winter embers

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eita que só sai capítulo atrás de capítulo. Amo essa vibe de não conseguir parar de escrever, já já me enfio em um coma que não consigo escrever uma palavra por bloqueio literário. Aproveitem enquanto está durando e boa leitura (mesmo que não haja nada muito interessante nesse capítulo).
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Dayane Limins, Londres - 05 de dezembro de 2021 (um pouco mais da meia-noite).

Bruno quase gritava enquanto eu explicava as histórias que eu havia descoberto, ou melhor, que Evan e Adams haviam me contado. Evan provavelmente, aos olhos de Bruno, teria que ir para o sistema de proteção as testemunhas também. Eu deveria ter ido vê-lo depois de tudo que aconteceu, mas estava realmente com medo de encontrar "Mrs Robinson" no meio do caminho. Ótimo momento para literatura, Dayane.

Por que você está rindo? — só então percebi o sorriso em meu rosto.

Nada. Concordo em colocar os dois no sistema de proteção a testemunha. — tinha mais uma coisa, eu não havia contado da relação de Carol e Hanry — Caroline, podemos falar a sós? — perguntei e ela assentiu.

Desde que chegou, ela se sentou na beirada da cama e ficou ali estática. Ela estava com medo, eu a deixei com medo. Não deveria ter a dito do tamanho do perigo que ela estava correndo, mas não havia como a trazer de outra forma. Eu também estava com medo, temendo por todos ao meu redor, em casos assim, que há pessoas grandes envolvidas, temo até pela minha família e da família de Bruno. Felizmente todos estão na Califórnia montando um cardápio para o natal.

Devemos contar a ele sobre seu parentesco com Hanry. — falei a vendo sua expressão ficar tensa.

Dayane, eu não quero me envolver nisso agora. Estou em um péssimo para ter que conversar sobre como minha mãe traiu meu pai com um babaca. — suspirou fundo e abaixou a cabeça — Mas se você acha que é relevante, que vai mudar algo na sua investigação, conte. — em um gesto simples, eu fiz o que jamais faria.

Eu fui a pessoa menos profissional no mundo, eu a abracei. Eu a puxei pelos ombros e encostei sua cabeça em meu peito. Se Bruno estivesse aqui provavelmente já estaria xingando Deus e o mundo, mas eu fechei meus olhos e inalei o cheiro de seus cabelos, lavanda. Então esperei até sentir a tensão de seus braços irem embora e a soltei.

Não vamos contar, não é relevante. — sorri, ainda com a mão em seus ombros.

Obrigada... por isso. — falou um pouco corada, de repente a mulher do bar se tornou uma garota tímida.

Você pode ficar com a cama, preciso fazer alguns relatórios e vai levar a noite toda. — falei enquanto saiamos da pequena cozinha que tinha no quarto, indo em direção a onde Bruno estava.

Day, eu estava pensando. E se foi Anthony e Nate que a mataram? — não acho que tenha sido, na verdade eu tenho quase certeza que não.

Faz sentido, mas faz sentido o time de futebol inteiro ter feito isso, quantas caras têm nessas fotos? Uns vinte? — perguntei dando de ombro — Não sinto que tenham sido eles, mas precisamos agir rápido. Sabem que Carol está com a caixa, já devem saber que sabemos. — falei me jogando na poltrona que ficava aos pés da cama.

Você podia ter me dito, eu não ia... — estava começando a ficar estressada novamente, toda situação já não era boa é esse assunto de novo fazia meus olhos doerem.

Caroline precisa dormir, você já pode ir. Pela manhã resolvemos tudo isso. — falei o vendo assumir uma postura triste, a mais triste que Bruno poderia ter.

Ele era uma pessoa animada, bem mais animada antes da garota norueguesa, porém ainda sim não perdeu sua essência. Ele era um bom amigo, realmente era, a pessoa que eu prometi levar para a minha vida independentemente do que pudesse acontecer entre nós no ambiente de trabalho. Poucas pessoas valem isso, pouquíssimas eu mantive no meu círculo social, mas não ficaria tão triste de perdê-las quanto ficaria se o perdesse. Amanhã é outro dia, iremos resolver tudo é muito mais, incluindo nossa relação.

The Lake House (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora