guilty pleasure

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capítulo novo e eu tenho algumas coisas a dizer: esse capítulo tem uma cena hot e não é dayrol, para quem não gostar de ambas as coisas podem pular. espero que gostem mesmo assim e me perdoem se tiver muitos erros, capítulos grandes assim é complicado de ler e reler.
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Dayane Limins, Londres - 04 de dezembro de 2021 (agora as neblinas estão em cima da minha cabeça)

Nunca imaginei chegar em Londres e comer bife com fritas, é algo tão comum que me surpreendeu. Eu estava saboreando o prato enquanto a mulher se agoniava em minha frente. Eu havia vindo conversar com ela, tirar satisfações e talvez... apenas um talvez, tenha gostado da companhia dela e isso não ocorre sempre. O que eu quero dizer é que, se ela estava na residência provavelmente deve saber de algo, talvez tenha feito algo que eu nem gostaria de pensar...

Óbvio que eu tenho meu grupo de suspeito e Caroline não se encontra nele, mas e se o caminho for esse? Se essa aparência delicada e bonita for apenas uma casca? E se existe um monstro aí dentro pronto para me matar envenenada?

Larguei meu prato a encarando.

Por que está me olhando assim? — escutei sua voz ecoar, então a vi revirar os olhos dando de ombros a sua própria pergunta — Você não pode simplesmente chegar no meu ambiente de trabalho, pedir um prato e depois me mostrar seu distintivo dizendo que precisa falar comigo sobre... — ela não parava de falar e por mais que sua voz fosse muito agradável, estava começando a me deixar irritada.

Pessoas inquietas costumam estar em primeiro lugar na minha lista de suspeitos. Suas mãos suando, a perna tremendo embaixo da mesa, o rosto corado e até sua respiração entregam um segredo... — falei limpando minha boca com o lenço — Quero que me diga o que estava fazendo na residência dos Taylor's na noite do assassinato de Harriet Davis. — encostei na cadeira e a encarei séria, pronta para captar uma mentira.

Dayane eu... — começou, mas a interrompi.

Detetive Limins. — corrigi erguendo o distintivo novamente.

Não importa... eu só... não posso te contar o que fui fazer lá e você precisa confiar em mim. — franzi o cenho, mas logo bufei em resposta — Eu não posso te contar agora, mas eu não tenho nada a ver com a morte dessa garota, eu só estava no lugar errado na hora errada... — falou batendo a perna mais forte embaixo da mesa.

Senhorita Biazin, se não começar a falar... infelizmente vou ter que levá-la à delegacia e vai ser muito pior. — ela entortou o nariz e então eu soube que ela estava me xingando mentalmente. Sorri com a ideia.

— Eu preciso te mostrar uma coisa então, vou te contar o porque... mas não tem nada a ver com a garota. — respirou fundo e se levantou — Porém depois do meu expediente, saio mais cedo hoje... as sete horas. — ela olhou para trás para se certificar que eu havia entendido e então voltou a trabalhar.

Caroline é o tipo de mulher desafiadora, mandona e isso é fascinante, mas me preocupa seu tom de deboche pro meu distintivo. Eu entendi que ela queria que eu a buscasse, porém ela é uma suspeita e ainda quer que eu confie em suas peripécias. Bufei bebendo meu suco. Talvez eu deva ser mais dura, me abri sobre algumas coisas com ela naquela noite e acabou pegando mal. Não quero que ela pense que sou boba de cair em seu papo, eu estou aqui a trabalho e nada ficará na frente disso.

Por mais que eu esteja lutando tanto para pensar o contrário, a vejo como um enigma. É como um jogo viciante, você diz algo e espera ansiosamente por uma resposta. A resposta desejada pode ou não vir. Então vem o frio na barriga e a vermelhidão quando você recebe o que queria. Mas dessa vez era diferente, das poucas mulheres que me atraíram, eu sentia medo. Ela estava em uma cena de assassinato, se ela tiver culpa eu terei de prendê-la e isso me deixa... ressentida, talvez nem seja a palavra certa.

The Lake House (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora