo até seu carro. Eu havia arrancado a chave de suas mãos, tínhamos que ser rápidos e na euforia que meu coração estava, não conseguiríamos chegar até lá a tempo antes que Bruno parasse no primeiro semáforo fechado.

Ela soube... ela sabia que você nos traria aqui. Está para pegar um avião nesse exato momento. — lembrei da voz de Nate ecoando em minha cabeça.

Sabe o que vai acontecer? O assassino da minha filha já deve estar bem longe... — Harry me avisou.

Todos me avisaram! Já estava previsto o que iria acontecer. O carro estava quase saindo do chão quando meu celular tocou. Era ela.

Olá, detetive. — a voz doce e melodiosa soou lindamente do outro lado da ligação, mas o sarcasmo estava presente ali.

Ainda há tempo. Eu tenho quase certeza que você não quis machucá-la. — disse tentando desviar de alguns carros, meu pé estava começando a ficar dormente de tão forte eu pisava no acelerador.

Na verdade eu não queria, ela estava expondo coisas demais nos últimos dias. Mas, infelizmente aconteceu. O mais infeliz de tudo isso foi você ter vindo, tão meiga e gentil que mal percebeu minhas intenções... — a risada soou do outro lado da linha e meu corpo se arrepiou de medo.

Eu me sentia um fracasso.

Se entregue e eu posso fazer algo por você, nós já acionamos todos os aeroportos e não tem como você sair de Londres sem ser vista. — falei tentando manter a voz calma e dominar meus sentimentos, ela não podia saber que eu estava com medo que ela fizesse o que Harry disse que aconteceria.

Foi por isso que liguei, imagina que fosse fazer isso então tomei algumas providências. — ela rosnou, como se eu fosse a grande culpada por colocá-la nessa situação.

The Lake House (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora