The Lake House (Dayrol)

almost a farewell

sempre sinto falta de vocês :3
espero que gostem desse cap, não tem nada de interessante, mas sempre é necessário um assim, né?
boa leitura, até mais...
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Dayane Limins, Londres - 10 de dezembro de 2021.

Seu corpo se afundou no colchão ao meu lado, seu cabelo era a única coisa que não cheirava a sexo, ainda havia aquele cheiro floral. Respirei fundo fechando os olhos, deixando a sensação me consumir por completa. A cada vez que fazíamos aquilo durante a noite, melhor nos saíamos. Caroline tirou todo o meu atraso, me lembrando o quão bom era foder fingindo não haver sentimento e eu não vou mentir, houve muito sentimento e agradeço por não ter sido apenas sexo. Ela se virou para mim, me encarando embaixo das cobertas, era uma manhã fria e logo teria que ir a delegacia ajeitar minhas coisas para voltar a Califórnia. Hoje é sexta, me faltam pouquíssimos dias e eu achei que ficaria feliz quando me sentisse liberta desse caos que é Londres, mas ainda sim meu peito está com uma sensação de vazio que só se resolve quando estou me enterrando dentro dela.

— Posso saber sobre o que está pensando? — sua voz saiu fraca, ela estava com sono.

— Que gosto tem? — perguntei olhando rápido para o meu pau já flácido.

Ela ficou ali pensando. Ela insistiu em me fazer gozar em sua boca, não neguei. Joguei tudo na sua garganta o mais fundo que podia. E quando ela subiu, eu a beijei ferozmente para sentir o que ela havia sentido, mas não havia gosto de nada além do sabor do seu corpo. E que corpo delicioso.

— É salgado, bastante salgado. — falou quebrando o silencio.

— Vou comprar abacaxi. — falei vendo ela rir, estava com os olhos pesados e eu não queria dizer a ela que precisava ir, queria poder faltar ao trabalho e ficar aqui com ela.

Mas não posso, vou precisar voltar para casa logo e quanto menos eu me apegar, melhor. Mas então ela me enlaçou, suas pernas subiram em cima da minha e a cabeça foi parar em meu peito, aquilo era uma delícia. Sua respiração foi ficando cada vez mais calma até que eu tive a certeza que não deveria acorda-lá e que o melhor a se fazer era descansar um pouco também.

Me permiti desfrutar daquela sensação, tê-la tão perto de uma forma forma calma e genuína. Tudo bem que estávamos coladas minutos atrás, coladas de uma maneira surpreendentemente íntima, mas isso aqui era diferente, uma forma mais gostosa talvez porque fosse nítido que não era apenas pelo sexo. Eu podia deslizar meus dedos por todas as suas costas e sentir cada pelinhos loiro de seu corpo pinicar minhas pernas por debaixo das cobertas. Podia ouvir sua respiração leve e rítmica, podia sentir o cheiro de seus cabelos e analisar cada pedacinho de seu rosto relaxado.

Eu finamente sentia que poderia tê-la, mesmo sabendo que aquela sensação era causada pelo sexo e pela esperança de querer fazer aquilo mais vezes. Senti o aconchego e a calmaria me tomar, pelo menos por aquele tempo. Eu sei que vamos fazer de novo e eu quero isso, jamais sairá da minha cabeça Caroline me dizendo que queria isso desde o começo, como eu quis. Também não consigo esquecer de sua boca me dizendo que deveríamos aproveitar as oportunidades. Não vou fugir dela, mas não passará de uma despedida dolorosa e ao mesmo tempo prazerosa, porém espero que realmente valha a pena.

Acordei com a sensação que alguém me chamava, abri os olhos com calma e encarei o lugar onde Caroline deveria estar. Respirei fundo, um pouco assustada e com medo de tudo ter sido um sonho, de não ter a achado, de ainda estar lidando com o perigo, mas lá estava ela completamente arrumada no fundo do quarto. Ela sorriu quando me viu, estava me vendo dormir enquanto se maquiava em frente ao espelho. Relaxei mais ainda quando ela se virou e caminhou até mim, me fazendo perceber o quão cheia de vida ela estava.