clues in the hut

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quanto tempo galera, queria ter postado no natal pra ser um "presente", mas fiquei de ressaca. então FELIZ NATAL! espero que vcs estejam curtindo o final do ano. 🎄
me desculpem pelo cap meio parado, me enfiei em um paradoxo de mil possibilidades, mas espero que possam curtir mesmo assim.
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Dayane Limins, Londres - 6 de dezembro de 2021 (sobre muita pressão).

Violet se recusava a falar, por sorte o técnico gravou toda a nossa chamada com ela confessando o que havia feito. A questão é: ainda sim não podemos acusá-la. Precisamos de provas que mostrem que foi ela que matou Harriet e Adams, pois ela poderia estar sendo pressionada a admitir algo que nem chegou a fazer — o que eu duvido muito.

Quem te deu a arma, Violet? — perguntei pela quinta vez e ela apenas me olhava com uma cara emburrada, como se eu estivesse errada em prendê-la.

Achamos passaportes falsos em sua bolsa, quer nos dizer quem te deu tudo isso? — Bruno perguntou, se inclinando na mesa.

Eu senti que ela iria cuspir em seu rosto e o puxei pelo ombros para trás, no mínimo tínhamos que estabelecer uma boa relação para que ela começasse a falar.

Se você confessar e nos der provas que foi você, sua pena pode ser menor. — falei analisando sua ficha — Querem te dar prisão perpétua, mesmo você sendo réu primária. O sequestro de Caroline, a morte de Adams e Harriet... — voltei a olhá-la — se dizer onde Carol está, removemos isso de sua ficha e você pega uns trinta anos, até menos se for boazinha. — dei um sorriso amarelo, jamais deixaria que isso acontecesse.

Meu advogado já chegou? — perguntou alisando os cabelos, ela estava impecável mesmo depois de passar a noite na cadeia.

Se eu fosse você, resolveria isso comigo. Estou sendo o mais amigável possível, tentando entender o que te levou a isso e tentando te dar a chance de... — me inclinei para sussurrar — você me dizer se foi você mesmo que fez isso. Olhe seu tamanho, é alta, mas não é forte. Adams tinha o dobro de seu tamanho e como você conseguiu asfixia-lo? — ela revirou os olhos impaciente — Você teve ajuda, isso diminui ainda mais a sentença. Sabe onde está seu namorado? Na cadeia, nem Hanry Taylor conseguiu soltá-lo, não pense que um advogado vá conseguir te ajudar nessa situação. — falei me levantando e arrastando Bruno comigo.

Minha cabeça doía, eu passei a noite pensando, agoniando na verdade, queria saber onde ela poderia esconder Caroline. A resposta foi: em lugar algum. Revistamos a casa e seu quarto e não há vestígios de Carol, muito menos de algo que indique que Violet está com ela. Eu queria chorar o tempo inteiro, não queria pensar no que poderia estar acontecendo com ela. Não queria pensar que ela poderia estar com fome ou frio, hoje nevou. Violet provavelmente não se certificou de aquecer Caroline nessas noites frias que irão vir. Meu corpo doía, eu sabia que doía de medo, de tristeza.

Você precisa dormir. — ouvi enquanto me jogava no sofá de couro.

Não enquanto eu não achá-la. — falei fechando os olhos e ignorando q ansiedade que crescia a cada minuto no meu peito.

Se você não descansar, vai ser mais difícil. — a voz de Bruno ecoava em minha mente, parecia fazer eco.

Fiquei em silêncio, pensando e ignorando a autoconfiança do Bruno. Ele achava que iríamos achá-la do nada, como se tivéssemos sorte. Não temos tempo para descansar ou comer, sendo que Caroline pode estar amarrada em qualquer porão por aí. E se ela estiver em outra cidade? Todos os policiais que coloquei para caçá-la por 24h será em vão.

Quero te perguntar algo, mas não é para você ficar ofendida. — ele ignorou o fato de eu estar o ignorando também.

Se acha que vai me ofender, então por que vai perguntar mesmo assim? — o olhei nervosa, sua voz estava me irritando.

The Lake House (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora