Espero que gostem do cap de hoje, mesmo que não haja muita coisa. Estou dando umas pistas enato aproveitem ;)
Digam oq estão achando e boa leitura, qualquer gafe avisem <3
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Dayane Limins, Londres - 06 de dezembro de 2021 (noites mal dormidas).Estava me revirando na cama, era como se meu corpo me proibisse de relaxar um pouco. Não era nem três da manhã quando levantei da cama e fui revisar as gravações de Violet com seus pais. Foi estranho, confesso. Seu pai não disse nada além de "como está sendo?" ou "estão te tratando bem?", "contratamos um bom advogado". Claro que ele tinha esse direito, mas ainda sim ele parecia tão tranquilo que chegava a me dar medo, como se ja esperasse isso de sua querida filha. Já sua mãe chorava ao lado de fora da sala, talvez Violet conseguisse ouvir seus gemidos de uma dor interna que só ela poderia sentir, mas óbvio que Violet só ouviria se prestasse um pouco mais de atenção.
— Tenho apenas uma, você sabe... — disse Violet quando sua mãe alegou que ela havia matando Adams.
Se não foi ela, foi quem? Óbvio que já suspeitávamos, Adams era alto e forte, Violet só conseguiu dar conta de Harriet por conta que a garota era franzina. Não acho que tenha sido seu namorado — agora ex — e nem o filho de Henry. Tudo estava tão confuso que eu quis jogar meu distintivo pela janela e talvez pular junto dele, não estava conseguindo solucionar um simples caso.
Peguei o casaco e esmurrei a porta do quarto de Bruno. Ouvi passos cambaleantes e logo a porta se abriu, os olhos vermelhos e a barba por fazer chamaram minha atenção. Eu não era a única com problemas para dormir. Não disse muita coisa, ele apenas assentiu e foi se vestir, logo me encontrando no estacionamento. Meu carro gritava pelas ruas vazias de Londres, era incrível como aqui mesmo sendo uma cidade movimentada acaba sendo tranquila, não é como Nova Iorque por exemplo, que não há descanso na movimentação de carros. É possível ver trânsito a qualquer hora do dia, o que é decepcionante.
Toquei o interfone do enorme portão e a voz se fez dele mesmo, uma voz rouca e perdia. Era tarde, eu sabia, mas precisava de ajuda. O barulho da tranca se fez e o portão se abriu, me dando passagem para entrar na residência. Lá estava ele, com a roupa do escritório amassada, com alguns botões da camisa aberta e um copo de uísque caro em suas mãos. O rosto um pouco corado, mostrando que não estava tão sóbrio e o bafo de um alcoólico entregou tudo.
— Como você tem coragem de voltar aqui depois do você fez? — falou apontando o dedo em meu rosto — Sabe onde está meu filho? Sabe onde o colocou? — cuspiu as palavras com tamanho ódio. Meu pai agiria assim se eu fosse presa? Não, provavelmente ficaria magoado, mas sua reputação seria sua primeira preocupação.
— O seu filho eu sei. O que eu não sei é onde está sua filha. — lá estava a cara que eu esperava.
Confusão. Ele não sabia se havia ouvido certo ou se seus copos com álcool começaram a fazer efeito. Ele tentou formar alguma palavra, com a expressão ainda surpresa. Logo ele respirou fundo e voltou a jogar os ombros para trás, assumindo sua postura de advogado pronto para debater.
— Eu não sei do que você está falando. — falou um pouco frouxo, como se estivesse esperando que eu repetisse.
— Não mesmo, por isso estou te contando. Você tem uma filha. — joguei a bomba em seus braços.
Não havia mais tempo. Ou eu achava Carol ou ela morreria. Violet não irá entregá-la até ter certeza de sua liberdade, e ainda sim não há como negociar sua liberdade, se eu tentar vão me tirar desse caso com a desculpa que eu estou envolvida demais nisso tudo — e eu estou.
— É melhor me convidar para entrar. — Henry não era o único com aquele olhar confuso. Lá estava Bruno, ouvindo aquilo em uma madrugada fria, completamente congelante.
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The Lake House (Dayrol)
Mystère / ThrillerLondres: tempos atuais. Fui enviada da Califórnia para cá na tentativa estúpida de resolver mais um caso. O que eu não acho ruim, viajar tem sido meu alicerce para fugir de alguns problemas pessoais, mas não há nada de bom em casos assim. Uma garo...