corpse in the wardrobe

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eai galera, capítulo pequeno porém necessário. espero que gostem. dias de luta e dias de glória, não se esqueçam.
boa leitura e perdoem os erros, estou sem tempo pra revisar. até mais ;)
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Dayane Limins, Londres - 06 de dezembro de 2021 (ainda naquela manhã).

Não há motivos para envolver a Interpol. — gritou o delegado para toda a delegacia ouvir. Ele estava vermelho de raiva e completamente nervoso, como se quisesse me dizer algo a mais.

Já está na hora, não estamos dando conta. — falei revirando os olhos, era tão óbvio que qualquer um poderia enxergar isso.

Até aceitarem entrar no caso já teriam se passado dias, você sabe como eles são, detetive. Já trabalhou em casos internacionais, não é? — perguntou tentando se manter calmo, como se aquilo fosse me fazer desistir de buscar o melhor para Carol.

Na verdade eles já aceitaram. Já estão enviando um agente para começarmos a investigação. — seu rosto ficou vermelho e os lábios foram comprimidos. Eu venci. — Não vim lhe pedir permissão, não sai da Califórnia para isso. Eu apenas quis lhe avisar. — me aproximei um pouco dele.

Por um minuto eu hesitei, pensei em guardar aquele sentimento para mim, mas de certa forma eu precisaria jogar a culpa em cima de alguém, alguém além de mim.

Espero que eu não esteja sem saber de algo, porque se eu estiver... — cerrei os olhos e o vi corar — está usando maquiagem? — cortei meu discurso analisando a base mal espalhada de seu rosto. Provavelmente está em uma crise de meia idade.

Vá com Henry, resolva isso de uma vez. Cansei disso tudo, volte ao seu país logo! — disse batendo a mão na mesa.

Não me senti ofendida, realmente queria voltar para os Estados Unidos e apagar isso da minha mente, infelizmente não poderia. Talvez eu até ignorasse o fato de ter vindo resolver um homicídio, mas não conseguiria evitar de pensar em Carol. Sentiria a falta dela, talvez mais do que eu já esteja. A tão sonhada California jamais seria a mesma, pois eu descobri algo que brilha mais que ela. Eu provavelmente vou tirar férias, um ano viajando para grécia, talvez alguma ilha bem distante. Ainda não me decidi, porém eu realmente necessito de um tempo longe do meu trabalho.

Estávamos com o Agente Keller, ele conseguiu autorização para as imagens das câmeras. Passamos a tarde analisando as imagens, Henry não quis sair de nosso lado, já Bruno dormia no sofá de minha sala. Passamos a noite falando sobre as probalidade de Carol ainda estar em Londres e não em um buraco no interior de alguma cidade distante. Estávamos sendo otimistas, ainda mais eu que já vi de tudo, a grande maioria não dura nem dois dias sumidas, sempre achamos o corpo. Meus olhos se enchem d'água ao pensar nisso, a tristeza me toma com a possibilidade de não encontrá-la como gostaria. Com as maçãs coradas e os olhos cheios de vida.

O que será dela se estiver viva? Viverá uma vida de medos. A angústia de ter que lembrar de tudo que aconteceu. O medo que aconteça de novo. Eu jamais deixaria, mas como pude deixar que isso acontecesse com ela? Tudo indicava que Caroline não ficaria bem de qualquer forma, sã e salva em sua casa ou em um buraco sujo que ela possa estar.

Achei. — disse Keller.

Quase corri até ele e Henry fez o mesmo. Lá estava a garota loira chegando a estação.

Carol não está aí. — falei decepcionada, tentando não demonstrar a angústia em meu peito.

Não, mas agora fica mais fácil de achá-la. — a ideia era rotear as câmeras da rua e seguir Violet atrás delas.

The Lake House (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora