provocations

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voltei galeris, espero que gostem do cap de hoje. revisei só por cima então qualquer coisa ceis me avisam, blz?
dias de glória! boa leitura :)
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Dayane Limins, Londres - 06 de dezembro de 2021 (sob pressão).

Dois disparos foram ouvidos logo após dobrarmos o corredor, talvez tenha sido uma distração, mas não nos importamos com as possibilidades naquele momento e corremos até o corredor de cima. Dois de nossos polícias haviam sido atingidos, mInha reação foi olhar em volta enquanto Bruno corria para ajudar os dois amigos. Eu corri até o que estava mais distante e ainda lúcido, ele tinha lágrimas nos olhos e me olhou sério, buscando fôlego para falar.

A esquerda, ele está saindo do prédio. Dobre... — gritou com a dor em seu ombro — dobre à direita, corte o caminho. — não pensei muito antes de deixá-lo ali, aliás a ajuda está chegando.

Corri pelo corredor em direção ao caminho em que viemos, voltei as escadas e corri o mais rápido que podia, sem pensar na possibilidade dele estar me ouvindo. Pude sentir a adrenalina devorar o meu subconsciente quando a cada possibilidade daquilo dar ruim eu pensar "foda-se, não há nada a perder", mesmo estando tudo em jogo. Eu sabia que precisava ficar quieta e me manter atenta, porém tudo que eu conseguia ouvir era meu coração disparado. Eu podia ouvi-lo nitidamente em meu ouvido.

Quando parei em frente à entrada me relembrei do mapa da delegacia. Bruno está na segunda saída, não há como passar por lá. Ele vai vir para cá. Tirei a arma do coldre e apontei em direção ao corredor, fiquei ali esperando com a mira pronta para atingir qualquer um que passasse em minha frente.

Eu estava cansada desse jogo, dessa sensação de não conseguir concluir esse caso. Isso vai acabar e eu vou sumir no mundo. Seja lá para onde eu vá, isso aqui não me seguirá. Os problemas da delegacia veem me trazendo um medo de falhar terrível, que eu não sentia há anos. Não era justo.

— Venha desgraçado. — sussurrei para mim mesma, eu sentia que ele vinha.

Caminhei vagarosamente até um canto mais escondido, para quando ele passasse pela porta eu pudesse pega-ló sem que ele me visse. Não era uma má ideia, mas caso ele me visse eu estava fodida, completamente fodida. Mas foda-se, não há nada a perder. Fiquei ali esperando o seus calçado começar a fazer barulho. Eu deixei um detalhe passar, eu sabia que ele estava lá, porém me precipitei em não dar tanta atenção a aquilo. As marcas de botas na cena do crime, no quarto de Adams e até na porta dos fundos da casa de Violet. Lá estavam as marcas de bota com terra fazendo barulho e me mostrando que estavam vindo.

Mirei na perna e acertei. Ele caiu, gritou e grunhiu feito um urso prestes a morrer. Me aproximei mirando a arma em sua cabeça, esperando que ele fizesse algo para que me desse motivos para atirar novamente. Eu sorri com a cena, ele mordia o lábio o deixando roxo.

Deve doer. — falei, ele me encarou vermelho, lá estava todo aquele ódio de hoje cedo — Onde ela está? — perguntei após perceber que estávamos apenas nós dois ali.

Precsio de um médico. — falou e eu lhe dava razão, seu rosto estava começando a ficar pálido me mostrando o quanto de sangue ele estava perdendo.

Desdobre a perna, está fazendo sangrar mais. — fiz um bico sorridente para ele — Mas entenda, você não terá o que precisa enquanto não em dizer o que eu desejo. — me abaixei para ficar próxima dele, encostei o cano da minha arma em sua cabeça sentindo meu subconsciente me dizer que já era hora de parar — Ninguém se importará se eu apertar. — brinquei com a tranca da arma.

Você não é louca, garota! — gritou o resto da frase quando eu apertei seu local baleado.

Você mal me conhece. — sussurrei sentindo a ironia voltar aos meus lábios.

The Lake House (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora